O novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira, 23, que pretende dar continuidade aos trabalhos do seu antecessor, Flávio Dino, com alguns “pequenos ajustes”. Contudo, por terem visões parecidas, o ministro acredita que a transição deve ocorrer de maneira natural. A indicação do presidente Lula para substituir Dino frente à pasta foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira, 22, data na qual Lewandowksi se reuniu com Dino para conversar sobre a transição. Durante um jantar, Lewandowski não poupou elogios à gestão de Flávio Dino frente ao Ministério da Justiça. O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) revelou que, apesar de ter a intenção de manter boa parte da equipe da Pasta, trocará cargos estratégicos como a Secretaria Nacional de Justiça, comandada por Augusto de Arruda Botelho. Caso a decisão de Lewadowski se concretize, o PSB perderá uma das principais cadeiras da sigla dentro da Justiça. A Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública já tiveram seus comandos alterados.
“Quero dizer que estou otimista, estamos com as instituições consolidadas, haveremos de vencer as dificuldades. Temos o desafio que é uma preocupação do cidadão hoje, que é a segurança; a insegurança que afeta não apenas as classes mais abastadas, mas afeta também o cidadão mais simples, o cidadão comum, trabalhador. E essa é uma pauta que precisa ser enfrentada e vem sendo enfrentada com muito êxito”, disse Lewandowski. O presidente Lula nomeou Lewandoski para substituir Dino no dia 11 de janeiro. Ele deve assumir o comando da Pasta, oficialmente, a partir de 1º de fevereiro. Já Flávio Dino será empossado como ministro do Supremo Tribunal Federal no dia 22 de fevereiro, após o fim do recesso parlamentar do Judiciário.