Motoristas que tiveram seus veículos apreendidos durante as blitze realizadas pela Polícia Militar no final do ano passado estão com dificuldades de retirá-los do pátio do Detran, localizado em frente ao Shopping Conquista Sul, em Vitória da Conquista. A situação está sendo denunciada por várias pessoas que tiveram motos e carros apreendidos, mas, que ao buscar regularizar a situação, estão encontrando obstáculos e passando horas na fila. Em entrevista ao programa Redação Brasil, desta quarta-feira (3), um homem, identificado como Anselmo, explicou a situação ao repórter Ricardo Gordo. De acordo com ele, mesmo chegando cedo no pátio, às 5h30 da manhã, não foi atendido. “A nossa indignação é que gente quer ser ouvido, a gente precisa resolver essa situação. Momento nenhum a gente está questionando o trabalho da Polícia Militar. A polícia está fazendo o trabalho dela. Agora a gente precisa regularizar qual é o papel da polícia? Prender o veículo irregular, levar até o pátio, o cidadão, regularizar a sua situação e poder trafegar com ele da forma legal. O que acontece? A gente está chegando às 05h30 da manhã na porta do pátio, perdendo o dia inteiro de trabalho nosso, o nosso transporte retido. E eu só quero que alguém me atenda para eu passar a relação do que estou devendo para eu poder fazer o pagamento sair com meu veículo”, disse o cidadão. O cidadão ainda denunciou que não há funcionários o suficiente trabalhando no local para atender a população e revelou que vai precisar dormir na fila para tentar conseguir o atendimento. “Vamos pegar, dormir na fila, vamos pegar o carro, retornar, colocar aqui na porta dizendo que foi o primeiro a ser chegou ou o segundo e vamos ter que ficar aqui esperando a gente poder passar a noite aqui pra gente poder ser atendida amanhã”, explicou. O problema é que enquanto a moto ou o carro permanecem no pátio, que foi terceirizado pelo Detran, o proprietário precisa pagar uma diária que está em torno de R$193,00. O jornalista do programa, Daniel Silva, criticou a situação e cobrou agilidade. “A população não pode pagar pela incompetência de quem administra a máquina. Já não basta ter que passar pelo constrangimento de uma blitz, deixar seu veículo, ter seu veículo retirado dali, pagar pelo transporte do veículo até o pátio. Aí agora o cara chega pra remover, acertar a vida dele com o Governo do Estado, e essa lentidão, essa experiência? E o cara tem que pagar uma diária a mais porque o fulaninho que tá aí a frente não atendeu de forma adequada o usuário?”, disparou Silva.
