Funcionários da Organização de Ambulâncias Egípcias passam por ambulâncias estacionadas perto da passagem de fronteira de Rafah entre a Faixa de Gaza e o Egito
Um novo grupo de mais de 400 estrangeiros e palestinos com dupla nacionalidade deixou nesta segunda-feira, 6, a Faixa de Gaza em direção ao Egito, após a reabertura da passagem de Rafah, que ficou fechada no sábado e domingo após bombardeios israelenses contra um comboio de ambulâncias no território palestino. Fontes humanitárias disseram que elas tinham passaportes de Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Egito. Além disso, 20 ambulâncias entraram em Gaza pelo Egito, assim como 75 caminhões de ajuda humanitária, de acordo com a mesma fonte.
A passagem de Rafah foi reaberta depois de ter sido fechada no domingo e depois de vários dias em que centenas de palestinos com passaportes de outras nacionalidades e estrangeiros estavam deixando a região pela única passagem aberta. “Meu sonho é voltar vivo com meus filhos, não entendo por que um país não quer receber seus cidadãos e recebe estrangeiros de muitas nacionalidades”, disse à Lamiah Mohamed, uma mãe egípcia que espera há três dias no lado palestino de Rafah para deixar o enclave. De acordo com ela, os nomes de seus três filhos – com idades entre 5 e 17 anos – apareceram na lista nesta segunda-feira, mas não o dela, de modo que as autoridades palestinas se recusaram a permitir que ela atravessasse para o Egito.
A Embaixada de Israel no Brasil afirmou, por meio de nota oficial, que o Hamas está impedindo a saída de cidadãos brasileiros de Gaza para o Egito. Como parte do acordo entre Israel, Egito e Hamas, mais 599 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza em direção ao Egito no sábado. Os brasileiros, no entanto, ainda não conseguiram liberação para deixar o local. Conforme mostrou o site da Jovem Pan, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a previsão para que os brasileiros sejam repatriados é até a próxima quarta-feira, 8. Segundo o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, a saída de brasileiros depende exclusivamente de uma autorização das autoridades israelenses.
Um grupo de 4 brasileiros e familiares próximos cujos nomes foram informados desde 9 de outubro às chancelarias egípcia e israelense e às autoridades responsáveis na Faixa de Gaza, aguardam liberação para deixaram o enclave palestino. Eles seguem abrigados nas localidades de Khan Younes e Rafah, nas proximidades da fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, mantém permanente contato com os nacionais, aos quais tem provido toda assistência possível, inclusive alojamento em Rafah, itens de primeira necessidade e serviços de telemedicina.
Com informações da EFE