Israel reduziu de 1.400 para 1.200 o número de mortos no ataque promovido pelo Hamas, em 7 de outubro. De acordo com Lior Haiat, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, a maioria das vítimas eram civis. “Trata-se de uma estimativa atualizada. Havia muitos corpos de terroristas”, disse nesta sexta-feira, 10, sem dar mais explicações sobre o novo número. “Os terroristas do Hamas assassinaram a sangue frio 1.200 pessoas e sequestraram 240, incluindo bebês, crianças, mulheres e idosos”, acrescenta o comunicado divulgado pela chancelaria israelense. Depois do massacre, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu “aniquilar” o Hamas e lançou uma campanha de bombardeios contra a Faixa de Gaza, que deixaram até o momento mais de 12 mil mortos, entre eles 4.500 crianças, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamista, que governa este território palestino.
Netanyahu, inclusive, reafirmou nesta sexta-feira que ocupará a Faixa de Gaza após o fim do conflito. “Teremos que encontrar um governo, um governo civil”, acrescentou, sem explicar quem poderia integrar a administração. Atualmente, além dos bombardeios, o governo israelense faz ataques terrestres na região. Somente hoje, uma escola foi atacada, deixando dezenas de mortos. Além da unidade de estudo, as tropas israelenses deixaram 13 pessoas vítimas fatais e vários feridos após atacar o hospital Al Shifa, o maior da região. Em sua defesa, as Forças de Defesa de Israel (FDI) alegam que membros do Hamas estão utilizando as unidades hospitalares como quartéis. “Se virmos terroristas do Hamas disparando de hospitais, faremos o que for preciso. Vamos matá-los”, comentou o porta-voz militar israelense Richard Hecht. (JP)