O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) firmou, na manhã desta segunda-feira (14), uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para otimizar o atendimento aos eleitores baianos. A parceria tem como objetivo fazer o fechamento do cadastro eleitoral, que acontece em 4 de maio. Formalizaram o termo o presidente do TRE-BA, desembargador Roberto Frank, e o presidente da Fieb, Ricardo Alban. “A parceria com a Fieb trará sensível ajuda para aqueles que, infelizmente, não têm acesso aos serviços que o TRE-BA já disponibiliza de forma online e que poderão, assim, regularizar a situação para o pleito de 2022”, afirmou o presidente Roberto Frank. Para Alban, presidente da Fieb, a parceria reforça o compromisso da instituição de desenvolvimento econômico e social na democracia. “Estamos de mãos dadas para colaborar e estimular a população a regularizar a sua situação eleitoral e garantir o exercício da prática democrática”, declarou. Com informações BN
ELEIÇÕES 2022
Especialistas defendem investimento contra fake news
Produção de notícias falsas desafia a Justiça Eleitoral para as eleições do próximo ano
Por uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o envio em massa de mensagens com informações falsas nas eleições de 2022 será considerado abuso de poder econômico – motivo que leva a cassação imediata do político que se envolver com a prática. As chamadas fake news, que dominaram as redes na eleição de 2018, entram na mira da mais alta corte da Justiça Eleitoral. No entanto, os desafios ainda são colossais e o Tribunal se prepara para enfrentar o desafio que é garantir a lisura das eleições. Especialistas ouvidos pelo R7 apontam a necessidade de investir em tecnologia para identificar infratores e destacam que ninguém está imune a ser encontrado pelas autoridades.
Apesar de existirem camadas mais profundas da internet, que não se pode acessar por meio de navegadores comuns, todo passo dado no ambiente virtual deixa um dado. A Polícia Federal e outras instituições públicas possuem ferramentas que podem refazer os caminhos de um criminoso que usa o meio cibernético como palco para realizar ataques e irregularidades. A produção de fake news não foge a essa regra. A edição de fotos, vídeos, áudios e até mesmo a criação de textos e páginas deixam pegadas que podem ser identificadas para chegar fisicamente até o criminoso.
No processo que analisou para tratar de disparos em massa nas eleições de 2018, o TSE entendeu que ficou evidente que a prática ilegal ocorreu. No entanto, os ministros entenderam que os autores das ações que apontaram irregularidades falharam ao não anexar eventuais mensagens em massa que foram disparadas. Ou seja, se denunciou a estrutura e o modus operandi dos disparos em massa, mas não se colocou nos autos o resultado prático, que poderia gerar fraude e abuso de poder econômico.
Dionísio Silva, consultor da TFI Brasil para Tecnologia da Informação e Comunicação e Big Data, destaca que a tarefa de encontrar criminosos especializados na prática de fake news, embora seja uma tarefa que exija esforços humanos e tecnológicos, é plenamente possível. “Hoje há softwares capazes de averiguar adulterações em imagens, vídeos e áudios que tenham sido modificados por intermédio de códigos que façam parte da originalidade daqueles arquivos. Como todos esses arquivos têm uma espécie de DNA, os softwares conseguem perceber distorções na imagem, alteração na frequência do áudio e distorções nos vídeos, desvendando os elementos falsos ou conflitantes encontrados em cada um deles”, diz.
O especialista destaca que os rastros são deixados não só por quem cria o conteúdo fraudulento, mas também por quem compartilha – provas que podem atingir candidatos, equipes de campanha e integrantes de partidos – e resultar na cassação dos eventuais eleitos com base em fake news. “É possível localizar o ip do computador ou qualquer dispositivo que envia mensagem, inclusive de quem publicou e de quem possivelmente compartilhou. Essa tecnologia pode chegar a mostrar quantas vezes foram compartilhadas e cada uma das pessoas que distribuiu a fake news”, explica Dionísio. (R7)