Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos oferece uma profunda oportunidade de meditação sobre o zelo de Jesus pelo templo, tanto o espaço físico quanto o espiritual. Ao expulsar os mercadores, Jesus não apenas denuncia a exploração e a inversão de valores presentes na época, mas também nos chama à conversão pessoal e comunitária.
A frase contundente de Jesus, “Minha casa será casa de oração”, nos faz pensar sobre o verdadeiro propósito dos templos: serem espaços de encontro com Deus, de comunhão e oração. Contudo, essa reflexão vai além das paredes das igrejas. Somos templos vivos do Espírito Santo, e é no íntimo do nosso coração que devemos construir essa casa de oração.
Assim como Jesus purificou o templo físico, Ele deseja purificar nossos corações de tudo o que nos afasta de Deus: mágoas, ressentimentos, inveja, orgulho e preocupações excessivas com o material. Somos chamados a fazer uma verdadeira limpeza interior, a deixar nosso coração limpo, para que Jesus possa fazer morada em nós. Cada gesto de Jesus no templo nos lembra, que o cuidado com a nossa alma, exige coragem e entrega para renunciar ao que é nocivo.
O zelo de Jesus pelo templo físico também revela o amor profundo pela humanidade. Foi esse zelo que o levou à cruz, onde Ele se entregou para nos devolver a vida. Como templos vivos de Deus, somos chamados a difundir esse amor no mundo. Precisamos agir como sinais vivos da presença de Jesus no nosso meio, sendo misericordiosos e amorosos uns com os outros.
O texto nos alerta também, sobre a importância do cuidado com nossas igrejas, para que elas sejam verdadeiramente espaços de oração e acolhimento. Mais do que estruturas físicas, nossas comunidades devem ser lugares de fraternidade, onde todos possam encontrar o amor de Deus e a água viva que sacia a sede espiritual.
Que possamos abrir nosso coração para a ação purificadora de Jesus e nos comprometer com o zelo pelo templo vivo que somos, bem como pelos lugares de culto a Deus que frequentamos…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
Mensagem do Dia
MENSAGEM DO DIA > “Eis minha mãe e meus irmãos.”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta um momento de profundo ensinamento de Jesus sobre o significado da verdadeira família de Deus. Enquanto Ele falava às multidões, sua mãe e seus irmãos o procuraram, desejando falar com Ele. No entanto, Jesus, fiel à sua missão, não interrompeu seu ensinamento para atender a sua família biológica. Com isso, Ele nos ensina que a sua obediência ao Pai e sua missão têm prioridade absoluta, acima até mesmo dos laços de sangue.
A menção de que seus familiares foram procurá-lo para tirá-lo do meio da multidão nos remete ao relato de Marcos (Mc 3,20-21), onde se diz que pensavam que Ele estava fora de si. Essa preocupação era compreensível na conjuntura da época. Ver Jesus rodeado por multidões, associando-se a cobradores de impostos e pecadores, certamente desafiava as expectativas dos seus familiares, que ainda não compreendiam plenamente sua missão.
Até mesmo Maria, a Mãe de Jesus, foi compreendendo gradualmente a missão do Filho. Desde o anúncio do anjo até as palavras proféticas de Simeão no templo, Maria foi guardando e meditando esses acontecimentos em seu coração. A cada passo, ela associava as revelações anteriores aos fatos que presenciava, fortalecendo sua fé e confiança no plano de Deus.
Jesus, ao assumir seu ministério, experimenta uma mudança radical. De uma vida modesta em Nazaré, Ele passa a viver em plena obediência ao Pai, revelando sua divindade por meio de sua humanidade. Essa transformação inevitavelmente levou a um certo distanciamento de sua família de sangue, mas não por falta de amor ou consideração. Ele estava mostrando que sua verdadeira família é formada por todos aqueles que fazem a vontade de Deus.
Ao dizer: “Todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”, Jesus não diminui o papel de Maria, mas a exalta como a primeira e mais perfeita seguidora da vontade de Deus. Ninguém melhor do que Maria pode ser identificada com essas palavras, pois desde o anúncio do anjo ela se entregou totalmente ao plano divino, declarando: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Este Evangelho nos convida a refletir sobre nossa própria relação com Deus. Muitas vezes, nos centramos em debates teológicos ou históricos, como a questão sobre outros filhos de Maria, e deixamos de captar a mensagem principal: o chamado de Jesus para que façamos a vontade do Pai. Essa é a condição para pertencermos à sua família divina.
Que possamos ouvir esse convite com um coração aberto e disposto, buscando viver como membros da família de Jesus, cumprindo a vontade de Deus em nosso dia a dia.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “A TODO AQUELE QUE JÁ POSSUI SERÁ DADO MAIS AINDA…”
Por Olívia Coutinho
O crescimento do reino de Deus aqui na terra, depende de cada um de nós, isto é: depende da nossa disposição em colocar nossos dons à serviço deste Reino.
Todos nós, somos convidados a trabalhar em favor do Reino de Deus, a vida de quem abraça esta missão, é uma vida fecunda, regada o tempo todo pela a agua viva que jorra do coração Jesus. Já, os que recusam este convite, recusa a graça de Deus.
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, vem nos conscientizar, através de uma parábola, o quão é grande a nossa responsabilidade para com o que é de Deus! O objetivo principal desta parábola, é nos lembrar, de que a qualquer momento, o Senhor virá nos pedir conta da nossa administração…
É bom termos em mente: Bens de Deus é tudo o que tem vida, inclusive a nossa vida que é um bem de Deus e que por assim ser, deve ser muito bem administrada, afinal, não estamos no mundo só pra fazer número, fomos plantados por Deu, aqui na terra, para produzir frutos…
A nós, é confiada a administração de todos os seus bens, e para que possamos ser bons administradores, Deus nos concede “talentos,” que são indicativos de capacidade e de habilidade concedidos a cada um de nós, diferenciadamente, cabendo a quem o recebe, fazê-lo multiplicar …
“Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem.” Daí, a importância de multiplicar os nossos talentos, se assim não fizermos, Deus retira até mesmo, o único talento que podemos ter…
A parábola fala-nos de um homem nobre, que partiu para um país distante, deixando seus bens para serem administrados por dez de seus empregados. Antes de viajar para o estrangeiro, ele entregou esses bens a alguns de seus empregados. A cada um deles, foi dada a quantia de cem moedas de prata que deveriam ser multiplicadas, e quando ele voltou, pediu conta destes bens a cada um deles. Os dois primeiros, por terem alcançado êxito na administração dos bens confiados a eles, receberem elogios, já o terceiro empregado, que por medo de arriscar, escondeu as moedas de prata num lenço, não as fazendo multiplicar, foi duramente castigado.
Este último empregado, simboliza todos os que vivem na passividade, aqueles, que não fazem nada de errado, mas também não fazem nada de bom. Na administração dos bens de Deus, muitas vezes, precisamos ousar, arriscar, o que não podemos mesmos, é nos omitir…
Meu irmão e minha irmã: É importante conscientizarmos: no dia da nossa prestação de contas, seremos muito mais cobrados por aquilo que podíamos ter feito e não fizemos do que pelo o que fizemos de errado, até porque, as vezes erramos com a intensão de acertar…
De nada adiantará, nos apresentarmos diante de Deus com nossas mãos limpas, se com elas, não fizemos nada em favor do Reino de Deus…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “HOJE A SALVAÇÃO ENTROU NESTA CASA.”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos conduz à cidade de Jericó, onde Jesus, a caminho de Jerusalém, se encontra com Zaqueu, um homem de baixa estatura e de vida errante, mas com um coração inquieto. Movido pela fama e pelo o desejo de ver quem era aquele homem que arrastava multidões, Zaqueu se depara com um obstáculo: sua pequena estatura. Mesmo assim, ele não desiste. Determinado, supera o orgulho e o medo do ridículo, sobe em uma árvore e aguarda a passagem de Jesus.
Esse gesto simples, mas corajoso de Zaqueu, nos fala a sede de Deus que habita em cada um de nós, mesmo quando nossas escolhas de vida parecem nos afastar Dele. Jesus, sensível à abertura do coração humano, percebe Zaqueu, chama-o pelo nome e, em um gesto de amor que surpreende a todos, declara: “Hoje eu devo ficar em tua casa.”
Esse encontro transforma radicalmente a vida de Zaqueu. Sentindo-se amado e acolhido, ele abandona o pecado, repara os erros do passado e entrega sua vida a Jesus. O episódio nos ensina que não há barreiras que possam impedir o olhar misericordioso de Deus. Para Deus, cada pessoa é única e digna de ser chamada pelo nome.
Assim como Zaqueu desceu da árvore, somos convidados a descer dos pedestais do orgulho, da vaidade que construímos para nós mesmos. A verdadeira conversão começa com a humildade, com o reconhecimento de nossas limitações e a abertura ao amor transformador de Jesus.
Quantas vezes, como Zaqueu, somos “baixos” em nossa visão espiritual! Enxergamos apenas a nós mesmos, julgamos nossos irmãos e nos esquecemos de olhá-los com o olhar de Jesus, um olhar de misericórdia. Um autêntico seguidor de Jesus, nunca vê o outro como um caso perdido, mas como alguém com potencial para a graça e a transformação, porque todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus.
Jesus hoje também nos diz: “Quero ficar em tua casa.” Este convite não é apenas para um encontro superficial, mas para uma comunhão profunda. Ele deseja entrar em nossos corações, transformar nossas vidas e nos dar a paz que só Ele pode oferecer.
Que possamos, assim como Zaqueu, acolher Jesus em nosso coração e permitir que Ele faça morada em nós…
DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “O QUE QUERES QUE EU FAÇA POR TI?”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta um dos mais belos exemplos de fé e da compaixão de Jesus. Ao aproximar-se de Jericó, Jesus é interpelado por um clamor que ecoa acima do burburinho da multidão: o grito de um cego à margem do caminho. Este homem, conhecido como o cego de Jericó, representa tantos que, mesmo em meio à limitação física, conseguem enxergar espiritualmente o que muitos olhos saudáveis não percebem: a presença salvadora de Jesus.
Enquanto a multidão seguia Jesus em sua caminhada para Jerusalém, o cego, privado da visão física, percebe algo muito mais profundo: o movimento de Deus em sua vida. Seu grito de fé: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” não apenas revela sua confiança em Jesus, mas também desafia o comodismo dos discípulos, que tentavam silenciá-lo. Esse contraste é um convite para refletirmos: quantas vezes, em nossa caminhada, limitamos o acesso dos outros à graça, julgando quem é digno de ser atendido por Jesus?
O gesto do cego, que larga seu único bem, o manto, para ir ao encontro de Jesus, nos ensina o que significa confiar plenamente no Senhor. Ele não hesita, não duvida, não negocia. Sua resposta ao chamado de Jesus é imediata, total e cheia de fé. A pergunta de Jesus, “O que queres que eu faça por ti?”, revela não apenas a atenção de Deus às nossas necessidades, mas também a liberdade que Ele nos dá para expressarmos nossos desejos mais profundos. A resposta do cego é direta e cheia de esperança: “Senhor, eu quero enxergar de novo!”
Jesus, com sua resposta de amor, devolve-lhe a visão e mais do que isso: transforma sua vida. Aquele homem não apenas recupera a visão física, mas é também curado espiritualmente. Ele escolhe seguir Jesus pelo caminho, tornando-se um modelo de discipulado. Não volta para uma vida cômoda ou individualista, mas assume a missão de caminhar com o Mestre.
Este relato nos provoca a refletir sobre como enxergamos os que estão “à margem do caminho” em nossa sociedade. Vivemos numa cultura marcada pelo aceleramento e pela indiferença, onde os clamores dos mais vulneráveis muitas vezes são abafados pelo egoísmo e pela distração. Quantas vezes ignoramos os gritos de socorro que surgem das periferias da vida, fingindo não ver para não nos comprometermos?
Como seguidores de Cristo, somos chamados a ter os ouvidos atentos e o coração disponível, a exemplo de Jesus. Não podemos cair na tentação de ser como os discípulos que tentavam calar o cego. Precisamos ser instrumentos que encorajam e aproximam os necessitados de Cristo. Ser indiferente ao sofrimento do outro é, na verdade, ser indiferente ao próprio Jesus, que se identifica com os pobres, os marginalizados e os esquecidos.
Que a cura do cego de Jericó inspire em nós uma visão renovada e uma fé viva, capaz de transformar nossas atitudes e nos impulsionar a seguir Jesus com generosidade e compaixão. Que saibamos ouvir os clamores ao nosso redor e responder, como Jesus, com amor e ação concreta.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “QUEM PROCURA GANHAR A SUA VIDA, VAI PERDÊ-LA; E QUEM A PERDE VAI CONSERVÁ-LA.”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta uma mensagem escatológica, abordando a segunda vinda de Jesus. Embora o tema do “fim dos tempos” possa parecer difícil, à luz da fé, encontramos a essência do que Jesus deseja nos comunicar: precisamos estar preparados e vigilantes, vivendo cada dia como se fosse o último.
Jesus recorda dois momentos marcantes da história bíblica: o dilúvio no tempo de Noé e a destruição de Sodoma. Em ambas as ocasiões, muitos estavam distraídos, entregues aos prazeres e preocupações terrenas, esquecendo-se de Deus e do caminho da retidão. Somente Noé e sua família, assim como Ló e os seus, estavam vigilantes e prontos para seguir o chamado de Deus, e assim foram preservados.
Essa comparação nos ensina que “dilúvios” e “destruições” ainda acontecem em nossa vida e no mundo ao nosso redor, lembrando-nos da fragilidade da existência. A vida pode ser inesperadamente interrompida, e o convite de Jesus é que vivamos com um coração desapegado, atentos ao que realmente importa: a busca pelo Reino de Deus.
Quando Jesus diz: “Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la”, Ele nos convida a um desapego profundo dos bens materiais e das ambições pessoais que muitas vezes nos afastam de Deus. A verdadeira vida, está em nos entregarmos por inteiro a Deus, vivendo para Ele e para o bem do próximo, sem medo de renunciar às coisas passageiras deste mundo.
“Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. Este “critério de seleção” reflete o resultado das escolhas pessoais, que fazemos todos os dias. Embora possamos estar lado a lado, é o modo como cada um vive, a fidelidade a Deus, que determina nosso destino final. Assim, duas pessoas podem estar juntas, mas cada coração pode apontar para horizontes opostos. Ninguém se salva sozinho, mas a salvação é individual e não coletiva, não é pelo fato de pertencermos a uma mesma Igreja, a um mesmo grupo, a uma mesma família, que vamos ser salvos e sim, pela nossa obediência a Deus no seguimento a Jesus…
Que as palavras de Jesus, que nos é endereçada neste evangelho, não nos causem temor, mas nos motivem a viver com coragem e esperança! Que elas nos façam relembrar de que o nosso destino é o céu e que a nossa vida terrena é a única oportunidade que temos de buscarmos em Jesus, o nosso encontro definitivo com o Pai.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “… O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS.”
Por Olívia Coutinho
A todo instante, somos chamados a fazer parte do Reino de Deus, um Reino diferente de todos os reinos e sistemas deste mundo que muitas vezes são marcados pela busca de poder e pelo apego as coisas materiais. O Reino de Deus, é encontrado na simplicidade da vida, sem depender de grandes eventos ou sinais espetaculares.
Muitas vezes, na expectativa de um sinal extraordinário, perdemos a oportunidade de reconhecer e viver o Reino de Deus presente no cotidiano da nossa vida, na simplicidade dos relacionamentos, na prática do amor e da compaixão. O Reino de Deus, não é um espaço físico; é uma realidade espiritual, vivida e experimentada por aqueles que estão unidos a Jesus. Em Jesus, o Reino de Deus se torna visível, visível, porque Ele é o modelo de um reino que promove paz, justiça, e amor, valores que transformam corações e que podem ser vividos nos lares, nas comunidades, e em qualquer lugar onde amor é vivido.
No Evangelho de hoje, os fariseus perguntaram a Jesus quando chegaria o Reino de Deus, desejando saber sobre um reinado de poder político e militar sonhado por eles. Eles aguardavam um libertador, um rei terreno que os livrasse da dominação romana. Contudo, a visão desses fariseus era limitada e superficial, incapaz de reconhecer o Reino presente na pessoa de Jesus. Eles não percebiam que o Reino de Deus já estava entre eles, sendo encarnado por Jesus e revelado através de suas palavras e ações.
Estejamos certos: o Reino de Deus, não é marcado por aparências externas, mas pela transformação interior, onde o amor, a misericórdia e a verdade assumem o lugar central em nossa vida.
Jesus nos alerta sobre a necessidade da vigilância, pois a vinda do Filho do Homem será inesperada como o brilho de um relâmpago. Essa imagem nos lembra que a presença do Reino de Deus, é algo que exige prontidão e abertura de coração, pois só assim estaremos preparados para acolher Jesus em sua segunda vinda.
É na pessoa de Jesus que o Reino de Deus se manifesta entre nós. Em Jesus, o divino se manifesta de forma humana, e o humano atinge a plenitude no encontro com o divino.
Jesus é a porta que se abre para nós, o caminho seguro que nos conduz à felicidade plena, adentremos essa porta que se abre para a eternidade, para o amor que nunca termina.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA >”JESUS, MESTRE, TEM COMPAIXÃO DE NÓS!”
Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje, narra a cura de dez leprosos, convidando-nos a refletir sobre a gratidão e sobre a importância de reconhecermos as bênçãos de Deus na nossa vida. Jesus está a caminho de Jerusalém, dando continuidade à sua missão e, por meio de suas ações, Ele ensina aos discípulos, o verdadeiro jeito de viver a fé. Um dos momentos mais marcantes do texto, é o encontro de Jesus com dez leprosos, pessoas excluídas pela sociedade devido à uma doença que lhes feria não somente o corpo, como também a alma. Devido a esta doença, essas pessoas, eram condenados a viverem isoladas e abandonadas nas periferias. Conscientes de suas limitações, estes homens, nem sequer ousaram em aproximar de Jesus; apenas clamaram de longe: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
O contato foi breve, mas o suficiente para que Jesus lhes dissesse o que eles deveriam fazer. Sem romper com as normas já estabelecidas, Ele os instrui a irem aos sacerdotes, pois somente eles poderiam atestar a cura e permitir que esses homens voltassem ao convívio social. A lepra, hoje conhecida como hanseníase, era uma doença incurável e altamente contagiosa, era associada à impureza. Na época, uma cura, só poderia ser confirmada pelos sacerdotes e considerada como uma intervenção divina.
Obedientes a Jesus, os leprosos tomaram o caminho indicado e, durante o percurso, perceberam que estavam curados. Um deles, ao se ver livre daquela doença, retorna imediatamente para agradecer a Jesus, num gesto de gratidão, ele prostra-se aos seus pés. Este ato de gratidão não apenas demonstrou a sua fé, mas também lhe concedeu a cura interior e simultaneamente a sua salvação. Curiosamente, esse homem era um samaritano, alguém, teoricamente, “inimigo” dos judeus. Ao contrário dos outros, que apenas se contentaram com a cura física, este samaritano, reconheceu a intervenção divina em sua vida e buscou também a cura de sua alma.
Antes da cura, este samaritano, clamava a Jesus de longe; curado, ele toca em Jesus, demonstrando seu reconhecimento e agradecimento pela graça recebida. Esse gesto, o libertou totalmente de tudo o que o escravizava: a doença, o preconceito, o abandono e o pecado. Enquanto isso, os outros nove, que eram judeus, não voltaram para agradecer, contentando-se apenas com a cura do corpo e rejeitando a salvação que Jesus lhes propunha. Jesus questiona: “E os outros nove, onde estão?” Ele não buscava um agradecimento verbal, mas se entristeceu ao ver que estes, desprezaram a graça de Deus, ou seja, a oportunidade da cura interior.
Toda vez que Jesus curava alguém, Ele sempre dizia: “A tua fé te salvou.” Mas aos nove que não voltaram, Jesus não pôde dizer o mesmo, pois estes, não buscaram a cura da alma. Ainda hoje, Jesus se entristece com muitos de nós, que recusa a graça de Deus. A salvação é um presente concedido por Deus a quem crê e se dispõe a seguir Jesus.
E nós, com quem nos identificamos? Com o samaritano, que voltou para receber a cura da alma, ou com os nove que se contentaram apenas com a cura física?
Pensemos nisso…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “SOMOS SERVOS INÚTEIS: FIZEMOS O QUE DEVÍAMOS FAZER.”
Por Olívia Coutinho
No evangelho de hoje, Jesus, com uma pequena parábola, define o serviço prestado ao Reino, como nossa responsabilidade, e não, como favores prestados a Deus. Jesus compara a relação entre Deus e o homem, com a relação de um senhor com o seu servo. O senhor não agradece seu servo por ele ter cumprido suas obrigações, pois o seu serviço é de sua responsabilidade. Da mesma forma, nós somos chamados a servir a Deus sem esperar por recompensas ou elogios, afinal, estamos apenas cumprindo nossa obrigação.
No texto, percebemos claramente o cuidado que Jesus já tinha conosco, mesmo antes de nossa existência. Ao preparar aqueles que dariam continuidade à sua missão aqui na Terra, Jesus já estava cuidando de nós, assegurando a nossa vida futura. Conhecedor das fraquezas humanas, Jesus estava sempre alertando seus discípulos sobre o perigo deles se deixarem levar pela vaidade e por interesses pessoais, o que poderia comprometer o desenvolvimento do projeto de Deus. Diante de tanta oferta de amor, não podemos nos contentar com o que já estamos fazendo, pois se Jesus está em nós e nós Nele, podemos fazer muito mais em favor do Reino. Porém, tudo o que fazemos não deve ser atribuído a nós, pois não realizamos por nós mesmos; é Deus quem realiza através de nós.
Enquanto caminhou por este chão, Jesus nos ensinou, com a sua própria vida, que é na gratuidade e na humildade que faremos a diferença no mundo, que deixamos marcas do nosso amor a Deus por onde passarmos. Descobrimos o verdadeiro sentido do nosso existir, quando nos entregamos ao serviço do amor.
Sabemos que Deus não precisa de nós, que Ele pode realizar tudo por si só, mas para a nossa felicidade, Deus quer contar conosco na construção de um mundo mais justo e fraterno. Nossa vida é um dom de Deus, e por isso, devemos colocá-la inteiramente a seu serviço. Nossos talentos não nos foram dados para serem guardados ou usados em nosso benefício e sim, em benefício do Reino. Portanto, somos servos uns dos outros; não fazemos nada de extraordinário, apenas, o que devemos fazer.
Tenhamos em mente: praticar a justiça, ser honesto é nossa obrigação, não precisamos ser elogiados por cumprirmos esses deveres. É nosso dever cuidar de tudo o que foi criado por Deus. Querer recompensas por cuidar de tudo o que recebemos de graça, é uma ingratidão ao nosso Criador.
Não esqueçamos: um líder comprometido com o projeto de Deus, não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo o seu amor a Jesus transformado em serviço.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “MAS AI DAQUELES QUE PRODUZEM ESCÂNDALOS.”
Por Olívia Coutinho
O evangelho de hoje é considerado um dos mais desafiadores para muitos, pois, além de conter expressões figurativas, Jesus faz exigências que podem parecer difíceis para aqueles que ainda não possuem uma fé suficiente madura para acatá-la. Para compreendê-lo melhor, é bom situá-lo no contexto histórico: Jesus está a caminho de Jerusalém com seus discípulos, num percurso formativo que antecipa os desafios que todos nós, seus seguidores, enfrentamos ao longo da vida.
Conforme Jesus se aproximava da cruz, Ele revelava com clareza o que era necessário para que seus discípulos permanecessem com Ele. Diversas exigências já haviam sido apresentadas, como a renúncia aos bens materiais (cf. Lc 14,33), a coragem de carregar a própria cruz (cf. Lc 14,27), e até mesmo a “ruptura” nas relações familiares (cf. Lc 14,26). Apesar de difíceis, os discípulos vinham se esforçando para cumprir essas exigências. Contudo, no evangelho de hoje, Jesus introduz duas orientações que pesaram para eles: a advertência contra os “escândalos” e a exigência do perdão incondicional.
Perdoar sem limites mostrou-se a exigência mais desafiadora. Para os discípulos, acostumados à mentalidade de revide, perdoar continuamente parecia impossível. Foi neste momento que, reconhecendo sua própria insuficiência, os discípulos pediram a Jesus: “Aumenta a nossa fé!” (v. 5). Jesus, contudo, não respondeu diretamente, pois a fé é um processo contínuo de crescimento. Ele enfatiza que a importância da fé está em sua consistência e não em sua quantidade. O essencial é qualificá-la, tornando-a firme e inabalável, pois é a qualidade de nossa fé que transforma nossa vida.
Os discípulos acreditavam ter fé, mas sentiam que não era suficiente para atender à exigência do perdão. Porém, essa exigência já estava presente na oração do Pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos ofendeu” (cf. Lc 11,4). Esse trecho mostra que a oração ensinada por Jesus – também em resposta a um pedido dos discípulos (cf. Lc 11,1-4) – ainda não estava sendo vivida por eles em sua totalidade. Se estivesse, talvez eles não sentissem tanta dificuldade em perdoar.
Ao aplicar este evangelho à nossa vida, percebemos que o caminho com Jesus, é cheio de desafios, é um caminho de flores e de espinhos, onde a cruz estará sempre presente. No Novo Testamento, o termo “escândalo” refere-se, não tanto a uma atitude moralmente inadequada, mas a algo que representa um obstáculo para a entrada no Reino de Deus. Portanto, devemos evitar que nosso testemunho se torne uma pedra de tropeço para os outros. Nossa missão é ser ponte, e não obstáculo, para que o outro chegue a Deus…
Pensemos nisso!
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “E O SENHOR ELOGIOU O ADMINISTRADOR DESONESTO…”
Por Olívia Coutinho
Vivemos em um mundo onde muitas vezes prevalecem o individualismo e a competição. O valor de uma pessoa, para muitos, é definido pelo o que ela possui, e não pelo o que ela é. Neste contexto materialista, o dinheiro se torna, para alguns, quase que um deus. Há pessoas que são tão obcecadas por dinheiro, que chegam ao cúmulo de assimilar a falta de esperteza, como causa do seu fracasso na vida.
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, narra a parábola do administrador infiel.
Nesta parábola, Jesus nos apresenta um administrador que, ao saber que seria demitido por sua má administração, age astutamente para garantir seu futuro. Ele reduz as dívidas dos devedores de seu patrão, buscando assegurar favores futuros. Esta atitude nos leva a refletir sobre os “filhos deste mundo,” que são frequentemente mais astutos em lidar com os recursos terrenos do que os “filhos da luz.”
Jesus, com sabedoria, não está elogiando a desonestidade, mas sim, a capacidade de agir com inteligência e rapidez, algo que também é necessário aos “filhos da luz”. Através deste exemplo, somos convidados a usar nossos talentos, tempo e bens de maneira consciente e prudente, voltados não para a nossa própria vantagem, mas para o bem maior e para o Reino de Deus. Os recursos que temos, sejam financeiros, intelectuais ou espirituais, devem ser administrados como uma responsabilidade sagrada, pois tudo nos foi confiado por Deus.
A atitude do administrador desonesto nos convida a refletir sobre como estamos nos preparando para o futuro eterno. Ele age com astúcia para assegurar sua segurança no futuro próximo; nós, como cristãos, deveríamos ser ainda mais prudentes, investindo naquilo que é eterno. Com esta parábola, Jesus nos chama à criatividade e à diligência na administração dos dons divinos, lembrando-nos de que a nossa vida é um bem precioso que pertence a Deus e que, um dia, prestaremos conta de nossa administração.
Como filhos da luz, precisamos ter a mesma pressa e empenho do administrador, porém, para nos libertarmos das armadilhas do pecado, do egoísmo e da ganância, buscando o que verdadeiramente permanece. Jesus nos convida a uma decisão corajosa: trocar os bens efêmeros deste mundo pelos bens duradouros que se encontram na eternidade.
Coloquemos o nosso coração no “ser” ao invés de no “ter”, reconhecendo que os valores do Reino não se encontram naquilo que acumulamos, mas no amor que partilhamos…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
FIQUEM NA PAZ DE JESUS
Reflexão de Olivia Coutinho.
MENSAGEM DO DIA > “…HAVERÁ NO CÉU MAIS ALEGRIA POR UM SÓ PECADOR QUE SE CONVERTE…”
Por Olívia Coutinho
Em uma sociedade preconceituosa, muitos são excluídos do convívio social. São pessoas que estão sobre a terra, mas que se sentem soterradas pelo nosso preconceito…
Ao contrário de nós, Deus não desiste daqueles que se extraviam do caminho, pois para Ele não existe caminho sem volta, nem ponto final para uma história de amor.
No Evangelho de hoje, Jesus, por meio de duas parábolas, nos convida a sermos misericordiosos com aqueles que se enveredaram por caminhos contrários, mas que desejam voltar.
Que possamos acolher esses irmãos e nos alegrar com seu retorno à vida. O que não significa concordar com seus erros, mas sim, acreditar que uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus pode mudar de vida.
O ponto central do Evangelho, é destacar a grandiosidade do coração do Pai, um coração misericordioso que vê a pessoa em sua essência e não o seu pecado.
O texto começa mencionando que os fariseus e doutores da lei criticaram Jesus por Ele acolher pecadores, como se eles próprios não fossem também pecadores. Jesus responde a essas críticas com duas parábolas, que podemos chamar de gêmeas, pois ambas expressam alegria — a alegria de quem encontra uma preciosidade que havia sido perdida.
A parábola da ovelha perdida fala da alegria do pastor ao encontrar a ovelha que se extraviou do rebanho, simbolizando a alegria do Pai ao receber um filho de volta! É interessante perceber: o pastor não ficou esperando pelo retorno da ovelha perdida; ele foi ao seu encontro. Assim como a primeira, a segunda parábola nos fala também de alegria — a alegria de uma mulher ao encontrar algo que havia perdido e que era de vital importância para ela: uma moeda de prata que lhe garantiria o seu sustento por algum tempo.
Olhando para dentro de nós, perguntemo-nos: será que estamos agindo como os fariseus e mestres da lei, que, em vez de nos tornarmos ponte para resgatar o irmão que se perdeu, estamos contribuindo para que ele se perca ainda mais com nossa indiferença e preconceito?
É bom nos conscientizarmos: muitos, só valorizam a Luz depois de passarem pelas trevas…
Tenhamos um coração misericordioso como o coração do Pai, um coração generoso para amar e acolher aqueles que erraram, mas que desejam retornar à vida!
O amor tem uma força irresistível; é caminho que traz de volta quem se dispersou. Sejamos, portanto, a força desse amor na vida do outro, pois é sendo amada que uma pessoa aprende a amar.
A misericórdia de Deus nos pede misericórdia: atendamos a este pedido de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai Celeste é misericordioso.” (Lc 6,36).
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
FIQUEM NA PAZ DE JESUS
Reflexão de Olivia Coutinho