Por Olívia Coutinho
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, nos coloca às margens do rio Jordão, onde Jesus se misturou com os pecadores para também receber o Batismo de João. É bom ressaltarmos: o Batismo de João, era um Batismo de conversão, o qual Jesus não precisaria, já que Ele não tinha pecados.
Vendo Jesus se aproximar para receber o Batismo, João se surpreende e a princípio, recusa em Batizá-Lo: “Eu preciso ser Batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3,13-14). Mas os argumentos de Jesus, acabam convencendo João e o Batismo de Jesus, acontece para se cumprir toda a justiça, mesmo não sendo necessário.
Ao entrar na fila para receber o Batismo de João, Jesus assume publicamente a nossa humanidade, estabelecendo desde já, um vínculo de proximidade com os pecadores, solidarizando-se com eles. Com este gesto de humildade, Jesus experimenta a fragilidade humana, deixando claro que Ele não faria uso de suas prerrogativas divina ao longo de sua trajetória terrena.
Submetendo ao batismo de João, o qual era destinado somente aos pecadores, Jesus “desce” à fragilidade humana, se fazendo um de nós, exceto no pecado. Conosco, acontece o inverso: no nosso Batismo, que foi instituído por Jesus, nós “subimos” para nos aproximarmos de Deus: de criaturas, passamos a filhos de Deus!
Ao sair das águas do rio Jordão, Jesus, ungido pelo Espírito de Deus que o apresentou carinhosamente à humanidade, dá início ao Seu Ministério disposto a dar a vida por aqueles que o Pai lhe confiara.
Passando pelas águas do Batismo, Jesus abre um caminho novo para a humanidade, com a proposta de transformar o nosso presente e garantir o nosso futuro…
Foi na sua humanidade, que Jesus se revelou totalmente Divino! No seu Batismo, acontece uma Teofania, isto é: a manifestação do Deus Trindade: O Pai faz uma declaração ao Filho e o Espírito se manifesta Nele de forma visível, como uma pomba, mostrando-nos a harmonia entre as três pessoas da Trindade Santa: Pai, Filho, Espírito Santo!
O Batismo de Jesus, deve ser ampliado na vida de cada um de nós, de ser entendido como um chamado a vivencia da fé, a assumirmos o nosso compromisso de fidelidade a Deus…
O ponto alto deste evangelho, é a declaração de amor e confiança que o Pai transmite ao Filho: “Tu és o meu filho amado, em ti ponho meu bem-querer.”
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho