Conforme já noticiado pelo Blog do Sena, Leiliana Cerqueira Vidal foi presa em flagrante na última quinta-feira (10) enquanto realizava um “atendimento” pediátrico em Vitória da Conquista. Ela está sendo investigada por meio da Operação Hipócrates pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Leiliana Cerqueira Vidal, de 41 anos, atendia como pediatra utilizando o número de registro de outra médica, Luciana Silva Amaral, devidamente cadastrada para exercer a profissão. A operação foi deflagrada após uma denúncia do Conselho Regional de Medicina (CREMEB) feita aproximadamente há um mês.
De acordo com informações divulgadas pelo programa Bahia Meio Dia da TV Sudoeste, nesta segunda-feira (13), quando o flagrante ocorreu, Leiliana estava no consultório com Iara e sua filha de seis anos.
A mulher que acompanhou a cena afirmou que ficou em estado de choque no momento da abordagem. “Fiquei paralisada enquanto os policiais entravam na sala, sem entender o que estava ocorrendo. Perguntei ao agente se poderia ir embora, ao que ele respondeu que não, porque eu era uma testemunha”, relatou.
A reportagem divulgou ainda que a falsa médica realizou cerca de 70 consultas no valor de R$ 245,00 cada. Ela atendia em uma clínica particular dentro de um shopping da cidade.
Leiliana Cerqueira Vidal é, na realidade, enfermeira formada na cidade de Jequié. Em agosto deste ano, ela já havia sido presa na cidade de Tanhaçu pelos mesmos crimes.As investigações apontaram que a falsa médica falsificou um diploma de medicina, um RG e a carteira do CREMEB pertencentes a outra profissional. Com esses documentos fraudulentos, ela buscou contratos em diversos hospitais e clínicas da região, obtendo sucesso em alguns casos.
Após a prisão, a falsa médica foi encaminhada para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) e posteriormente para o Presídio, onde enfrentará acusações de exercício ilegal da medicina, com pena prevista de seis meses a dois anos. Além disso, responderá por estelionato, falsidade de documento público e falsa identidade.
A clínica em que a criminosa atuava emitiu uma nota afirmando seguir rigorosos parâmetros de avaliação e validação de documentos junto aos conselhos regional e federal de medicina. Alegam que entrevistas com os candidatos são realizadas no momento da contratação, procedimentos que, segundo a instituição, foram adotados no caso da falsa médica.
A unidade de pediatria da clínica afirma ainda que está à disposição para oferecer apoio e acompanhamento aos pacientes que foram atendidos pela criminosa. As investigações continuam para identificar possíveis cúmplices e esclarecer completamente o caso.