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agricultura
O PERIGO RONDA A PRODUÇÃO DE CACAU BRASILEIRA
O “Cacao swollen shoot virus” (CSSV) é uma praga que causa sérios danos econômicos na cultura de cacau na África Ocidental. Possui numerosos variantes, sintomatologicamente distintos, e um número restrito de hospedeiros, sendo transmitido por 14 espécies de cochonilhas que retêm o vírus por algumas horas. Com a doença, as folhas apresentam manchas amareladas entre as partes sadias da planta, lembrando o formato de um mosaico. Além disso, ficam retorcidas, enrugadas e com tamanho reduzido. Os frutos apresentam sintomas semelhantes, ou seja, com deformações, manchas amareladas, tamanho reduzido e presença de verrugas.
Uma cepa do vírus “mosaico do cacau” foi identificada em amostras de plantas de cacau na região sul da Bahia, tendo a confirmaçao da Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), depois de testes realizados fora do Brasil. Segundo a Ceplac, a praga causou sérios danos econômicos na cultura de cacau de outros países, o que deixa produtores da região sul baiana preocupados.
O produtor de cacau, Guilherme Galvão, e o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Cacau e Chocolate, Henrique Almeida, informaram que visitaram algumas áreas de jardins clonais no CEPEC- Centro de Pesquisas do cacau, hoje Centro Profissional de Educação Continuada, na Ceplac, e se depararam com o que parecia ser uma doença viral nas plantas. Questionados por ambos, pesquisadores daquele Centro, confirmaram se tratar de uma praga transmitida por um vírus, popularmente conhecido como “mosaico do cacau”. Clique no link abaixo e veja o que dizem o produtor de cacau, Guilherme Galvão, e o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Cacau e Chocolate, Henrique Almeida, em entrevista concedida ao Bahia Hoje:
https://globoplay.globo.com/v/11894464/
A Ceplac disse que teve contato com um estudo, feito por uma multinacional, que identificou o vírus em propriedades do extremo sul em 2018. O resultado da pesquisa foi publicado em 2021. No entanto, nenhum alerta foi dado aos órgãos de defesa sanitária. Vejam a que ponto chegamos: detectou-se o virus em 2018 e somente 3 anos após– 2021 o resultado foi publicado. E mais: SÓ AGORA A CEPLAC SE PRONUNCIOU acerca do assunto.
O que deixa produtores preocupados, é a mameira de conduzir essa questão, que põe em risco toda a produção de cacau e, consequentemente, o grande impacto que uma ocorrência dessa magnitude, causaria à economia das regiões produtoras da Bahia e Espírito Santo. O que se espera do Órgão de representção da cacauicultura, são ações rápidas e muita agilidade no trato dessa doença danosa
globoplay.globo.com/v/11894464/: O PERIGO RONDA A PRODUÇÃO DE CACAU BRASILEIRARecentes achados de virose em cacaueiros levam a CEPLAC a adotar medidas preventivas
Diante da suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou testes diagnósticos em plantas coletadas no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Os testes foram realizados no exterior, em laboratório que detém a patente do método de identificação, e confirmaram a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) na maioria das amostras enviadas
Diante da suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Ceplac /Mapa) realizou testes diagnósticos em plantas coletadas no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Os testes foram realizados no exterior, em laboratório que detém a patente do método de identificação, e confirmaram a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) na maioria das amostras enviadas.
As plantas coletadas apresentavam sintomas atípicos nas folhas, sugestivos de vírus, mas sem seguir um padrão. Vale ressaltar que este mesmo vírus já havia sido relatado no extremo sul da Bahia antes dos achados da Ceplac.
Segundo a literatura, a forma de transmissão está associada a insetos como cochonilhas e pulgões, mas também pode ser disseminada pelo uso de material infectado durante a enxertia.
A primeira medida adotada pela Ceplac, após a confirmação da presença do vírus, foi comunicar oficialmente o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), além da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA) na Bahia e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB. No entanto, é importante destacar que o vírus CaMMV não figura na lista de pragas quarentenárias do Brasil.
Embora os primeiros achados na literatura sejam de 1943, o conhecimento existente sobre o vírus CaMMV ainda é insuficiente para conclusões. A Ceplac, junto com parceiros, nacionais e internacionais, está elaborando um projeto de pesquisa com o objetivo de monitorar a ocorrência do vírus no Brasil, implementar métodos de diagnóstico, e conhecer melhor os sintomas e possíveis impactos na produção.
A Ceplac reitera seu compromisso com a transparência, a pesquisa e a inovação, buscando sempre contribuir para a segurança alimentar e a sustentabilidade da cacauicultura nacional.
HARMONIA: Deputada do agro diz que brigas por ideologia não atrapalham clima na ALMG
Lud Falcão chegou a ser cotada para assumir a liderança do governo Zema na Assembleia após afastamento do deputado Gustavo Valadares
A deputada estadual Ludimila Falcão (Podemos), representante do agronegócio na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), afirmou que disputas ideológicas existem, mas não atrapalham o clima de harmonia no parlamento mineiro.
“As vezes em que tiveram esses atritos, nosso presidente Tadeu Leite (MDB) interviu para que fosse mantido o respeito pela Casa. Essas questões ideológicas acontecem em todos os cenários, mas há um respeito na ALMG”, afirma.
A parlamentar destacou, por exemplo, que mesmo algumas pautas que envolvem ideologias diferentes tem conseguido avançar no Legislativo mineiro, como é o caso das propostas de defesa e igualdade das mulheres.
“Hoje somos um número recorde de mulheres na Assembleia Legislativa, somos 15 mulheres, é um grande avanço. Quando tratamos de mulheres, mesmo com ideologias diferentes, todas damos as mãos para fazer com que as políticas públicas em defesa das mulheres avançam”, diz.
Lud Falcão, como a parlamentar prefere ser chamada, foi a entrevistada desta quarta-feira (26) no quadro Café com Política da Rádio FM O Tempo 91,7 chegou a ter o nome citado para substituir o deputado Gustavo Valadares (PMN) na liderança do governador Romeu Zema (Novo) no parlamento estadual, que deixou a função para assumir o cargo de Secretário de Governo.
“É um papel muito sério. Eu cheguei agora na Casa, tenho seis meses de mandato; a gente precisa consolidar as bases; é importante a gente conquistar o apoio da nossa população e eu sei que esta vivência no Noroeste, no Alto Paranaíba, seria muito comprometida, porque teria que dedicar a maior parte do tempo à Assembleia. Então acredito que este não seja o momento ideal, mas fico feliz pela menção”, avalia.
RRF
A deputada ainda defendeu que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) deve ser tratado como prioridade pelos parlamentares na Assembleia mineira. Porém, ela destacou que é preciso construir um consenso.
“É preciso haver um consenso, eu não digo apenas o diálogo, mas um consenso entre todos os deputados com o entendimento de que com o RRF o Estado avança. Nós colocamos o Estado nos trilhos, mas a continuidade de avanços passa muito pela adesão ao RRF”, concluiu. (O TEMPO)
REGIONAL: EM BUERAREMA,NA BAHIA, PREFEITURA ATRAVES DO NATE EM PARCERIA ENTRE SENAR, SINDICATO RURAL E CRAS OFERTAM CURSO DE HORTICULTURA ORGÂNICA
O SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em parceria com o Sindicato Rural local e a Prefeitura Municipal de Buerarema, através do NATE, promoveu um curso de horta orgânica entre os dias 11 e 14 de julho. Ministrado pelo instrutor Luiz Dos Santos Cardozo, o curso abordou conhecimentos básicos para a instalação e manutenção de uma horta, incluindo tratos culturais, manejo do solo e técnicas de plantio à colheita. Com uma turma de 15 alunas, as aulas práticas foram instrutivas e divertidas. Durante o curso, os participantes tiveram a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam, recebendo orientações diretas do instrutor. A horta, que foi cuidadosamente montada durante as aulas, continuará sendo mantida pelas alunas, que se dividiram em grupos para realizar a rega diária e garantir o crescimento saudável das plantas. A iniciativa do SENAR, em conjunto com o Sindicato Rural e a Prefeitura Municipal de Buerarema, tem como objetivo incentivar a prática da horticultura orgânica na região, promovendo a alimentação saudável, o desenvolvimento sustentável e o contato com a natureza. “A horta orgânica é uma maneira de garantir alimentos frescos e saudáveis, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Estamos orgulhosos de apoiar iniciativas como essa, que proporcionam conhecimento e práticas sustentáveis para a comunidade de Buerarema”, afirmou o prefeito Vinícius Ibrann. A Prefeitura de Buerarema reforça seu compromisso em promover ações que visam o bem-estar da população local, através de parcerias que estimulam a educação, a sustentabilidade e o orgulho de viver na cidade.
ECONOMIA: Conab estima safra recorde de 317,6 milhões de toneladas em 2023
Volume significa expansão de 16,5%
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, nesta quinta-feira (13), em Brasília, que a previsão da safra brasileira de grãos 2022/23 será a maior já produzida no país: 317,6 milhões de toneladas. O volume representa crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas acima da safra 2021/22. Os dados constam do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023. O desempenho decorre, principalmente, das lavouras de milho segunda safra e do crescimento da área semeada de trigo e representa um resultado 0,6% superior ao divulgado em junho último. A Conab disse, também, que o resultado favorável foi possível em razão das boas condições climáticas. “É com muita alegria por poder passar para o nosso país os números tão expressivos e positivos da previsão de safra 2022/20223. A previsão que divulgamos agora não só consolida números tão positivos de uma safra recorde que o nosso país terá, mas também está prevendo mais um aumento”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto. “A agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”, acrescentou.
Colheita
Segundo boletim divulgado pela companhia, no fim de junho, as culturas de primeira safra – com exceção do milho – tinham a colheita encerrada. As de segunda safra já estão em processo inicial de colheita, com os estágios de enchimento de grãos e maturação. As de terceira safra, juntamente com as culturas de inverno, encontram-se em fase final de plantio para início de colheita. O volume final da colheita vai depender do comportamento climático. Para o milho, a previsão é que a safra fique em 127,8 milhões de toneladas, incluindo as três safras. O aumento é de 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22. O levantamento mostra, ainda, que a soja – o principal produto cultivado no país – deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, o que representa expansão de 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida no ciclo passado. “Outras culturas – algodão, feijão e sorgo – seguiram o movimento de alta e apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos de inverno – aveia, centeio e trigo – apontam para redução no volume produzido em comparação com a safra anterior”, informou a Conab.
Expansão
O levantamento aponta ainda uma estimativa de área plantada de 78,2 milhões de hectares, o que representa expansão de 4,9% com mais 3,7 milhões de hectares somados à semeada em 2021/22. Os maiores incrementos são observados na soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%). A estimativa é que o aumento da produção brasileira deve elevar o volume de exportações de milho em 2023 em razão da maior demanda internacional. A projeção é que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país. Para o estoque interno também há previsão de aumento de 27,6% ao fim deste ano safra, chegando a 10,3 milhões de toneladas. Com relação à soja, o boletim aponta que as exportações continuam estimadas em 95,64 milhões de toneladas, uma alta percentual de 21,5% comparada à safra anterior. “Neste levantamento, a Conab ajustou os números de esmagamentos da oleaginosa, de 52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas, em decorrência do aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais antes estimados em 7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas”, finalizou a companhia. (ag. brasil)
O AGRO BRASILEIRO: Governo lança Plano Safra comedido em cerimônia esvaziada e sem detalhamento
Recursos aumentaram, mas juros são praticamente iguais ao do ano anterior; ainda é cedo para dizer se Lula vai conseguir se aproximar do agro com esse programa
Por Kellen Severo
O Governo federal anunciou o Plano Safra 23/24 para médios e grandes produtores nesta terça-feira, 27. Antes da cerimônia oficial, os dados que apontavam aumento de volume de recursos e praticamente a manutenção dos juros já circulavam na internet. A cerimônia em Brasília não contou com nenhum detalhamento dos dados do Plano Safra nem adicionou informações ou diretrizes técnicas sobre seguro, volume de subvenção e itens práticos, por exemplo. Foi apenas um longo evento político e sem a presença de um secretário de Política Agrícola oficial, já que o cargo segue ocupado apenas interinamente desde o começo do governo. O volume anunciado ficou em R$ 364,22 bilhões (R$ 272,12 bi para custeio e comercialização e R$ 92,10 bi para investimentos) para médios e grandes agricultores, aumento de 26,8% em relação ao ano anterior. Nesta quarta-feira, 28, será feito o anúncio do Plano Safra da agricultura familiar. Os juros para o custeio da safra para médios produtores ficaram em 8% ao ano e para os demais agricultores em 12% ao ano, igual ao Plano Safra anterior. As taxas para linhas de investimentos variam de 7% a 12,5% ao ano, muito semelhantes ao ano safra passado. “A manutenção das taxas, na conjuntura atual, nós consideramos positivo diante da impossibilidade de redução. O volume foi consideravelmente superior ao anterior. Nós havíamos pedido R$ 410 bilhões (veio R$ 364,22 bilhões) mas não está ruim”, destacou o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
Apesar da expectativa de queda da Selic nos próximos meses, o governo não baixou os juros para médios e grandes agricultores. “Havia uma expectativa de parte do setor por uma redução de juros, já que o presidente da República e o governo como um todo têm criticado sistematicamente os juros básicos da economia. Os juros não sofreram alterações relevantes apesar da expectativa de queda da Selic, conforme mostram tanto o Relatório Focus do Banco Central como também as curvas de juros futuras, ao contrário dos anos anteriores”, enfatiza o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Antonio da Luz. Durante coletiva de imprensa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, mencionou que o montante para o seguro rural ficou em R$ 2 bilhões. Além disso, o incremento no volume de recursos para construção de armazéns é bem-vindo, diante das supersafras e dificuldades atuais de armazenagem. “Em síntese o plano atende boa parte das demandas do setor”, disse o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária, Bruno Lucchi. A liberação dos recursos junto aos bancos dependerá de publicação da resolução do Conselho Monetário Nacional.
Plano Safra + Verde
Os produtores rurais que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado terão redução na taxa de juros nos empréstimos do Plano Safra em 0,5 ponto percentual. De acordo com boletim do Governo federal de abril, foram cadastrados 6.997.633 imóveis no Brasil, desses 1.824.853 passaram por algum tipo de análise (26%) e 65.357 tiveram a análise de regularidade ambiental concluída, ou seja, 0,93%. Além da análise do CAR, também terão direito à redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio os produtores que adotarem práticas de produção agropecuária consideradas mais sustentáveis, como: produção orgânica ou agroecológica, bioinsumos, tratamento de dejetos na suinocultura, pó de rocha e calcário, energia renovável na avicultura, rebanho bovino rastreado e certificação de sustentabilidade. A definição dessas práticas e a regulamentação de como elas serão comprovadas pelos produtores rurais junto às instituições financeiras, ocorrerá posteriormente ao lançamento do Plano Safra 2023/24.
Cerimônia
A cerimônia do Plano Safra foi uma das piores que tenho memória. Começou com um demorado discurso de um grande produtor de algodão. O espaço de prestígio foi dado em uma tentativa do governo de mostrar proximidade entre o agro e Lula. Na plateia, representantes de setores como algodão, alho e outras poucas áreas. Não estava lá o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, que de longe, em viagem, criticou o governo pela separação em duas cerimônias de grandes e pequenos agricultores, mas disse que há de se reconhecer o esforço do governo federal, especialmente do ministro da Agricultura. Pelo menos três ministros citaram nominalmente a bancada do Agro.
Haddad defendeu a reforma tributária. O único que, em poucos segundos, falou sobre as condições do Plano Safra foi o ministro da Agricultura, Fávaro. Os demais, focaram em desmatamento, sustentabilidade, críticas ao presidente do Banco Central. Uma sequência de problemas técnicos, desde vídeos que não rodaram e até falhas no microfone durante a fala do presidente, fizeram Lula criticar: “da próxima vez tem que mandar fazer uma manutenção”. Ao esconder o Plano Safra na própria cerimônia de divulgação do Plano Safra, me pergunto: por que separar uma cerimônia para divulgar o Plano Safra e falar de tudo, menos de Plano Safra? Talvez nem o governo tenha gostado do que apresentou e preferiu gastar o tempo com discursos em vez de apresentar e detalhar o Plano que construiu? Lula vai conseguir se aproximar do agro com esse Plano Safra? Cedo para dizer. Há informações incompletas, como o volume de subvenção para as taxas de juros e regulamentação do bônus para boas práticas. O plano precisa rodar para entendermos se ele realmente funcionará.
AGRONEGÓCIO: Governo teme novo desgaste com agronegócio por Plano Safra
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve reunido com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para debater os investimentos a serem anunciados como linha de crédito do Plano Safra, na noite desta segunda-feira, 19. O governo teme novo desgaste com o setor do agronegócio, que reivindica R$ 20 bilhões, enquanto a Fazenda apontou cerca de R$ 5 bilhões como recursos a serem aplicados. As informações são do repórter André Anelli, da Jovem Pan News. Outro ponto debatido sobre o Plano Safra é quanto aos juros a serem aplicados, que conta com taxas de juros entre 5% e 6% ao ano para o Programa da Agricultura Familiar (Pronaf ), enquanto os médios produtores possuem tarifas de 8% ao ano. A tentativa é de chegar em uma solução, um meio termo, até o dia 27, quando deverá ser divulgado o Plano Safra deste ano.
O AGRONEGÓCIO: Agro repudia ignorância de petista sobre 10 milhões de toneladas de arroz do Brasil
Federarroz destaca a produção brasileira apenas na última safra
A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) emitiu comunicado oficial nesta quinta-feira (25) para repudiar a fala do deputado federal Padre João (PT-MG), que afirmou durante sessão da CPI do MST que o “agro não produz arroz” (veja o vídeo abaixo). Dados nacionais apontam que quase 10 milhões de toneladas foram produzidas apenas na safra 22/23, 75% dos quais em terras gaúchas.
A Federarroz repudiou e refutou a manifestação do petista, “na medida em que absolutamente desprovida de qualquer suporte na realidade dos fatos, já que a população brasileira somente pode consumir arroz diariamente em razão do trabalho dos produtores do agro do país”, disse o presidente Alexandre Azevedo Velho na nota publicada no site do jornalista Felipe Vieira.
Sem citar o nome do deputado Padre João (PT-MG), que virou motivo de piada nas redes sociais e na Câmara, a federação dos arrozeiros lembra que os produtores rurais produzem “riquezas, empregos, tributos ao Estado, contribuindo, inclusive, para que o país possa prover programas assistenciais às camadas mais vulneráveis econômica e socialmente da população brasileira”. (Leia a nota da Federarroz na íntegra abaixo do vídeo).
NOTA PÚBLICA SOBRE PRODUÇÃO DE ARROZ
A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul – FEDERARROZ vem a público, tendo em vista declaração de um Deputado Federal em audiência realizada no âmbito do Parlamento Nacional, no sentido de que o “agro não produz arroz”, repudiar e refutar a referida manifestação, na medida em que absolutamente desprovida de qualquer suporte na realidade dos fatos, já que a população brasileira somente pode consumir arroz diariamente em razão do trabalho dos produtores do AGRO do país.
Assim, importante destacar que, das quase dez milhões de toneladas de arroz produzida pelo AGRO BRASILEIRO na Safra 2022/2023, o Estado do Rio Grande do Sul foi responsável por mais de 75% (setenta e cinco por cento) desta produção, tendo plantado aproximadamente 839.000 (oitocentos e trinta e nove mil) hectares, por pequenos, médios e grandes produtores, sendo que, apenas e tão-somente, cerca de 5.000 (cinco mil hectares) foi de arroz orgânico.
Vale ressaltar, ainda, que a lavoura de arroz convencional do Rio Grande do Sul é a principal matriz econômica da Região Sul do Estado, sendo responsável por cerca de 15 empregos a cada 1.000 hectares plantados, tendo fundamental, portanto, pertinência social para as regiões produtoras e para o Estado. A análise dos números acima nos permite afirmar que a segurança alimentar do país é, de fato, garantida pelos produtores de arroz convencional do Estado, de modo que a declaração do Congressista se revela dotada de desrespeito e “desinformação” incondizente com a de um Parlamentar.
Ademais, os produtores rurais gaúchos elevam o país ao patamar de maior produtor de arroz do Mundo fora do continente asiático, sendo gerador de riquezas, empregos, tributos ao Estado, contribuindo, inclusive, para que o país possa prover programas assistenciais às camadas mais vulneráveis econômica e socialmente da população brasileira.
A par destes desserviços os produtores (as) do Estado seguirão cumprindo sua missão, contribuindo com a efetiva construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária, desenvolvendo o Estado e mitigando as desigualdades sociais.
Porto Alegre/RS, 25 de maio de 2023
Alexandre Azevedo Velho
Presidente da Federarroz
(DP)
AGRICULTURA: Drones, análise de dados e inteligência artificial impulsionam o agronegócio
Alimentar cerca de 800 milhões de pessoas tem sido um dos papeis do Brasil no comércio internacional. Quando se fala em atender essa demanda do mercado, é inevitável esbarrar na agricultura 4.0. A semente do avanço tecnológico já foi plantada em um dos setores mais representativos do PIB brasileiro. Pulverização por drone, sistemas de dados colheita, inteligência artificial e conectividade. Tudo isso já faz parte da realidade do agricultor brasileiro. Através de sistemas de dados instalados em colheitadeiras, o produtor tem um mapa de plantação em tempo real, como explica Guilherme Belardo, líder de desenvolvimento de novos negócios da Climate FieldView. “Ele pode ver que a umidade do grão está muito alta e tomar a decisão de parar ou continuar a colheita dependendo da umidade do grão”, explica. O sistema possibilita também que a máquina fique em piloto automático com apenas um clique, o que facilita o trabalho manual.
Outra tecnologia que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado é o drone de pulverização. É possível pilotar o equipamento, mapear a área que será pulverizada e até definir o tamanho da gota do defensivo agrícola. O tamanho e o custo do drone são atrativos, especialmente para pequenos e médios produtores, como conta o gerente de vendas da GeoAg, Leandro Santos. “Hoje um pulverizador para fazer o equivalente, nós estamos falando de toneladas. O drone nós falamos em quilos. […] Toda a tecnologia de um pulverizador está no drone. A grande vantagem do drone é a mobilidade”, diz Santos. Com o equipamento, é possível delimitar com mais precisão a área pulverizada, trazendo menos desperdício e evitando defensivos em focos que não precisam. Além disso, modelos novos garantem mais segurança ao operador.
Tanta automatização gera um questionamento: as máquinas estão substituindo o trabalho do homem? “A capacitação das pessoas está cada vez maior. A gente até brinca na época de cana que os cortadores hoje são operadores de máquinas. Não é houve um êxodo desses operadores do campo, eles foram mais qualificados para que possam ter outras funções, que exigem que eles entendam mais de tecnologia”, diz Belardo. Novas tecnologias se somam ao cuidado com o meio ambiente. A energia solar, por exemplo, além de sustentável, tem se tornado atrativa aos produtores rurais, que buscam economizar energia. Anderson Oliveira, presidente da EcoPower, ressalta o olhar dos agricultores. “Ele está preocupado com a origem do produto, com a importância que a empresa dá para a questão de sustentabilidade e a parte da solidez da operação do agricultor”, analisou.
BAHIA: Em mobilização inédita, produtores rurais cobram ação do Governo contra invasões de terras
A mobilização desta terça teve o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), de líderes de sindicatos rurais, prefeitos e de deputados federais e estaduais. Na abertura do ato, o presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD), afirmou sua posição clara de estar “ao lado da ordem, ao lado da produção, e que não é contra ninguém, mas é contra a barbárie, é contra quem quer agir fora da lei”.
O presidente da FAEB, Humberto Miranda, mostrou preocupação com o ambiente de tensão no campo e pediu mediação das autoridades. “O conflito é iminente. A gente sabe como começa, mas não sabe como termina. O Governo do Estado precisa sentar-se à mesa para dar tranquilidade ao homem do campo”.
Representantes de diferentes regiões da Bahia elencaram os principais prejuízos causados pelas invasões, a exemplo da insegurança jurídica, que consequentemente gera retração nos investimentos e na produção. Eles também cobraram celeridade do governo baiano no cumprimento das decisões judiciais de reintegração de posse.
“Estamos vivendo num estado de exceção. Como fica o comando da Polícia Militar, que na hora que se depara com o crime não pode agir? A Polícia não tem cumprido as decisões judiciais. O governador é que comanda a Polícia. O comandante da tropa não tem culpa”, afirmou Luiz Uaquim, produtor da região de Ilhéus.
“Tenho vergonha de estarmos aqui debatendo uma ilegalidade porque o governo é que deveria estar nos protegendo”, emendou Marcos Moscoso, da região da Chapada Diamantina.
De Feira de Santana, Luiz Bahia Neto reiterou que há pouco efetivo policial para as ações de reintegração de posse e que muitas vezes a demora no processo judicial de julgamento da ação acaba prolongando a permanência de invasores na propriedade. “Durante esse tempo, os invasores destroem a fazenda. Até quando o produtor rural vai ser refém das invasões? Todo mundo fica com medo, com receio”, pontuou.
“O que mais nos angustia nessa instabilidade, é que a gente assiste à omissão e à desatenção dos poderes públicos. Que eles se posicionem de forma efetiva”, acrescentou Wagner Pamplona, representante do oeste baiano.
Produtor rural, o deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) reafirmou o compromisso de atuar no legislativo para ter ações concretas em defesa dos produtores rurais. “As invasões são atos criminosos. Vamos continuar trabalhando para que realmente o parlamento esteja ao lado de vocês e possa trazer a ordem e respeito a quem produz e a quem gera emprego”.
Ao final do evento os produtores rurais apresentaram uma carta listando as reivindicações, que foi endereçada aos três Poderes da Bahia, Executivo, Legislativo e Judiciário.