O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 12, que seu país está trabalhando 24 horas por dia e fazendo “todo o possível” para libertar os mais de 200 reféns que seguem nas mãos do grupo islâmico Hamas, com o qual não descarta chegar a um “possível acordo”. Em uma entrevista, Netanyahu afirmou que a libertação dos reféns é um dos dois objetivos de guerra de Israel – o outro é “destruir o Hamas” -, e que trabalham para isso 24 horas por dia. Segundo informa o site Jovem Pan, durante outra entrevista concedida à emissora americana “NBC”, o premiê israelense deu a entender que neste momento haveria “um potencial acordo” relativo à libertação dos raptados desde os ataques de 7 de outubro. “Poderia haver, mas penso que quanto menos eu falar sobre isso, mais aumentarei as hipóteses de se concretizar”, disse Netanyahu, que especificou que tem alguma informação sobre a localização das pessoas raptadas, sem dar mais detalhes. “Se houver uma oferta disponível. Bem, falaremos sobre isso quando ela estiver lá e anunciaremos se for alcançada”, disse o primeiro-ministro, que destacou a pressão exercida pelas forças militares israelenses sobre os líderes do Hamas para a libertação dos reféns.
Netanyahu reiterou em declarações à “CNN” que o único acordo de cessar-fogo que será considerado será aquele que contempla a libertação dos reféns, objetivo no qual, esclareceu, deveriam contar com o apoio “do mundo inteiro”. Ele acrescentou que Israel está ajudando pacientes hospitalares estabelecendo rotas de evacuação ao sul da cidade de Gaza, e enfatizou que os terroristas do Hamas não receberão imunidade. “Queremos que todos os civis estejam fora de perigo”, disse/, mas lamentou que o Hamas esteja “fazendo tudo o que está ao seu alcance para mantê-los em perigo”. “Cada morte de civis, de bebês, é uma tragédia. Mas essa tragédia deve ser atribuída diretamente ao Hamas, que mantém suas instalações militares dentro de hospitais, seus postos de comando dentro dos hospitais, dentro das escolas”, disse à “NBC”. Netanyahu afirmou que a única força militar que pode garantir que “o terrorismo não reapareça e tome Gaza” é o Exército israelense, fechando assim o caminho à participação de um terceiro país no conflito desencadeado após o ataque de milicianos do Hamas em Israel. “Gaza deve ser desmilitarizada e Gaza deve ser desradicalizada”, acrescentou, em alusão à gestão civil do território.