Ao menos quatro membros da Guarda Revolucionária iraniana foram mortos neste sábado, 20, em um ataque contra um edifício residencial em Damasco, pelo qual tanto o Irã como a Síria acusaram Israel. Os bombardeios ocorrem em um momento de grande tensão no Oriente Médio pela guerra na Faixa de Gaza e pelos repetidos ataques de milícias pró-Irã no Iraque contra posições dos Estados Unidos, além dos ataques dos rebeldes houthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho. “Mais uma vez, o brutal e criminoso regime sionista (Israel) cometeu um ato de agressão contra Damasco, capital da Síria, e, durante o ataque aéreo dos combatentes do regime agressor e usurpador, morreram vários soldados sírios e quatro conselheiros militares da República Islâmica do Irã”, afirmou a Guarda Revolucionária em um comunicado.
A agência oficial de notícias síria “SANA” relatou “um ataque a um edifício residencial no bairro de Mezzeh, em Damasco, como resultado da agressão israelense”. As mortes dos conselheiros militares iranianos ocorrem após o Irã ter bombardeado supostos alvos israelenses no início da semana, quando duas pessoas morreram. O governo iraniano justificou os ataques como uma resposta ao atentado de Kerman, que deixou 94 mortos este mês; a um ataque contra uma delegacia, em que morreram 11 policiais; e pela morte de comandantes iranianos e do chamado Eixo de Resistência nas últimas semanas na Síria e no Iraque.