Elon Musk perdeu US$ 11,8 bilhões (R$ 66 bilhões) nesta sexta-feira (11) após a apresentação do robotáxi Cybercab, veículo autônomo desenvolvido sem volante e pedais. O anúncio, feito na noite da última quinta-feira (10) em Los Angeles, causou descontentamento entre analistas e investidores devido à falta de detalhes técnicos e prazos definidos para o aumento da produção dos robotáxis. Especialistas, como Toni Sacconaghi, da Bernstein, consideraram a apresentação “surpreendentemente ausente em detalhes”, o que frustrou as expectativas de investidores. Relatórios enviados por instituições financeiras a seus clientes apontaram que o evento careceu de informações comparadas ao que se esperava da Tesla. A reação negativa fez com que as ações da empresa caíssem 8,8%, resultando em uma perda de US$ 68 bilhões (R$ 382,5 bilhões) no valor de mercado da Tesla. Apesar das críticas, Dan Ives, da Wedbush, discordou das análises negativas, defendendo que o evento não foi uma decepção. Musk, embora tenha sofrido uma perda financeira significativa, permanece como o homem mais rico do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 250 bilhões (R$ 1,38 trilhão), segundo a Forbes.
MUNDO DA ECONOMIA
MUNDO DA ECONOMIA > Banco Mundial revisita projeções econômicas da Argentina para 2025
O Banco Mundial atualizou suas previsões para a economia da Argentina, aumentando a expectativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 2,8% para 3,5%. Para o ano seguinte, a projeção de crescimento foi mantida em 5%, enquanto a estimativa para 2026 foi ligeiramente elevada, passando de 4,5% para 4,7%. William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina, comentou sobre os desafios enfrentados pela Argentina ao longo do último ano. Ele enfatizou a importância do ajuste fiscal, que contribuiu para a redução da inflação mensal, que caiu de cerca de 25% para 4%. Essa medida é vista como essencial para a recuperação econômica do país. Maloney também observou sinais de recuperação em setores específicos, como o imobiliário e a produção de motocicletas. No entanto, ele alertou que a sustentabilidade dessa recuperação está atrelada ao equilíbrio das contas públicas. A situação fiscal do país continua a ser um fator crítico para o futuro econômico da Argentina. Além disso, o economista expressou preocupação com o aumento da pobreza no país. Apesar de já serem notados alguns avanços, a redução dos índices de pobreza dependerá do crescimento econômico projetado para os próximos anos. A expectativa é que a melhora nas condições econômicas ajude a mitigar os impactos sociais adversos enfrentados pela população argentina.
ECONOMIA INTERNACIONAL > Contribuição dos Brics à economia mundial já supera a do G7, afirma Putin
Mais uma vez, presidente russo denunciou as ‘ações absolutamente hostis de certas elites ocidentais’ que ‘dificultam o recebimento de pagamentos por exportações e o pagamento de mercadorias importadas’
A contribuição para a economia mundial do grupo Brics, que tem como fundadores Brasil, Índia, China, África do Sul e Rússia, já superou a do G7 e continua a crescer, afirmou nesta quarta-feira (25) o presidente russo, Vladimir Putin. “A contribuição dos países do Brics para a economia mundial supera a do chamado G7 e continua crescendo. É uma tendência ascendente”, disse Putin, que presidirá a cúpula anual do grupo na cidade russa de Kazan, de 22 a 24 de outubro. Para efeito de comparação, Putin citou que a contribuição dos Brics, “sem levar em conta os novos membros da organização”, para o PIB mundial em 1992 foi de 16,7%, enquanto o G7 contribuiu com 30,5%.
“Mas em 2022, o G7 contribuiu com 30,5% e os Brics com 31,4%, com uma previsão de 33,8% até 2028, enquanto a do G7 será de 27,9%. É a tendência que tem lugar, se mantém. São procesos objetivos não vinculados à atual conjuntura dos conflitos”, acrescentou. Putin destacou que “o comércio mundial e, em geral, a economia global mudou ativamente”. “Está sendo estabelecido um novo sistema de relações nos Estados do Sul globais, que são países que se desenvolvem dinamicamente e participam de associações integradoras como os Brics, assumem a liderança”.
A Rússia, como membro desta organização, expandida após a adesão com quatro novos membros no início do ano — Irã, Egito, Emirados Árabes e Etiópia -, fortalece o seu comércio exterior apesar das sanções impostas pelo Ocidente para a guerra na Ucrânia, disse Putin. “Como é sabido, a Rússia participa ativamente no comércio internacional. Apesar das realidades objetivas que a comunidade empresarial russa enfrenta agora, desenvolvemos relações comerciais internacionais, expandimos a sua geografia, fortalecemos a cooperação com parceiros confiáveis e previsíveis”, indicou.
Mais uma vez, Putin denunciou as “ações absolutamente hostis de certas elites ocidentais” que “dificultam o recebimento de pagamentos por exportações e o pagamento de mercadorias importadas”. “Até certo ponto, conseguimos resolver esse problema”, comentou. Putin aproveitou a ocasião para insistir na necessidade de reduzir o uso das moedas ocidentais em favor das moedas dos países do Brics e, em particular, do rublo russo. “No ano passado, as transações de exportações russas nas chamadas moedas ocidentais tóxicas caíram pela metade, enquanto os pagamentos em rublos nas transações de comércio exterior estão perto de 40%”, detalhou. (JP)
MUNDO DA ECONOMIA: Haddad diz que Lula reforçou compromisso com arcabouço e que regras permitem déficit de 0,2%
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de ser convencido a cortar gastos e sobre não haver problema em registrar um déficit de 0,1% ou 0,2% nas contas públicas do país. Haddad esclareceu que a divulgação da fala do presidente, feita em entrevista à TV Record, se deu de uma forma “descontextualizada” e reiterou ainda o compromisso do chefe do Executivo com o cumprimento do arcabouço fiscal. “O problema é que quando você solta uma frase descontextualizada, você gera desnecessariamente uma especulação em torno do assunto. Eu colhi algumas frases, não tinha visto a entrevista ainda, liguei para a Secom (Secretaria de Comunicação) e pedi a íntegra da resposta”, disse Haddad aos jornalistas.
No trecho divulgado, Lula disse que não há problema em o déficit do país ser zero, 0,1% ou 0,2%. Ele também afirmou ser aceitável não cumprir a meta fiscal se houver coisas mais importantes para serem feitas. “Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer”, afirmou Lula. Em outro trecho, o chefe do Executivo disse ainda que precisa ser convencido sobre a necessidade de cortar gastos e que a única coisa fora de controle na economia brasileira é a taxa de juros.
Haddad minimizou a declaração e reforçou apenas que o presidente reiterou seu compromisso com o arcabouço fiscal. “A lei é deste governo. Ele (Lula) falou ‘vou fazer o possível para cumprir o arcabouço fiscal porque não cheguei agora na presidência, já tenho dois governos entregues e aprendi a administrar as contas da minha casa e do país com a mesma seriedade e tranquilidade”, afirmou. O ministro também disse que uma meta primária de déficit de 0,1% ou 0,2% estaria dentro da banda de tolerância permitida pelo arcabouço.
Haddad voltou a dizer ainda que “possivelmente” haverá bloqueio e contingenciamento no anúncio do relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado na próxima segunda-feira (22). Ele esclareceu que o número, no entanto, não foi ainda levado ao presidente Lula. Segundo ele, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) deve se reunir nesta semana para tratar do tema e divulgar o quadro fiscal ao chefe do Executivo na semana que vem.
O ministro disse ainda que o problema atual é “fechar” com o Senado a compensação da perda de receitas decorrente da prorrogação da desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios. Ele havia sido questionado se poderia haver uma prorrogação no prazo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o Executivo e o Senado encontrarem uma solução para a compensação. O prazo acaba nesta sexta-feira (19).
“Como a escadinha (para o fim da desoneração) é de quatro anos, tem que ter conjunto de medidas que compense esse número. Aí vamos ter tranquilidade para concluir a execução orçamentária deste ano e próximos anos (…) Tudo correndo como está previsto, vamos apresentar orçamento muito confortável, seguramente o melhor dos últimos 10 anos”, afirmou.
JP com informações do Estadão Conteúdo
MUNDO DA ECONOMIA: Inflação na Argentina fica em 4,6% em junho e chega a 271,5% em 12 meses
O índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina chegou a 271,5% em 12 meses na medição feita em junho, informou nesta sexta-feira (12) o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). No sexto mês do ano, os preços ao consumidor aumentaram 4,6%, ficando levemente acima do percentual registrado em maio, que foi de 4,2%. De acordo com o relatório oficial, a inflação acumulada na Argentina apenas no primeiro semestre foi de 79,8%. Os preços ao consumidor na Argentina em 2023 aumentaram 211,4%, a taxa mais alta desde a hiperinflação de 1989-1990. No ano anterior, a inflação foi de 94,8%. As previsões de analistas privados mais recentes coletadas pelo Banco Central argentino apontam para uma inflação de 138,1% para o conjunto de 2024, com taxas mensais acima de 4,4% até o final do ano. Segundo o site Jovem Pan, entre os aumentos registrados em junho, os mais expressivos foram nos setores de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (14,3%); restaurantes e hotéis (6,3%) e educação (5,7%). Os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas subiram 3% em relação a maio e acumulam alta de 285,1% em 12 meses. “A inflação dos alimentos despencou”, disse nesta sexta-feira Javier Lanari, vice-secretário de imprensa do governo do presidente Javier Milei, além de ressaltar que esse é “o item que mais afeta os setores vulneráveis”.