Gugu Liberato, João Gilberto e Caroline Bittencourt: algumas das celebridades que partiram este ano
Gugu, João gilberto e Caroline Bittencourt foram algumas das celebridades que morreram em 2019 Reprodução/NELLIE SOLITRENICK/ Fernando Moraes/ VejaSP/Reprodução
Grandes nomes veteranos da cultura se foram em 2019. Como a cantora Beth Carvalho, o pai da bossa nova, João Gilberto, a escritora Nobel da Literatura Toni Morrison e a inestimável atriz Bibi Ferreira. Mortes precoces também impactaram o público como a do cantor Gabriel Diniz, que viralizou com a música Jennifer, e do apresentador Gugu Liberato que morreu após um acidente caseiro no final de novembro. Relembre abaixo as estrelas que se apagaram, mas continuam no coração dos fãs:
Marciano
O cantor José Marciano morreu no dia 18 de janeiro, aos 67 anos, depois de sofrer um infarto em sua casa, na cidade de São Caetano (SP). O artista ficou famoso nos anos 1970 com a dupla João Mineiro e Marciano, e compôs grandes sucessos como Fio de Cabelo, regravada por Chitãozinho & Chororó, além das canções Miragem e Crises de Amor.
Marcelo Yuka
Baterista e cofundador da banda O Rappa, Marcelo Yuka morreu no dia 18 de janeiro, aos 53 anos, em decorrência de infecções e de um AVC (acidente vascular cerebral) sofrido nos últimos dias de 2018. O músico enfrentava problemas de saúde desde 2000, quando ficou paraplégico após levar nove tiros ao tentar impedir um assalto.
Caio Junqueira
Caio Junqueira, que interpretou Neto, no filme Tropa de Elite, sofreu um acidente de carro e ficou internado por uma semana até morrer no dia 23 de janeiro, aos 42 anos. Prolífico, o ator participou de novelas como Paraíso Tropical e Desejo Proibido, da Globo, e A Escrava Isaura, da Record, além de séries como O Mecanismo, da Netflix, e 1 Contra Todos, da Fox.
Wagner Montes
Apresentador de TV, advogado e, no fim de sua vida, deputado federal, Wagner Montes morreu, aos 64 anos, no dia 26 de janeiro, em decorrência de um infarto, sofrido dois meses antes. Montes apresentou o programa de notícias policiais Balanço Geral, pela Record. Além das reportagens em programas do mundo cão, Montes ficou famoso ao participar do grupo de jurados do Show de Calouros, comandado no SBT por Silvio Santos, entre os anos 1980 e 1990.
Ricardo Boechat
– Bruno Veiga/.O jornalista Ricardo Boechat voltava de uma palestra que havia feito em Campinas, no dia 11 de fevereiro, quando o helicóptero em que estava caiu na rodovia Anhanguera, em São Paulo. Apresentador da TV Bandeirantes e da rádio BandNews FM, ele tinha 66 anos e deixou seis filhos.
Bibi Ferreira
A dama do teatro se despediu deste mundo no dia 13 de fevereiro, aos 96 anos. Atriz, cantora e diretora, Bibi Ferreira sofreu uma parada cardíaca em sua casa, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Ela estava acompanhada da única filha, Teresa Cristina Ferreira, conhecida como Tina, fruto de seu casamento com Armando Carlos Magno, e de sua cuidadora.
Karl Lagerfeld
O estilista alemão morreu no dia 19 de fevereiro, aos 85 anos. Desde janeiro vinha apresentando sinais de problemas de saúde e se ausentando dos desfiles da Chanel, grife na qual ele atuava como diretor criativo. Apesar de a causa da morte não ter sido revelada, fontes próximas a Karl Lagerfield dizem que ele tinha câncer de pâncreas.
Domingos Oliveira
O ator, autor e diretor Domingos Oliveira morreu no dia 23 de março, aos 82 anos. O artista estava em casa com a família quando começou a sentir falta de ar. Apesar de sofrer de Mal de Parkinson na última década, doença que afetava sua mobilidade, o artista nunca parou de produzir. Domingos se consagrou com filmes como Todas as Mulheres do Mundo e Barata Ribeiro, 716.
Agnès Varda
A cineasta Agnès Varda se estabeleceu como nome forte (e única mulher) do movimento do cinema francês nouvelle vague. Nascida na Bélgica e criada na França, a prolífica diretora assinou títulos como Cleo das 5 às 7 (1962) e o belo documentário Visages, Villages (2018). Morreu no dia 28 de março, aos 90 anos, vítima de um câncer de mama.
Caroline Bittencourt
Vítima de uma terrível tragédia, a modelo Caroline Bittencourt, de 37 anos, estava em uma passeio de catamarã com o marido, Jorge Sestini, quando um vendaval atingiu a região de Ilhabela. Caroline caiu no mar e, logo em seguida, Sestini pulou da embarcação na tentativa de salvar a mulher. O corpo dela foi encontrado um dia depois, no dia 29 de abril.
Beth Carvalho
A madrinha do samba morreu aos 72 anos, no dia 30 de abril, após três meses de internação. A causa da morte foi um infecção generalizada (sepse). Um dos maiores nomes da música brasileira, Beth Carvalho tinha cinquenta anos de carreira e uma discografia de mais de trinta títulos. Ela ajudou a revelar nomes como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão.
Lúcio Mauro
O humorista, conhecido pelo personagem Aldemar Vigário, de A Escolinha do Professor Raimundo, Lúcio Mauro morreu no dia 11 de maio, aos 92 anos, depois de mais de quatro meses de internação por problemas respiratórios. O ator se afastou da TV em 2016, quando sofreu um derrame.
Doris Day
A cantora e atriz americana Doris Day, estrela de várias comédias românticas, nos anos 1950 e 1960, morreu no dia 13 de maio, aos 97 anos. Doris foi vítima de uma forte pneumonia, que resultou em sua morte. Inicialmente uma cantora de pop e jazz, Day tornou-se uma das mais queridas atrizes de sua geração. Protagonizou quase quarenta filmes, como Confidências à Meia-Noite (1959). Uma música interpretada por ela em O Homem que Sabia Demais (1956), de Alfred Hitchcock, Whatever Will Be, Will Be (Que Sera, Sera) ganhou o Oscar de melhor canção original em 1957.
Gabriel Diniz
“O nome dela é Jennifer…” o refrão ainda ecoava nos ouvidos do público quando a notícia da precoce morte de Gabriel Diniz, aos 28 anos, no dia 27 de maio, veio à tona. O músico estava em uma aeronave que caiu no povoado Porto do Mato, na cidade de Estância, em Sergipe.
Serguei
O carioca Sérgio Augusto Bustamante foi comissário de bordo antes de começar a carreira musical, nos Estados Unidos — país onde cresceu. O roqueiro esteve no Festival de Woodstock, em 1969, mesmo ano em que contava ter se tornado amigo de Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison. Ele afirmava, também, que tinha tido um relacionamento com Janis. Lançou, no total, onze discos, com músicas como Eu Sou Psicodélico e Mamãe e Não Diga Nada ao Papai. Serguei morreu no dia 7 de junho, aos 85 anos, de pneumonia.
Rafael Miguel
O país se chocou com a absurda e precoce morte do ator Rafael Miguel, aos 22 anos, no dia 9 de junho. O rapaz, que atuou na novela Chiquititas, mas ficou conhecido ainda na infância pelo comercial que lhe deu o apelido de “menino da chicória”, foi brutalmente assassinado, juntamente com a mãe e o pai, pelo sogro, que não aceitava o namoro de Miguel com sua filha. Seis meses depois do crime, o algoz da família ainda está foragido.
João Gilberto
Considerado o pai da bossa nova, João Gilberto morreu em seu apartamento no Rio de Janeiro, em 6 de julho. Ele tinha 88 anos. Seus últimos anos de vida foram recheados de imbróglios judiciais familiares. Sua filha, Bebel Gilberto, por exemplo, chegou a conseguir na Justiça a interdição do pai e obter a tutela provisória de seus contratos e movimentações financeiras. Recluso, ele apresentava problemas de saúde.
Paulo Henrique Amorim
O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu no dia 10 de julho, aos 76 anos, vítima de um infarto. Ele estava em casa, no Rio de Janeiro. Amorim começou sua carreira no jornal A Noite. Foi o primeiro correspondente internacional de VEJA, em Nova York, em 1968. E ainda fez história na televisão passando pela extinta TV Manchete, TV Globo, Bandeirantes, TV Cultura e sua última casa: Record.
Ruth de Souza
A atriz Ruth de Souza morreu no dia 28 de julho, aos 98 anos, com um severo quadro de pneumonia. Ruth foi a primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio, na peça O Imperador Jones, de Eugene O’Neil. Também foi a primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema: o Leão de Ouro, no Festival de Veneza de 1954. Ícone, Ruth de Souza dedicou mais de sete décadas à dramaturgia nacional.
Toni Morrison
A escritora Toni Morrison foi a primeira mulher negra a receber o prêmio Nobel de Literatura. Estreou como romancista em 1970, com O Olho Mais Azul, e foi aclamada pelo livro Amada, que lhe rendeu o Pulitzer de ficção, em 1988. Toni morreu no dia 5 de agosto, aos 88 anos. A família afirmou apenas que ela morreu “após uma breve doença”.
Fernanda Young
A escritora e roteirista Fernanda Young morreu no dia 25 de agosto, aos 49 anos, após sofrer um ataque de asma no sítio que mantinha em Gonçalves (MG) seguido de uma parada cardíaca. Fernanda ganhou projeção nacional com o roteiro do seriado Os Normais, exibido pela TV Globo no início da década de 2000. Ela também roteirizou outras séries, como Os Aspones e Minha Nada Mole Vida, e integrou a primeira formação do seriado Saia Justa. Como escritora, tem 14 livros publicados.
Roberto Leal
O cantor português Roberto Leal morreu no dia 15 de setembro, aos 67 anos. O artista teve uma síndrome de insuficiência hepato-renal, decorrente de um câncer que ele lutava contra há cerca de dois anos. O artista ficou mundialmente conhecido por sucessos dançantes como Bate o Pé e Arrebita.
Jessye Norman
A soprano americana Jessye Norman, vencedora de quatro prêmios no Grammy Awards, morreu no dia 30 de setembro, aos 74 anos. Divindade da música lírica, ela foi vítima de um choque séptico e falência múltipla de órgãos decorrente de complicações de uma lesão na medula espinhal, ocorrida em 2015.
Maurício Sherman
Pioneiro na televisão brasileira, o ator, diretor e produtor Maurício Sherman morreu no dia 17 de outubro, aos 88 anos, após complicações de uma doença renal crônica. Sherman descobriu sucessos da TV, como Xuxa e Angélica, e ajudou a criar o Fantástico, além de dirigir vários programas de humor, como Faça Humor, Não Faça Guerra, Os Trapalhões e os de Chico Anysio. Ele ainda foi o responsável por transformar o Vídeo Show em um programa diário e dirigiu, de 1999 a 2015, o humorístico Zorra Total, um de seus últimos trabalhos na TV.
Jorge Fernando
O diretor Jorge Fernando morreu no dia 27 de outubro, aos 64 anos, vítima de um aneurisma. Desde 2017, Jorge enfrentava complicações pelas sequelas de um AVC. O diretor atuou em mais de 35 novelas, ao longo de 40 anos trabalhados na Rede Globo, com destaque para Que Rei Sou Eu?, Rainha da Sucata, Vamp e A Próxima Vítima. O último trabalho, em 2019, foi Verão 90, que marcou o retorno do diretor após dois anos afastado.
Marie Fredriksson
A vocalista sueca Marie Fredriksson, que formou o Roxette ao lado do cantor e guitarrista Per Gessle, morreu no dia 9 de dezembro, aos 61 anos. Há tempos que ela enfrentava problemas de saúde. Em 2002, foi diagnosticada com um tumor no cérebro: na época, os médicos lhe deram apenas 20% de chances de sobreviver. Embora tenha superado a doença, a radiação a qual foi submetida a deixou com sequelas. Marie foi obrigada a encerrar definitivamente sua carreira artística em 2016.
Gugu Liberato
O apresentador Gugu Liberato deixou boa parte da população brasileira em luto no dia 22 de novembro. Aos 60 anos de idade, ele sofreu morte cerebral depois de cair de uma altura de quatro metros, em sua casa, em Orlando, quando fazia um reparo no ar condicionado no sótão. Gugu dedicou quatro décadas de sua vida à televisão, onde estabeleceu um imbatível formato de programas de auditório, como o popular Domingo Legal, do SBT.
Fonte: veja.com