O chanceler israelense, Eli Cohen, afirmou nesta quarta-feira, 13, que Israel continuará com a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, independentemente do apoio internacional. Suas declarações vieram após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertar sobre a perda de apoio devido aos “bombardeios indiscriminados” em Gaza e após a aprovação de uma resolução na Assembleia Geral da ONU pedindo um cessar-fogo. Cohen destacou que um cessar-fogo neste momento “seria um presente para o Hamas, permitindo que eles retornem às suas posições originais e ameacem os residentes de Israel”. Ele também exigiu que a comunidade internacional proteja as rotas de navegação no Mar Vermelho, após um navio norueguês ser atingido por um foguete lançado pelos houthis, uma milícia apoiada pelo Irã. As declarações de Cohen são uma resposta às dificuldades enfrentadas por Israel no cenário internacional. Biden afirmou que Israel estava perdendo apoio de governos ao redor do mundo devido aos bombardeios em Gaza e que o Gabinete Israelense precisava de mudanças imediatas. No entanto, ele amenizou suas palavras posteriormente, reiterando o apoio aos israelenses, mas ressaltando a preocupação com a segurança dos palestinos.
O presidente americano deve se reunir com parentes dos israelenses sequestrados pelo Hamas em busca de apoio para libertá-los. Além disso, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza, com 153 votos a favor, 10 contra e 23 abstenções. Enquanto isso, a situação no campo de batalha se mostra complexa, com baixas tanto entre as forças israelenses quanto entre os militantes do Hamas. O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, também fez críticas a Israel, defendendo a segurança do país, mas afirmando que não vê intenção de permitir a criação de um Estado palestino. Ele ressaltou a importância de garantir a segurança de Israel de acordo com as decisões da ONU, que também preveem a existência de um Estado palestino em segurança e boa vizinhança. (JP)