Após reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, autorizou o envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza a partir do Egito. “Diante do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá o envio de ajuda humanitária pelo Egito”, indicou o gabinete do premiê, acrescentando que a autorização valerá “na medida em que o abastecimento não chegue ao Hamas“, que governa Gaza. Contudo, em um comunicado, Israel detalhou que não autorizará a entrada de ajuda humanitária até que o enclave palestino liberte os 199 reféns sequestrados em 7 de outubro. O grupo terrorista fala de 200 a 250 sequestrados. Na conversa entro os líderes, realizada em Tel Aviv, Biden destacou que a prioridade neste momento é a libertação dos reféns, e confirmou que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária em Gaza através do Egito “o mais rápido possível” e acrescentou que Washington está trabalhando com seus parceiros para fazer “os caminhões cruzarem a fronteira” de forma rápida.
Em entrevista à imprensa, Biden também anunciou que ao longo da semana pedirá uma ajuda “sem precedentes” à Israel no Congresso americano e aconselhou o país a evitar os “erros” cometidos por Washington depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 devido à “raiva”. “Peço-lhes que enquanto sentirem essa raiva, não se deixem consumir por ela. Depois do 11 de setembro, sentimos raiva nos Estados Unidos. E enquanto buscávamos justiça e conseguíssemos justiça, também cometemos erros”, alertou. O presidente dos Estados Unidos afirmou que a guerra atual, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, reforçou o seu apoio a uma solução de dois Estados, um israelense e outro palestino. Apesar do apoio aos israelenses, o chefe de Estado norte-americano também destinou US$ 100 milhões em ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e se comprometeu em não deixar que esse auxílio chegue até o Hamas.
O conflito entre Hamas e Israel ficou ainda mais tenso na terça-feira, 17, depois de um ataque a um hospital que matou 471 pessoas. O bombardeio gerou uma reação internacionais. O grupo palestino culpa os israelenses pelo ataque que, por sua vez, apontam que a causa da explosão foi uma falha em um foguete lançado pela Jihad Islâmica, que nega que tenha envolvimento com o ocorrido. A guerra já deixou 4.878 mortos, sendo 3.000 em Gaza e 1.400 em Israel, além dos mais de um milhão de refugiados internos, nesta região que antes do conflito tinha mais de dois milhões de habitantes.
JP com agências internacionais