Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta um dos mais belos exemplos de fé e da compaixão de Jesus. Ao aproximar-se de Jericó, Jesus é interpelado por um clamor que ecoa acima do burburinho da multidão: o grito de um cego à margem do caminho. Este homem, conhecido como o cego de Jericó, representa tantos que, mesmo em meio à limitação física, conseguem enxergar espiritualmente o que muitos olhos saudáveis não percebem: a presença salvadora de Jesus.
Enquanto a multidão seguia Jesus em sua caminhada para Jerusalém, o cego, privado da visão física, percebe algo muito mais profundo: o movimento de Deus em sua vida. Seu grito de fé: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” não apenas revela sua confiança em Jesus, mas também desafia o comodismo dos discípulos, que tentavam silenciá-lo. Esse contraste é um convite para refletirmos: quantas vezes, em nossa caminhada, limitamos o acesso dos outros à graça, julgando quem é digno de ser atendido por Jesus?
O gesto do cego, que larga seu único bem, o manto, para ir ao encontro de Jesus, nos ensina o que significa confiar plenamente no Senhor. Ele não hesita, não duvida, não negocia. Sua resposta ao chamado de Jesus é imediata, total e cheia de fé. A pergunta de Jesus, “O que queres que eu faça por ti?”, revela não apenas a atenção de Deus às nossas necessidades, mas também a liberdade que Ele nos dá para expressarmos nossos desejos mais profundos. A resposta do cego é direta e cheia de esperança: “Senhor, eu quero enxergar de novo!”
Jesus, com sua resposta de amor, devolve-lhe a visão e mais do que isso: transforma sua vida. Aquele homem não apenas recupera a visão física, mas é também curado espiritualmente. Ele escolhe seguir Jesus pelo caminho, tornando-se um modelo de discipulado. Não volta para uma vida cômoda ou individualista, mas assume a missão de caminhar com o Mestre.
Este relato nos provoca a refletir sobre como enxergamos os que estão “à margem do caminho” em nossa sociedade. Vivemos numa cultura marcada pelo aceleramento e pela indiferença, onde os clamores dos mais vulneráveis muitas vezes são abafados pelo egoísmo e pela distração. Quantas vezes ignoramos os gritos de socorro que surgem das periferias da vida, fingindo não ver para não nos comprometermos?
Como seguidores de Cristo, somos chamados a ter os ouvidos atentos e o coração disponível, a exemplo de Jesus. Não podemos cair na tentação de ser como os discípulos que tentavam calar o cego. Precisamos ser instrumentos que encorajam e aproximam os necessitados de Cristo. Ser indiferente ao sofrimento do outro é, na verdade, ser indiferente ao próprio Jesus, que se identifica com os pobres, os marginalizados e os esquecidos.
Que a cura do cego de Jericó inspire em nós uma visão renovada e uma fé viva, capaz de transformar nossas atitudes e nos impulsionar a seguir Jesus com generosidade e compaixão. Que saibamos ouvir os clamores ao nosso redor e responder, como Jesus, com amor e ação concreta.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
Mensagem do Dia
MENSAGEM DO DIA > “QUEM PROCURA GANHAR A SUA VIDA, VAI PERDÊ-LA; E QUEM A PERDE VAI CONSERVÁ-LA.”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta uma mensagem escatológica, abordando a segunda vinda de Jesus. Embora o tema do “fim dos tempos” possa parecer difícil, à luz da fé, encontramos a essência do que Jesus deseja nos comunicar: precisamos estar preparados e vigilantes, vivendo cada dia como se fosse o último.
Jesus recorda dois momentos marcantes da história bíblica: o dilúvio no tempo de Noé e a destruição de Sodoma. Em ambas as ocasiões, muitos estavam distraídos, entregues aos prazeres e preocupações terrenas, esquecendo-se de Deus e do caminho da retidão. Somente Noé e sua família, assim como Ló e os seus, estavam vigilantes e prontos para seguir o chamado de Deus, e assim foram preservados.
Essa comparação nos ensina que “dilúvios” e “destruições” ainda acontecem em nossa vida e no mundo ao nosso redor, lembrando-nos da fragilidade da existência. A vida pode ser inesperadamente interrompida, e o convite de Jesus é que vivamos com um coração desapegado, atentos ao que realmente importa: a busca pelo Reino de Deus.
Quando Jesus diz: “Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la”, Ele nos convida a um desapego profundo dos bens materiais e das ambições pessoais que muitas vezes nos afastam de Deus. A verdadeira vida, está em nos entregarmos por inteiro a Deus, vivendo para Ele e para o bem do próximo, sem medo de renunciar às coisas passageiras deste mundo.
“Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. Este “critério de seleção” reflete o resultado das escolhas pessoais, que fazemos todos os dias. Embora possamos estar lado a lado, é o modo como cada um vive, a fidelidade a Deus, que determina nosso destino final. Assim, duas pessoas podem estar juntas, mas cada coração pode apontar para horizontes opostos. Ninguém se salva sozinho, mas a salvação é individual e não coletiva, não é pelo fato de pertencermos a uma mesma Igreja, a um mesmo grupo, a uma mesma família, que vamos ser salvos e sim, pela nossa obediência a Deus no seguimento a Jesus…
Que as palavras de Jesus, que nos é endereçada neste evangelho, não nos causem temor, mas nos motivem a viver com coragem e esperança! Que elas nos façam relembrar de que o nosso destino é o céu e que a nossa vida terrena é a única oportunidade que temos de buscarmos em Jesus, o nosso encontro definitivo com o Pai.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “… O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS.”
Por Olívia Coutinho
A todo instante, somos chamados a fazer parte do Reino de Deus, um Reino diferente de todos os reinos e sistemas deste mundo que muitas vezes são marcados pela busca de poder e pelo apego as coisas materiais. O Reino de Deus, é encontrado na simplicidade da vida, sem depender de grandes eventos ou sinais espetaculares.
Muitas vezes, na expectativa de um sinal extraordinário, perdemos a oportunidade de reconhecer e viver o Reino de Deus presente no cotidiano da nossa vida, na simplicidade dos relacionamentos, na prática do amor e da compaixão. O Reino de Deus, não é um espaço físico; é uma realidade espiritual, vivida e experimentada por aqueles que estão unidos a Jesus. Em Jesus, o Reino de Deus se torna visível, visível, porque Ele é o modelo de um reino que promove paz, justiça, e amor, valores que transformam corações e que podem ser vividos nos lares, nas comunidades, e em qualquer lugar onde amor é vivido.
No Evangelho de hoje, os fariseus perguntaram a Jesus quando chegaria o Reino de Deus, desejando saber sobre um reinado de poder político e militar sonhado por eles. Eles aguardavam um libertador, um rei terreno que os livrasse da dominação romana. Contudo, a visão desses fariseus era limitada e superficial, incapaz de reconhecer o Reino presente na pessoa de Jesus. Eles não percebiam que o Reino de Deus já estava entre eles, sendo encarnado por Jesus e revelado através de suas palavras e ações.
Estejamos certos: o Reino de Deus, não é marcado por aparências externas, mas pela transformação interior, onde o amor, a misericórdia e a verdade assumem o lugar central em nossa vida.
Jesus nos alerta sobre a necessidade da vigilância, pois a vinda do Filho do Homem será inesperada como o brilho de um relâmpago. Essa imagem nos lembra que a presença do Reino de Deus, é algo que exige prontidão e abertura de coração, pois só assim estaremos preparados para acolher Jesus em sua segunda vinda.
É na pessoa de Jesus que o Reino de Deus se manifesta entre nós. Em Jesus, o divino se manifesta de forma humana, e o humano atinge a plenitude no encontro com o divino.
Jesus é a porta que se abre para nós, o caminho seguro que nos conduz à felicidade plena, adentremos essa porta que se abre para a eternidade, para o amor que nunca termina.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA >”JESUS, MESTRE, TEM COMPAIXÃO DE NÓS!”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje, narra a cura de dez leprosos, convidando-nos a refletir sobre a gratidão e sobre a importância de reconhecermos as bênçãos de Deus na nossa vida. Jesus está a caminho de Jerusalém, dando continuidade à sua missão e, por meio de suas ações, Ele ensina aos discípulos, o verdadeiro jeito de viver a fé. Um dos momentos mais marcantes do texto, é o encontro de Jesus com dez leprosos, pessoas excluídas pela sociedade devido à uma doença que lhes feria não somente o corpo, como também a alma. Devido a esta doença, essas pessoas, eram condenados a viverem isoladas e abandonadas nas periferias. Conscientes de suas limitações, estes homens, nem sequer ousaram em aproximar de Jesus; apenas clamaram de longe: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
O contato foi breve, mas o suficiente para que Jesus lhes dissesse o que eles deveriam fazer. Sem romper com as normas já estabelecidas, Ele os instrui a irem aos sacerdotes, pois somente eles poderiam atestar a cura e permitir que esses homens voltassem ao convívio social. A lepra, hoje conhecida como hanseníase, era uma doença incurável e altamente contagiosa, era associada à impureza. Na época, uma cura, só poderia ser confirmada pelos sacerdotes e considerada como uma intervenção divina.
Obedientes a Jesus, os leprosos tomaram o caminho indicado e, durante o percurso, perceberam que estavam curados. Um deles, ao se ver livre daquela doença, retorna imediatamente para agradecer a Jesus, num gesto de gratidão, ele prostra-se aos seus pés. Este ato de gratidão não apenas demonstrou a sua fé, mas também lhe concedeu a cura interior e simultaneamente a sua salvação. Curiosamente, esse homem era um samaritano, alguém, teoricamente, “inimigo” dos judeus. Ao contrário dos outros, que apenas se contentaram com a cura física, este samaritano, reconheceu a intervenção divina em sua vida e buscou também a cura de sua alma.
Antes da cura, este samaritano, clamava a Jesus de longe; curado, ele toca em Jesus, demonstrando seu reconhecimento e agradecimento pela graça recebida. Esse gesto, o libertou totalmente de tudo o que o escravizava: a doença, o preconceito, o abandono e o pecado. Enquanto isso, os outros nove, que eram judeus, não voltaram para agradecer, contentando-se apenas com a cura do corpo e rejeitando a salvação que Jesus lhes propunha. Jesus questiona: “E os outros nove, onde estão?” Ele não buscava um agradecimento verbal, mas se entristeceu ao ver que estes, desprezaram a graça de Deus, ou seja, a oportunidade da cura interior.
Toda vez que Jesus curava alguém, Ele sempre dizia: “A tua fé te salvou.” Mas aos nove que não voltaram, Jesus não pôde dizer o mesmo, pois estes, não buscaram a cura da alma. Ainda hoje, Jesus se entristece com muitos de nós, que recusa a graça de Deus. A salvação é um presente concedido por Deus a quem crê e se dispõe a seguir Jesus.
E nós, com quem nos identificamos? Com o samaritano, que voltou para receber a cura da alma, ou com os nove que se contentaram apenas com a cura física?
Pensemos nisso…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “SOMOS SERVOS INÚTEIS: FIZEMOS O QUE DEVÍAMOS FAZER.”
Por Olívia Coutinho
No evangelho de hoje, Jesus, com uma pequena parábola, define o serviço prestado ao Reino, como nossa responsabilidade, e não, como favores prestados a Deus. Jesus compara a relação entre Deus e o homem, com a relação de um senhor com o seu servo. O senhor não agradece seu servo por ele ter cumprido suas obrigações, pois o seu serviço é de sua responsabilidade. Da mesma forma, nós somos chamados a servir a Deus sem esperar por recompensas ou elogios, afinal, estamos apenas cumprindo nossa obrigação.
No texto, percebemos claramente o cuidado que Jesus já tinha conosco, mesmo antes de nossa existência. Ao preparar aqueles que dariam continuidade à sua missão aqui na Terra, Jesus já estava cuidando de nós, assegurando a nossa vida futura. Conhecedor das fraquezas humanas, Jesus estava sempre alertando seus discípulos sobre o perigo deles se deixarem levar pela vaidade e por interesses pessoais, o que poderia comprometer o desenvolvimento do projeto de Deus. Diante de tanta oferta de amor, não podemos nos contentar com o que já estamos fazendo, pois se Jesus está em nós e nós Nele, podemos fazer muito mais em favor do Reino. Porém, tudo o que fazemos não deve ser atribuído a nós, pois não realizamos por nós mesmos; é Deus quem realiza através de nós.
Enquanto caminhou por este chão, Jesus nos ensinou, com a sua própria vida, que é na gratuidade e na humildade que faremos a diferença no mundo, que deixamos marcas do nosso amor a Deus por onde passarmos. Descobrimos o verdadeiro sentido do nosso existir, quando nos entregamos ao serviço do amor.
Sabemos que Deus não precisa de nós, que Ele pode realizar tudo por si só, mas para a nossa felicidade, Deus quer contar conosco na construção de um mundo mais justo e fraterno. Nossa vida é um dom de Deus, e por isso, devemos colocá-la inteiramente a seu serviço. Nossos talentos não nos foram dados para serem guardados ou usados em nosso benefício e sim, em benefício do Reino. Portanto, somos servos uns dos outros; não fazemos nada de extraordinário, apenas, o que devemos fazer.
Tenhamos em mente: praticar a justiça, ser honesto é nossa obrigação, não precisamos ser elogiados por cumprirmos esses deveres. É nosso dever cuidar de tudo o que foi criado por Deus. Querer recompensas por cuidar de tudo o que recebemos de graça, é uma ingratidão ao nosso Criador.
Não esqueçamos: um líder comprometido com o projeto de Deus, não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo o seu amor a Jesus transformado em serviço.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “MAS AI DAQUELES QUE PRODUZEM ESCÂNDALOS.”
Por Olívia Coutinho
O evangelho de hoje é considerado um dos mais desafiadores para muitos, pois, além de conter expressões figurativas, Jesus faz exigências que podem parecer difíceis para aqueles que ainda não possuem uma fé suficiente madura para acatá-la. Para compreendê-lo melhor, é bom situá-lo no contexto histórico: Jesus está a caminho de Jerusalém com seus discípulos, num percurso formativo que antecipa os desafios que todos nós, seus seguidores, enfrentamos ao longo da vida.
Conforme Jesus se aproximava da cruz, Ele revelava com clareza o que era necessário para que seus discípulos permanecessem com Ele. Diversas exigências já haviam sido apresentadas, como a renúncia aos bens materiais (cf. Lc 14,33), a coragem de carregar a própria cruz (cf. Lc 14,27), e até mesmo a “ruptura” nas relações familiares (cf. Lc 14,26). Apesar de difíceis, os discípulos vinham se esforçando para cumprir essas exigências. Contudo, no evangelho de hoje, Jesus introduz duas orientações que pesaram para eles: a advertência contra os “escândalos” e a exigência do perdão incondicional.
Perdoar sem limites mostrou-se a exigência mais desafiadora. Para os discípulos, acostumados à mentalidade de revide, perdoar continuamente parecia impossível. Foi neste momento que, reconhecendo sua própria insuficiência, os discípulos pediram a Jesus: “Aumenta a nossa fé!” (v. 5). Jesus, contudo, não respondeu diretamente, pois a fé é um processo contínuo de crescimento. Ele enfatiza que a importância da fé está em sua consistência e não em sua quantidade. O essencial é qualificá-la, tornando-a firme e inabalável, pois é a qualidade de nossa fé que transforma nossa vida.
Os discípulos acreditavam ter fé, mas sentiam que não era suficiente para atender à exigência do perdão. Porém, essa exigência já estava presente na oração do Pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos ofendeu” (cf. Lc 11,4). Esse trecho mostra que a oração ensinada por Jesus – também em resposta a um pedido dos discípulos (cf. Lc 11,1-4) – ainda não estava sendo vivida por eles em sua totalidade. Se estivesse, talvez eles não sentissem tanta dificuldade em perdoar.
Ao aplicar este evangelho à nossa vida, percebemos que o caminho com Jesus, é cheio de desafios, é um caminho de flores e de espinhos, onde a cruz estará sempre presente. No Novo Testamento, o termo “escândalo” refere-se, não tanto a uma atitude moralmente inadequada, mas a algo que representa um obstáculo para a entrada no Reino de Deus. Portanto, devemos evitar que nosso testemunho se torne uma pedra de tropeço para os outros. Nossa missão é ser ponte, e não obstáculo, para que o outro chegue a Deus…
Pensemos nisso!
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “E O SENHOR ELOGIOU O ADMINISTRADOR DESONESTO…”
Por Olívia Coutinho
Vivemos em um mundo onde muitas vezes prevalecem o individualismo e a competição. O valor de uma pessoa, para muitos, é definido pelo o que ela possui, e não pelo o que ela é. Neste contexto materialista, o dinheiro se torna, para alguns, quase que um deus. Há pessoas que são tão obcecadas por dinheiro, que chegam ao cúmulo de assimilar a falta de esperteza, como causa do seu fracasso na vida.
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, narra a parábola do administrador infiel.
Nesta parábola, Jesus nos apresenta um administrador que, ao saber que seria demitido por sua má administração, age astutamente para garantir seu futuro. Ele reduz as dívidas dos devedores de seu patrão, buscando assegurar favores futuros. Esta atitude nos leva a refletir sobre os “filhos deste mundo,” que são frequentemente mais astutos em lidar com os recursos terrenos do que os “filhos da luz.”
Jesus, com sabedoria, não está elogiando a desonestidade, mas sim, a capacidade de agir com inteligência e rapidez, algo que também é necessário aos “filhos da luz”. Através deste exemplo, somos convidados a usar nossos talentos, tempo e bens de maneira consciente e prudente, voltados não para a nossa própria vantagem, mas para o bem maior e para o Reino de Deus. Os recursos que temos, sejam financeiros, intelectuais ou espirituais, devem ser administrados como uma responsabilidade sagrada, pois tudo nos foi confiado por Deus.
A atitude do administrador desonesto nos convida a refletir sobre como estamos nos preparando para o futuro eterno. Ele age com astúcia para assegurar sua segurança no futuro próximo; nós, como cristãos, deveríamos ser ainda mais prudentes, investindo naquilo que é eterno. Com esta parábola, Jesus nos chama à criatividade e à diligência na administração dos dons divinos, lembrando-nos de que a nossa vida é um bem precioso que pertence a Deus e que, um dia, prestaremos conta de nossa administração.
Como filhos da luz, precisamos ter a mesma pressa e empenho do administrador, porém, para nos libertarmos das armadilhas do pecado, do egoísmo e da ganância, buscando o que verdadeiramente permanece. Jesus nos convida a uma decisão corajosa: trocar os bens efêmeros deste mundo pelos bens duradouros que se encontram na eternidade.
Coloquemos o nosso coração no “ser” ao invés de no “ter”, reconhecendo que os valores do Reino não se encontram naquilo que acumulamos, mas no amor que partilhamos…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
FIQUEM NA PAZ DE JESUS
Reflexão de Olivia Coutinho.
MENSAGEM DO DIA > “…HAVERÁ NO CÉU MAIS ALEGRIA POR UM SÓ PECADOR QUE SE CONVERTE…”
Por Olívia Coutinho
Em uma sociedade preconceituosa, muitos são excluídos do convívio social. São pessoas que estão sobre a terra, mas que se sentem soterradas pelo nosso preconceito…
Ao contrário de nós, Deus não desiste daqueles que se extraviam do caminho, pois para Ele não existe caminho sem volta, nem ponto final para uma história de amor.
No Evangelho de hoje, Jesus, por meio de duas parábolas, nos convida a sermos misericordiosos com aqueles que se enveredaram por caminhos contrários, mas que desejam voltar.
Que possamos acolher esses irmãos e nos alegrar com seu retorno à vida. O que não significa concordar com seus erros, mas sim, acreditar que uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus pode mudar de vida.
O ponto central do Evangelho, é destacar a grandiosidade do coração do Pai, um coração misericordioso que vê a pessoa em sua essência e não o seu pecado.
O texto começa mencionando que os fariseus e doutores da lei criticaram Jesus por Ele acolher pecadores, como se eles próprios não fossem também pecadores. Jesus responde a essas críticas com duas parábolas, que podemos chamar de gêmeas, pois ambas expressam alegria — a alegria de quem encontra uma preciosidade que havia sido perdida.
A parábola da ovelha perdida fala da alegria do pastor ao encontrar a ovelha que se extraviou do rebanho, simbolizando a alegria do Pai ao receber um filho de volta! É interessante perceber: o pastor não ficou esperando pelo retorno da ovelha perdida; ele foi ao seu encontro. Assim como a primeira, a segunda parábola nos fala também de alegria — a alegria de uma mulher ao encontrar algo que havia perdido e que era de vital importância para ela: uma moeda de prata que lhe garantiria o seu sustento por algum tempo.
Olhando para dentro de nós, perguntemo-nos: será que estamos agindo como os fariseus e mestres da lei, que, em vez de nos tornarmos ponte para resgatar o irmão que se perdeu, estamos contribuindo para que ele se perca ainda mais com nossa indiferença e preconceito?
É bom nos conscientizarmos: muitos, só valorizam a Luz depois de passarem pelas trevas…
Tenhamos um coração misericordioso como o coração do Pai, um coração generoso para amar e acolher aqueles que erraram, mas que desejam retornar à vida!
O amor tem uma força irresistível; é caminho que traz de volta quem se dispersou. Sejamos, portanto, a força desse amor na vida do outro, pois é sendo amada que uma pessoa aprende a amar.
A misericórdia de Deus nos pede misericórdia: atendamos a este pedido de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai Celeste é misericordioso.” (Lc 6,36).
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
FIQUEM NA PAZ DE JESUS
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 04/11/24 – Lc14,12-14
Por Olívia Coutinho
O evangelho de hoje, continua dentro do contexto da presença de Jesus na casa de um fariseu. O tema central deste evangelho é a generosidade e a gratuidade.
O texto começa nos mostrando o que Jesus disse ao chefe dos fariseus que havia convidado-o para comer em sua casa: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa.” Com estas palavras, Jesus deixa claro, que não devemos busca recompensa pelo o bem que fazemos. Ora, se fazemos algo em benefício de alguém, esperando por recompensa, não fazemos por amor, e sim, por interesse.
Jesus nos exorta: quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir.”
Infelizmente, isso raramente acontece, na maior parte dos nossos atos, somos motivados pelo o interesse, no fundo no fundo, queremos que o outro reconheça o que fizemos por ele e nos recompense de alguma forma…O amor, a generosidade devem ser a base de nossas ações.
Somos convidados a olhar além de nossos interesses a estender a mão aos necessitados, independente de quem quer que seja. Agindo assim, estaremos seguindo o exemplo de Jesus, que sempre mostrou compaixão pelos mais fracos e vulneráveis. Dessa maneira, também estabelecemos um padrão de amor e generosidade que reflete a essência do cristianismo.
Não adianta querermos enganar a Deus, pois Ele vê o coração e as intenções que estão por detrás de nossas ações. Todo o bem que fazemos desinteressadamente tem a sua recompensa.
Sabemos que a recompensa de Deus é infinitamente mais generosa do que a de qualquer ser humano. É o que disse Jesus em outra ocasião: “Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós” (Lc 6,38).
Meu irmão e minha irmã: Como é distante a vida que levamos, da vida que Jesus nos propõe.
Pensemos bem…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
EVANGELHO DE HOJE > MEDITANDO O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MARCOS 12,28B-34
Por Nicinha Araujo
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?».
Jesus respondeu: «O primeiro é este: “Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”.
O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há nenhum mandamento maior que estes».
Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além dele.
Amá-lo com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios».
Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-lo.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MENSAGEM DO DIA > “O FILHO DO HOMEM VAI CHEGAR NA HORA EM QUE MENOS O ESPERARDES.”
Por Olívia Coutinho
Hoje, dia de Finados, comecemos a nossa reflexão, meditando estas duas realidades: vida e morte!
A liturgia destes dois primeiros dias do mês de novembro, nos convida a uma reflexão mais profunda sobre o verdadeiro sentido do nosso existir, o para quê, viemos ao mundo.
“Viemos do Pai e para o Pai retornarem.” Esta certeza, deve nos alegrar, nos trazer esperança, pois é a certeza de que há uma vida melhor por vir, de que a nossa vida tem sentido, que por ela ser, de origem divina, ela não terminará com a nossa morte corporal.
O dia de hoje, não deve ser vivido com tristeza e sim, com alegria, pois pela fé, acreditamos que nossos entes queridos, vivem uma vida em plenitude junto do Pai…
No evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, Jesus, através de uma parábola, chama a nossa atenção, sobre a importância de uma constante vigilância e da prontidão. Ele compara a sua segunda vinda, à de um senhor, que, ao voltar de uma festa de casamento. “Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar…” Esta parábola, vem nos lembrar, que a segunda vinda de Jesus, será imprevisível, e que por assim ser, devemos estar sempre prontos para recebe-lo. O que significa, vivermos o tempo todo de maneira justa, na obediência a Deus e em constante comunhão com Ele e com os irmãos…
Estarmos vigilantes, preparados para a vinda do Senhor Jesus, não significa ficarmos parados esperando a morte chegar, pelo o contrário, devemos esperar pela segunda vinda de Jesus, no exercício da nossa missão, onde Deus nos plantou para produzirmos frutos… “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” No contexto do tempo de Jesus, estar com os rins cingidos, significava colocar sobre as vestes largas, um cinto ou uma corda na cintura, para facilitar os movimentos do corpo, o que favoreceria a agilidade no trabalho.
Rins cingidos, lembra-nos de serviço, manter as lâmpadas acesas, fala-nos de vigilância, uma vigilância contínua, dia e noite…
O desafio de quem busca a eternidade é estar o tempo todo em vigilância, é dar testemunho de Jesus, em qualquer circunstância, é estar disposto a caminhar na contramão do mundo, pela causa de do Reino.
É servindo a Deus, na pessoa do irmão, é partilhando a vida, que estaremos nos preparando para o nosso encontro definitivo com o Pai…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
MENSAGEM DO DIA > Meditando o Evangelho de hoje (Lc 13,31-35)
Por Natal Paixao
Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: Sai daqui, porque Herodes quer te matar. Ele disse: Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, pois não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.
* Palavra da Salvação!
* Glória a vós Senhor!
“EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA”
“A política ao serviço do homem”
Hoje Jesus denuncia ao “Rei”, de quem poderiamos esperar a promoção da paz vinculada à justiça. A politica é o âmbito da ração: não duma razão técnico-calculadora, mas “moral”, já que o fim último do Estado e de toda política é de natureza moral (a paz, a justiça…). A restituição da “razão moral” (o razoavelmente ótimo para o homem) exige depurar o “não razoável”.
Como as ideologias caíram, urge desmitificar aqueles valores que se desvirtuaram ao dar-lhes um carater absoluto: progresso, ciência, liberdade… Também, a “maioria”! Nenhum destes valores constitui, em si, um critério último sobre o bem do homem. Existem valores que nem as maiorias podem discuti-los. Mas, quais? Uma primeira resposta a oferece o “Decálogo”, considerando que este não é propriedade privada de cristãos e judeus.
—O “Decálogo” é uma expressão altíssima de razão moral que, como tal, coincide amplamente com a sabedoria de outras grandes culturas. A fé não substitui à razão, mas contribui a destacar valores essenciais.
* Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo!
* Para sempre Seja louvado 🙏