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MUNDO DAS GUERRAS: Hamas assume responsabilidade dos foguetes lançados do sul do Líbano contra Israel

por Ornan Serapião
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Homem olha para seu carro danificado, que foi destruído por um bombardeio israelense, na aldeia fronteiriça de Dhayra com Israel,

O grupo Hamas reivindicou nesta terça-feira, 10, a autoria dos disparos de foguetes do sul do Líbano contra Israel. As Brigadas Al Qassam, braço armado do movimento islamita palestino Hamas, disseram em um comunicado, que efetuou estes disparos contra a região da Galileia (oeste de Israel) “no cumprimento de seu dever”. Israel sofre há três dias com disparos de foguetes do sul do Líbano, que se somam à ofensiva lançada no sábado pelo movimento islamita palestino Hamas, a partir da Faixa de Gaza. De acordo com a Agência Nacional de Informação do Líbano (ANI), “salvas de foguetes foram lançadas do sul do Líbano” em direção ao norte de Israel. O Exército israelense indicou pouco depois que, “em resposta aos disparos lançados do território libanês para o território israelense, os soldados de Israel estão respondendo neste momento com fogo de artilharia”.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), implantada no sul do país, indicou em nota que detectou disparos de foguetes por volta das 17h30, hora local (11h30 no horário de Brasília).  “Seguimos em contato com as autoridades de ambos os lados da Linha Azul [fronteira entre os dois países] para neutralizar esta situação tão perigosa”, acrescentaram as forças de paz, que apelaram à “moderação neste momento crítico”. Na segunda-feira, o movimento libanês pró-Irã Hezbollah disse ter bombardeado dois quartéis israelenses, em resposta à morte de três dos seus membros em ataques do Exército israelense em uma zona fronteiriça do sul do Líbano. A Jihad Islâmica Palestina reivindicou recentemente uma operação de infiltração em solo israelense a partir do Líbano, em apoio à ofensiva do Hamas.

Na segunda-feira, 10, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que o Líbano não tem interesse em entrar na guerra entre Israel e o grupo Hamas. “Não queremos que o Líbano entre na guerra em curso, e estamos nos esforçando para isso”, disse durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores libanês, Abdullah Bu Habib, acrescentando que parte da prioridade do governo libanês era “manter a segurança e a estabilidade no país”. Líbano e Israel são considerados inimigos de Estado, mas estão em trégua desde o conflito de 2006. A guerra entre Israel e Hamas, iniciada no sábado, 7, já deixou mais de mil mortos. Segundo o último balanço, são 1.260 mortos e uma onda de destruição. As autoridades revelaram que foram 700 mortes em Israel, 560 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia.

JP com agências internacionais 

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