Acostumados com a exposição diária na TV, Pedro Bassan e Mariana Gross se unem mais uma vez para transmitir os desfiles das escolas de samba do Grupo de Acesso do Rio. O telespectador carioca vai acompanhar os dois apresentadores hoje e amanhã, a partir das 23h15,na TV Globo.Bassan está no segundo ano de desfiles.
Já Mariana,mais experiente na Sapucaí,vai para o sétimo. A parceria que começou no ano passado, segundo ele, deu certo:“Mariana ajudou com dicas na transmissão e na própria condução dos desfiles. Foi uma professora e, ao mesmo tempo, uma amiga”, diz.Tanto Bassan quanta Mariana são apaixonados pelo Carnaval.
A jornalista recorda que, quando criança, ia para a Sapucaí com a família e já desfilou por algumas escolas. Bassan, nascido em Tupã, no interior de São Paulo, conta que a proximidade que teve com o Carnaval é culpa de uma tia chamada Zefa, grande incentivadora da folia da cidade.
A expectativa dos apresentadores para os desfiles deste ano é de superação por parte das escolas do Acesso. “É um trabalho de reaproveitamento, ainda mais criativo, e de superação, já que as condições não são fáceis. A gente não está esperando riqueza, mas talento e garra”, afirma Mariana.
Desafios
Virar a madrugada ao vivo e manter o ritmo da transmissão com cada escola são desafios que Bassan e Gross enfrentarão nos dois dias de transmissões. Para a repórter,além de precisar guardar energia, é necessário também que os dois passem empolgação e informação ao público.
O estudo das escolas levou Bassan até a Acadêmicos de Santa Cruz, onde entrevistou Seu Amâncio, com 50 carnavais nas costas. A história do folião inspirou o jornalista. “Ele fala que todo ano é como se fosse a primeira vez.Então, para mim, é a mesma coisa”, compara Bassan.
A conversa com Seu Amâncio faz parte de uma série de reportagens que Bassan fez nas escolas e comunidades. Estar onde nasce o samba da Série A, como relata, mostra a importância da época para a cidade.“Visitei o chão de cada escola.
O Carnaval é um momento de orgulho em todos os lugares por onde a gente passou, de identidade. É impossível imaginar o Rio sem Carnaval, sem o bem que a festa faz para a alma da cidade”, defende ele.
Mágica do Carnaval
Para Mariana, que tem no currículo as diversas experiências diárias com um jornal ao vivo e as coberturas,por exemplo, do Réveillon carioca, o Carnaval “faz mágica”na frente dos olhos da população.Cabe a ela e Bassan, por meio do jornalismo, ser porta-voz de toda a movimentação da Sapucaí.
“O Rio é uma cidade surpreendente, que não para.O Réveillon é uma festa que envolve sonhos, e o Carnaval também é uma festa, mas com outro sentido.
É da cultura brasileira, que conta, essencialmente, a história de personagens, com enredos que buscam mostrar toda essa ancestralidade”, explica Mariana.
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