Em 2016, a China suspendeu a política de filho único, imposta na década de 1980, porém a mudança não conseguiu conter o declínio demográfico. Pela primeira vez em 62 anos, a população da China diminuiu, e o país vai deixar de ser o mais populoso do mundo, sendo superado pela Índia. A Academia de Ciências Sociais de Xangai prevê que, em breve, a população chinesa vai diminuir cerca de 1% ao ano. Ou seja, 15 milhões de pessoas a menos anualmente. O percentual do ano passado foi de 0,06%. Os números indicam que houve uma diminuição de 850 mil habitantes desde o final de 2021. O resultado disso pode ser uma queda na população de 1,4 bilhão de hoje para menos de 800 milhões em 2100. Mesmo assim, o país continua entre os mais populosos e mais poderosos do mundo. O ponto central do problema é a economia, já que a tendência sugere possíveis limites para a ascensão econômica da China neste século. O PIB do país cresceu 3%, abaixo da meta do governo, mas, se comparado com outros países, é um ótimo resultado. Segundo Marcos Vinícius de Freitas, professor visitante da Universidade de Relações Exteriores de Pequim, a China está investindo bastante em tecnologia a medida que sua força de trabalho encolhe e o grupo aposentado cresce. “Historicamente, a gente vê que há duas coisas que ajudam no processo de crescimento econômico, população e tecnologia. Então, a gente está olhando para a questão populacional, que pode ter impacto na China, porque o país está envelhecendo e corre o risco de ficar velho antes de ficar rico, e essa talvez seja uma das principais razões pelas quais o governo chinês está investindo muito na questão tecnológica, porque é como você cria uma forma de tentar conter esse processo”, diz. A China é a principal parceira econômica da União Europeia e do Brasil. José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador do IBGE, explica que ter uma população menor faz com que a China tenha uma melhora nas condições sociais e também ambientais. “Essa perspectiva de declínio populacional na China abre uma oportunidade muito grande para melhorar as condições sociais da China e melhorar as condições ambientais. É claro que isso depende das políticas do que for feito nesse período. Mas o governo chinês anuncia ao longo do tempo é exatamente um grande investimento em educação e um grande investimento em tecnologia e em mudança da produção de bens e serviços”, comenta.
Internacional
ACONTECEU NO MUNDO: Governo do Peru fecha entrada de Machu Picchu por segurança devido aos protestos no país
O governo do Peru determinou neste sábado, 21, o fechamento do acesso a Machu Picchu, ponto turístico importante, por questões de segurança devido aos protestos que assolam o país desde a destituição de Pedro Castillo, presidente eleito do país, após uma fracassada tentativa de golpe em dezembro do ano passado. A informação é da Jovem Pan. Os manifestantes pedem a renúncia de Dina Boluarte, que era vice-presidente e assumiu o poder após a saída de Castillo. De acordo com comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura peruano, a medida ficará em vigor por tempo indeterminado. “Determinou-se o fechamento de rede de trilhas incas e da llaqta (cidadela) de Machu Picchu, ante a conjuntura social e para salvaguardar a integridade dos visitantes”, diz a nota. De acordo com a AFP, o serviço ferroviário da cidade de Cusco a Machu Picchu foi suspenso por problemas nos trilhos da via que teriam sido causados por manifestantes.
Além da saída de Boluarte, os peruanos que estão nas ruas também exigem fechamento do Congresso, antecipação das eleições gerais para este ano e a convocação de uma Assembleia Constituinte. Na última semana, os protestos ficaram ainda mais violentos e chegaram a Lima, capital do país, tomando proporções ainda maiores e gerando cenas de caos, com incêndio em prédio e confrontos com as forças de segurança. Até o momento, 59 pessoas morreram, de acordo com fontes sanitárias. Para tentar interromper os protestos, o governo peruano decretou estado de emergência em Lima por 30 dias, medida que autoriza a interferência do Exército em conjunto com a polícia para manter a ordem pública. As regiões de Cusco, Puno e o porto de Callao também estão inclusas no decreto que passou a valer no último domingo, 15.
ACONTECEU NO MUNDO: Londres é referência mundial em transporte público coletivo
Cidade explora diversos modais, como o fluvial, e incentiva caminhadas e o uso de bicicletas ou automóveis elétricos para garantir maior sustentabilidade
Mobilidade urbana e sustentabilidade são os principais conceitos de transformação da capital inglestja. A preocupação com o cidadão e com o serviço de transporte na cidade tem como base a infraestrutura logística e conveniência dos motoristas, que têm as frentes de suas casas asseguradas para estacionar seus carros como espaço exclusivo. Os car clubs, carros alugados por períodos curtos de tempo, não encontram problema para estacionar, com espaço específicos para eles espalhados pela localidade, nem também para retornarem para suas bases, com inúmeros pontos de recarga. O crescimento da Tesla em Londres é consequência de uma infraestrutura de eletrificação perfeita e de um planejamento urbano que evolui todos os anos, paralelamente ao aumento da frota de veículos elétricos. Para combater os congestionamentos no centro da cidade, foram adotados pedágios urbanos nas zonas de maior tráfego. O controle é feito por câmeras espalhadas nas vias públicas. A medida serve como incentivo para que os moradores renovem a frota de veículos elétricos, menos poluentes ou para que utilizem o sistema público de transporte. A taxa para circulação na zona de congestionamento varia de € 15 a € 18, equivalente a R$ 100. Os taxis pretos já fazem parte da paisagem da cidade, então, vem tendo um processo de eletrificação de forma gradual, sem perder o design tradicional e conservador – assinatura clássica do transporte local. Além disso, 270 estações do metrô possuem tarifas fixadas de acordo com a distância percorrida pelo passageiro. Com mais de 400 quilômetros de extensão e 3 milhões de usuários diários. Um sistema de captação de energia cinética nos trilhos dos trens é capaz de manter as estações funcionando por dois dias por semana de forma independente. Implementada há 20 anos, a tecnologia pioneira Oyster Card possui sistema de acesso inteligente em transportes públicos. O Reino Unido possui uma rede privatizada de trens que cobre praticamente o país inteiro, atendendo mais de 2,5 mil estações. O sistema é eficiente e conectado com o metrô. Além de tudo isso, o transporte fluviál moderno funciona com serviço de aplicativos em Londres, é o caso de River Bus ou do Uber Boat. A viagem pelo rio Tamisa pode ser feito com embarque e desembarque em 24 piers espalhados pela cidade, com garantia de disponibilidade de assento para todos os passageiros. As medidas pró emissão 0 de carbono adotadas pelo governo britânico incentivam ainda caminhadas e a utilização de bicicletas em ciclovias planejadas pelas avenidas da cidade. Pontos de aluguel de bicicletas estão disponíveis em diversas localidades.
JP com informações do repórter Alex Ruffo
ACONTECEU NO MUNDO – VATICANO: ‘Deus não renega ninguém’, afirma Papa Francisco sobre homossexuais
O Papa Francisco volta a dar um sinal de possível abertura da Igreja Católica a homossexuais, afirmando que “Deus não renega nenhum de seus filhos”. A declaração está no livro “La paura come dono” [“O medo como presente”], que chega a livrarias italianas na próxima semana. O livro apresenta conversas entre o pontífice e o psicólogo Salvo Noé. “Deus é pai e não renega nenhum de seus filhos. O estilo de Deus é proximidade, misericórdia e ternura, e não julgamento e marginalização. Deus se aproxima com amor de todos os seus filhos. Seu coração está aberto a todos. O amor não divide, mas une”, diz o Papa ao falar sobre a homossexualidade no texto. Desde que assumiu o atual posto, Francisco adotou uma postura mais aberta, falando sobre respeito e igualdade, amor ao próximo, como ensinamentos de Jesus.
Ao mesmo tempo em que Francisco se mostra aberto à diversidade, ele também já declarou, uma vez, que a “homossexualidade parece estar na moda”, justamente no momento em que o Vaticano fazia pressão para o Parlamento da Itália engavetar um projeto de lei que criminalizava a homofobia e a transfobia. Ao longo de seu pontificado, já recebeu acusações de heresia por parte de bispos ultraconservadores. Seu antecessor, o Papa Bento XVI, antes de sua morte foi uma das principais vozes do conservadorismo, tendo sido, inclusive, a primeira pessoa a utilizar a expressão “ideologia de gênero” para abordar questões sociais que não lhe agradavam. (Com informações da Ansa)
ACONTECE NO MUNDO: Zelensky agradece ajuda militar dos EUA à Ucrânia e pede tanques para ‘deter o mal’
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos Estados Unidos pela nova ajuda militar de US$ 2,5 bilhões enviada ao país, mas pediu que seus aliados acelerem a entrega de armas para enfrentar as forças armadas da Rússia. O novo pacote de ajuda dos EUA inclui centenas de veículos blindados que poderão ser usados pelas tropas de Zelensky. “Obrigado ao presidente dos Estados Unidos por fornecer à Ucrânia outro poderoso pacote de apoio à defesa”, disse o ucraniano no Twitter, que continuou, dizendo que o pacote será importante na luta contra os invasores russos. O pacote inclui 59 veículos de combate de infantaria Bradley, além de sistemas de defesa aérea e blindados para transporte de tropas. Entretanto, os tanques solicitados por Zelensky não foram inclusos no pacote. Por isso, o mandatário ucraniano pediu para que a entrega dos equipamentos seja acelerada. “Não negociem as quantidades de tanques, mas que comecem esta importante entrega que vai deter o mal”, disse Zelensky por vídeoconferência durante reunião realizada nesta sexta-feira, 20. Esse pacote foi anunciado na quinta-feira, 19, um dia antes de representantes de 50 países se reunirem na Alemanha para discutir o apoio à Ucrânia na guerra. (JP)
ACONTECEU NO MUNDO: Sobe para 54 o número de mortos durante protestos contra o atual governo do Peru
A morte de mais uma pessoa nesta quinta-feira, 19, elevou para 54 o total de mortos nos protestos que acontecem no Peru desde dezembro do ano passado, neste último caso, o óbito ocorreu durante confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Arequipa, a segunda cidade mais populosa do país. “Lamentamos a morte de uma pessoa durante os confrontos na ponte Añashuayco, localizada no norte da cidade (de Arequipa)”, afirmou a Ouvidoria Pública no Twitter antes de pedir ao Ministério Público uma rápida investigação dos fatos “a fim de apurar responsabilidades”. O Peru enfrentou nesta quinta um intenso dia de protestos em várias regiões, que incluem tentativas de tomar os aeroportos de Arequipa, Cuzco e Juliaca, além de uma mobilização massiva no centro histórico de Lima, onde ocorreram confrontos com forças de segurança. Em Arequipa, a polícia e os militares repeliram uma tentativa de tomada do aeroporto por manifestantes, embora os confrontos tenham durado várias horas. Um avião e veículos blindados das Forças Armadas teriam participado do trabalho de controle do aeroporto. Na manhã desta quinta, o Ministério dos Transportes e Comunicações informou o fechamento do aeroporto de Arequipa “para salvaguardar a integridade dos cidadãos e a segurança das operações aeronáuticas”, após os confrontos registrados no início do dia. O aeroporto de Cuzco também suspendeu as operações devido aos protestos, e a imprensa local relatou outra tentativa de invasão ao aeroporto de Juliaca, na região de Puno. As manifestações no Peru começaram em 7 de dezembro, quando Dina Boluarte assumiu a presidência por sucessão constitucional após o autogolpe fracassado de Pedro Castillo e, após uma trégua de Natal, ganharam força a partir de 4 de janeiro, principalmente no sul do país.
(JP com informações da EFE)
ACONTECEU NO MUNDO: Protestos para consolidar ‘tomada de Lima’ têm confronto violento com a polícia e incêndio em prédio
O protesto iniciado em Lima, no Peru, na quinta-feira, 19, foi marcado por confrontos violentos e incêndios. Os manifestantes, que planejam ‘tomar’ a capital peruana, querem a renúncia de Dina Boluarte, eleições gerais e uma nova Assembleia Constituinte para substituir a favorável ao mercado que remonta aos dias do homem forte de direita Alberto Fujimori na década de 1990. Muitos nos manifestantes viajaram mais de 24 horas para participarem das manifestações. Na noite de ontem foram registrados confrontos em meio a uma operação de segurança em massa organizada pelas autoridades para evitar distúrbios e vandalismo. A polícia tentou evitar com gás lacrimogêneo a chegada de um grupo ao Congresso, com confrontos na avenida Abancay, no centro da cidade, quando os manifestantes lançaram pedras de pavimentação arrancadas da calçada contra os agentes. “Estamos aqui lutando por nossos direitos. Queremos o fechamento do Congresso”, a camponesa Ayda Aroni, que veio da região de Ayacucho, 330 km ao sudeste da capital. As autoridades mobilizaram “11.800 efetivos nas ruas para controlar os distúrbios, além de veículos militares e da participação das Forças Armadas”, informou o chefe da Região Policial Lima, general Víctor Zanabría.
Um incêndio foi iniciado em um prédio histórico de quatro andares perto da Plaza San Martín, onde centenas de manifestantes estavam agrupados. O edifício estava vazio quando o grande incêndio começou de causas desconhecidas, informou a mídia local. As autoridades ainda não informaram o que provocou o incêndio. Durante um discurso televisionado na noite de quinta, a presidente do Peru, Dina Boluarte, disse que os manifestantes que praticaram atos de violência durante os protestos iniciados em dezembro não ficarão impunes. A chefe de Estado também disse que ataques premeditados em três aeroportos do país ocorreram ao mesmo tempo que os protestos em Lima. “Não me cansarei de convidar ao diálogo os que protestam, os que se deslocaram das províncias para as capitais. Não vou cansar de dizer a eles: vamos trabalhar na visão que este país precisa”, declarou Boluarte. Um homem morreu durante confrontos entre policiais e manifestantes do lado de fora do aeroporto de Arequipa, no sul do Peru. Desde o começo das manifestações, 54 pessoas já morreram. Os protestos foram provocados pela deposição em 7 de dezembro do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo, depois que ele tentou fechar ilegalmente o Congresso e consolidar o poder.
JP com informações da AFP e Reuters
ACONTECEU NO MUNDO: Jogador Dani Alves é detido em Barcelona por suspeita de abuso sexual
O jogador de futebol brasileiro Dani Alves foi preso em Barcelona, na sexta-feira (19), depois de se apresentar voluntariamente a uma delegacia de polícia para responder por um suposto abuso sexual, disseram fontes da polícia regional da Catalunha à AFP. “Está detido” e está sendo transferido para os tribunais para que seja feito um depoimento sobre essa suposta agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona no fim de dezembro, detalhou uma fonte dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã. O atleta, de 39 anos, que jogou a última Copa do Mundo pela seleção brasileira, respondeu a uma intimação da polícia e se dirigiu à delegacia de Les Corts, situada perto do estádio Camp Nou, e foi detido na sequência, informou uma fonte policial.
Denúncia de uma mulher
Em 2 de janeiro, a polícia catalã recebeu a denúncia de uma mulher que disse ter sofrido toques indesejados do jogador, explicaram fontes policiais à AFP. Os fatos teriam ocorrido em uma boate de Barcelona na noite de 30 para 31 de dezembro, segundo a imprensa local. Daniel estava de férias na cidade, antes de voltar para o Pumas, do México, após disputar a Copa do Mundo no Catar com a seleção brasileira, derrotada nas quartas de final. Em uma mensagem transmitida ao canal Antena 3, em 5 de janeiro, Alves negou os fatos. “Não a conheço, nunca a vi”, disse ele sobre a denunciante. “Gostaria de negar tudo”, acrescentou, confirmando que esteve na boate, “se divertindo”, mas “sem invadir o espaço dos outros”. (r7)
ACONTECEU NO MUNDO: Manifestantes planejam tomar Lima para pedir a renúncia da presidente do Peru
Milhares de manifestantes se reúnem em Lima, no Peru, nesta quinta-feira, 19, para pedir a renúncia da presidente Dina Boluarte. A polícia mobilizou 11.800 agentes na capital peruana para controlar os protestos marcados para a tarde. “Temos 11.800 policiais nas ruas para controlar os tumultos, contamos com mais de 120 caminhões e 49 viaturas militares, além da participação das forças armadas”, disse o chefe da Região Policial de Lima, general Víctor Zanabría. Os protestos acontecem um dia após um confronto entre manifestantes e policiais em Macusani, no sul do Peru, que deixou dois mortos. Já foram registrados 43 mortes desde o início da crise, em 7 de dezembro, data em que o então presidente, Pedro Castillo, tentou dar um golpe de estado que ocasionou a sua destituição do cargo. Os peruanos exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e novas eleições presidenciais. Para esta quinta, eles esperam ‘tomar Lima’ e causar impacto.”Em Lima, a luta terá mais peso. Quando nos reprimem nas nossas regiões, ninguém fala nada”, disse Abdon Félix Flores, de 30 anos, camponês que se diz pronto “para dar a vida”. Ele deixou Andahuaylas no domingo, epicentro das manifestações de dezembro, para chegar a Lima na terça-feira. Ainda não há número exato do alcance da manifestação e quantas pessoas chegaram a Lima.
“É uma manifestação justa e democrática dos cidadãos que chegaram das regiões e também daqui, de Lima, onde pedem a renúncia imediata de Dina Boluarte, a convocação de novas eleições para este ano de 2023 e o fechamento do Congresso”, diz o sindicalista Gerónimo López, que convocou a greve. “É uma greve cívica popular nacional com manifestações pacíficas de organizações de diferentes regiões, evitando qualquer ato de vandalismo”, completou. Centenas de camponeses de Cusco, Ayacucho, Cajamarca, Puno e Andahuaylas chegaram em ônibus e caminhões mascando folhas de coca, para matar a fome. Alguns estão pela primeira vez em Lima. Eles viajaram mais de 24 horas pelas estradas sinuosas andinas para exigir a renúncia da presidente Dina Boluarte. “Viemos da província de Chumbivilcas (Cusco) para defender nossos direitos. Viemos fazer ouvir nossa voz. Somos tremendamente esquecidos”, disse o camponês Edwin Condori, 43, exausto devido à viagem. “Viemos de forma organizada para tomar as ruas de Lima, para paralisar a capital, para sermos ouvidos”, disse Jesús Gómez, engenheiro agrônomo, que cultiva batata, milho e trigo em sua chácara, na cidade de Chumbivilcas. As reivindicações dos manifestantes são essencialmente políticas: renúncia da presidente, eleições gerais imediatas e Assembleia Constituinte. O Governo rejeitou todos os pedidos.
ACONTECEU NO MUNDO: Rússia alerta que entrega de armas à Ucrânia aumenta tensão do conflito e é ‘mau presságio’
A Rússia alertou o Ocidente nesta quinta-feira, 19, que a continuação de entrega de armas de longo alcance à Ucrânia não é um bom presságio para a segurança europeia. “É potencialmente muito perigoso, isso significaria que o conflito vai para um novo nível que, é claro, não é um bom presságio para a segurança europeia”, disse o porta-voz presidencial russo Dmitri Peskov. Essas declarações foram feitas depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a hesitação de Berlim em fornecer tanques ao seu país, na véspera de uma importante reunião de seus aliados na Alemanha para coordenar a ajuda militar a Kiev. “Há momentos em que você não deve duvidar ou se comparar. Alguém disse ‘eu dou tanques se outra pessoa também fizer’”, disse Zelensky, em um discurso por videoconferência à margem do Fórum de Davos.
O Reino Unido ignorou o alerta russo e anunciou que enviará 600 mísseis adicionais do tipo Brimstone para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão russa, informou o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, na Estônia. “Hoje, posso anunciar que vamos enviar mais 600 mísseis Brimstone para o teatro de operações, o que vai ser extraordinariamente importante para ajudar a Ucrânia a dominar o campo de batalha”, disse o ministro Ben Wallace em visita à base militar de Tapa. Desde o início do conflito, os países ocidentais se recusaram a enviar mísseis de longo alcance para Kiev, temendo que isso desencadeasse uma escalada. A Rússia acusou os militares ucranianos de realizar ataques com drones na península anexada da Crimeia e contra alvos na Rússia, a centenas de quilômetros da fronteira ucraniana. A Rússia acredita que a entrega das armas à Ucrânia, permitirá que as tripas de Zelenksy ataquem o território russo – esse também é um receio ocidental, por isso alguns países estão resistentes a enviar armamentos mais pesados, por mais que a Ucrânia afirme que não vai usar os equipamentos para atacar, e sim para se defender.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse na quarta-feira em Davos que os países da aliança militar forneceriam a Kiev armas “mais pesadas e modernas”. No seu discurso, o líder ucraniano também reiterou que o objetivo é “libertar todos os nossos territórios”, incluindo a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. “A Crimeia é nossa terra, nosso território, nosso mar e nossas montanhas. Deem-nos suas armas e teremos nossa terra de volta”, disse ele a seus aliados ocidentais. “A Crimeia é nossa terra, nosso território, nosso mar e nossas montanhas. Deem-nos suas armas e teremos nossa terra de volta”, disse ele a seus aliados ocidentais. Em relação à ajuda ocidental a Kiev, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou nesta quinta-feira que seguiria para a capital ucraniana para discutir com Zelensky novas medidas de apoio. (JP)
ACONTECEU NO MUNDO: Greta Thunberg é presa na Alemanha durante protestos contra a demolição de uma vila
A ativista sueca Greta Thunberg foi presa na Alemanha, nesta terça-feira, 17, durante um protesto contra a demolição de uma vila. O local fica próximo da cidade de Luetzerath. De acordo com informações da polícia, Thunberg foi presa enquanto se manifestava na mina de carvão a céu aberto de Garzweiler 2, a cerca de 9 quilômetros de Luetzerath. Ela estava sentada perto da borda da mina junto com outro manifestantes, que também foram presos. Segundo relato de uma testemunha à Agência Reuters, ela foi avistada sozinha em ônibus da polícia após ter sido detida. A vila está sendo derrubada por conta de obras de expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto. Para ativitas climáticos, vilas próximas do local não deveriam ser derrubadas. Eles argumentam que a queima do carvão provoca emissão de gases de efeito estufa, trazendo prejuízos ao meio ambiente. Segundo eles, o carvão sob elas deveria ser deixado no solo. Segundo informações da polícia, os ativistas detidos seriam levados para uma verificação de identidade. Ainda segundo a polícia, ela foi carregada pelos policiais para fora de uma região considerada perigosa e um manifestante chegou a saltar para dentro da mina. Não há informações se o ativista ficou ferido, nem sobre o que deve acontecer com Thunberg.
No último sábado, 14, policiais e manifestantes entraram em conflito. O ato reuniu cerca de de 35 mil pessoas, segundo os organizadores. Militantes tentaram entrar em áreas restritas de uma mina de lignito localizada no oeste do país. A polícia chegou a se pronunciar pedindo para que as pessoas “saiam desta área imediatamente!”. Houve confrontos entre grupos de manifestantes e policiais, contra quem foram lançados sinalizadores e outros artefatos. Imagens televisionadas mostraram uma fileira de agentes equipados com capacetes e escudos. Eles tentavam impedir que os ativistas se aproximassem das margens de um fosso profundo. O acesso ao município de Lützerath foi bloqueado por grades e ocupados por manifestantes. O protesto foi organizado em apoio aos ativistas e liderado simbolicamente por Thunberg.
ACONTECEU NO MUNDO: EUA dizem a Nicolás Maduro que vão manter as sanções econômicas contra a Venezuela
Os Estados Unidos responderam ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que manterão “intacta” sua política de sanções contra o país sul-americano até que sejam dados passos concretos para o “regresso à democracia”. “Enquanto Maduro e seus seguidores continuarem reprimindo o povo venezuelano e desviando recursos para práticas corruptas, continuaremos pressionando o regime com sanções”, afirmou nesta segunda-feira um porta-voz do Departamento de Estado americano. Maduro havia pedido na última quinta-feira, 12, ao presidente dos EUA, Joe Biden, que suspendesse “todas as sanções” aplicadas à Venezuela que, segundo ele, são “criminosas”. O governo Biden condicionou o alívio das sanções aos acordos que Maduro fizer com a oposição nas negociações que estão ocorrendo na Cidade do México. Em sua resposta, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA instou Maduro a se sentar com a opositora Plataforma Unitária para “resolver os problemas da Venezuela e restaurar a democracia e o Estado de direito” no país. “Nossa política de sanções à Venezuela permanece intacta. Continuaremos a impor sanções à Venezuela para apoiar o regresso à democracia”, ressaltou. Também na semana passada, Maduro disse que nos últimos oito anos “o imperialismo e seus débeis e extremistas lacaios roubaram da Venezuela a quantia de US$ 411 milhões por dia”, o que qualificou como “roubo criminoso”. Apesar da negativa, há duas semanas os Estados Unidos deixaram de reconhecer a presidência interina do opositor Juan Guaidó na Venezuela, descredibilizando o nome dele. Ainda assim, o país também não reconheceu o governo de Nicolás Maduro como legítimo e continua apontando o regime como uma ditadura.
Com informações da EFE