Agentes penitenciários e funcionários administrativos que haviam sido feitos reféns durante as revoltas ocorridas no Equador foram liberados. O presidente Daniel Noboa anunciou que 169 agentes penitenciários detidos em sete prisões equatorianas foram soltos, enquanto um dos agentes morreu em uma prisão no sul do país. O presidente parabenizou as Forças Armadas, a Polícia e o corpo diretivo das prisões pelo trabalho realizado para garantir a libertação dos reféns. O Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Carentes (SNAI), órgão responsável pelo controle das prisões, informou que avaliações médicas estão sendo realizadas nos prisioneiros libertados e que serão iniciadas investigações para apurar as causas da violência nas prisões.
Carlos Ordóñez, vice-presidente da Associação Equatoriana de Servidores de Prisões, expressou preocupação com a situação dos detentos e criticou a falta de informações oficiais fornecidas pelo SNAI. Ele afirmou que já se passaram vários dias e eles não sabem o que está acontecendo com seus companheiros. Jaime Vela, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, destacou que o SNAI precisa fazer seu trabalho para continuar libertando os reféns, mas descartou qualquer negociação por parte dos militares.
Diante da situação, o sindicato dos funcionários públicos entrou com uma ação constitucional de proteção exigindo garantias para a integridade física, psicológica e sexual dos funcionários detidos. Medidas cautelares também foram solicitadas à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Enquanto isso, as patrulhas e operações policiais continuaram no sábado na capital e em outras cidades do país, que está em estado de emergência desde segunda-feira devido aos ataques violentos. O último balanço oficial registra 1.105 pessoas presas, 94 delas por “terrorismo”, e cinco criminosos classificados como “terroristas” mortos. Além disso, 28 grupos criminosos foram desmantelados e foram registrados 21 ataques contra infraestruturas públicas e privadas. Com Jovem Pan.