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ACONTECEU NO MUNDO DA ECONOMIA: Americanas tem financiamento de R$ 2 bilhões aprovado; acionistas devem contribuir com R$ 1 bi

por Ornan Serapião
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Segundo comunicado da empresa, o financiamento não contará com garantias e terá custo até 128% do CDI, com prazo de vencimento de 24 meses

Empresa declarou dívida de R$ 43 bilhões e lista de credores com quase 8 mil nomes

A 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro autorizou a Americanas a receber um financiamento de R$ 2 bilhões nesta quinta-feira, 9. A medida tem como objetivo “manter o curso normal dos negócios da companhia e reforçar sua liquidez” e o valor será arrecadado na modalidade “debtor-in-possession” por meio da emissão de debêntures simples, tipo de título de dívida. Os principais acionistas da companhia, os empresários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, se comprometeram, de forma emergencial, a adquirir até R$ 1 bilhão dos papéis para ajudar no fluxo de caixa da companhia. Atualmente, cada um deles conta com um patrimônio superior a US$ 8 bilhões, tendo seus nomes na lista de bilionários da Forbes. “Com os recursos do financiamento DIP, em conjunto com outras fontes de liquidez sendo exploradas pela companhia, incluindo a liberação de valores retidos por determinados credores, a companhia poderá manter seus investimentos em capital de giro, incluindo pagamento a fornecedores, empregados e parceiros”, declarou a empresa em comunicado. A varejista ainda informou que emissão de debêntures será dividida em várias tranches, sendo a primeira de R$ 1 bilhão e as demais em janelas de prazos subsequentes, até o vencimento das debêntures. O comunicado ainda esclarece que o financiamento não contará com garantias, terá um custo de até 128% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e terá prazo de vencimento de 24 meses. A empresa enfrenta uma crise após declarar uma “inconsistência” contábil no balanço da companhia de R$ 20 bilhões. Posteriormente, a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial declarando dívida de R$ 41 bilhões e lista de credores com quase 8.000 nomes.(JP)

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