Por Olívia Coutinho
No evangelho que nos é apresentado, no dia de hoje, um mestre da lei, aproxima-se de Jesus e o interroga, não, para obter algum aprendizado, mas na intensão de colocar Jesus em dificuldade: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” Jesus responde com outra pergunta: “O que está escrito na lei?” Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda tua alma, com toda sua força e a teu próximo como a ti mesmo.” Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás.” Não satisfeito, o mestre da lei, interroga Jesus novamente: “E quem é o meu próximo?” Jesus sabia qual era a intenção dele, mas mesmo assim, responde mais esta pergunta de fundo maldoso, e desta vez, através de uma parábola muito conhecida por nós, que é a parábola do Bom Samaritano.
Com esta parábola, Jesus não só desmascara aquele mestre da lei, que se mostrava conhecedor da palavra de Deus mas não a colocava em prática, como também, nos adverte, quanto ao perigo de ficarmos somente no conhecimento da palavra de Deus e não vivê-la.
Ao contrário do sacerdote e do levita, que passaram por um homem seriamente ferido, caído à beira do caminho e não o socorreu em obediência a uma lei que proibia tocar em pessoas que estava sangrando, para não se tornar impuro, um samaritano, o socorreu. O homem ferido, vítima de um assalto, era um judeu e como sabemos, judeus e samaritanos eram inimigos declarados, o que não impediu que o samaritano o socorresse. O amor deste samaritano, falou muito mais alto do que as divergências que havia entre eles, ele não considerou a nacionalidade daquele que precisava de ajuda, ele viu ali, diante dele, um “ser humano” que precisava de ajuda e o socorreu. Quem ama desta forma, ama com o coração de Jesus, é capaz de abraçar com este amor, até mesmo o inimigo. É este o amor desejado por Deus, o amor que Ele quer que todos nós cultivemos no nosso coração, um amor que supere toda e qualquer divergência, que não fique somente no sentimento de pena, na intenção, e sim, um amor que seja transformado em ação.
Na parábola, o samaritano, que não tinha o conhecimento das leis, deu um grande testemunho de amor ao próximo ao socorrer um homem considerado inimigo do seu povo. Enquanto que o sacerdote e o levita, ficaram presos na lei, criada pelos os próprios judeus, (fariseus) desconsiderando assim, a lei maior, que é a lei do amor!
Não somos verdadeiros, quando dizemos que amamos a Deus, mas não temos atitudes de amor para com o nosso próximo, como o sacerdote e o levita da parábola. É o nosso amor ao próximo, que confirma o nosso amor a Deus!
Jesus está sempre nos apontando o caminho que devemos percorrer, para que possamos chegar ao coração do Pai, que é o caminho do amor, um caminho, que às vezes, pode ser difícil, mas nunca intransponível, pois o próprio amor abre caminho…
Infelizmente, estamos vivendo num mundo onde tudo gira em torno das coisas materiais, com isso, muitos, vão perdendo o senso do amor, do valor da fé, n
Em meio a tantos adversários do projeto de Deus, Jesus vem nos trazer algo novo, uma proposta de vida nova fundamentada no amor, uma proposta, que ao contrário do mundo, prioriza a vida!
Não há sintonia entre o homem e Deus, sem a vivência do amor, pois Deus é amor e quem vive em Deus, vive o amor!
O amor gera vida, nos torna testemunhas vivas do amor de Deus no mundo, nos possibilitando viver a nossa humanidade de forma divina!
O mandamento do amor, é um mandamento sempre novo, pois o amor é atual, o amor nunca entra em decadência.
A nossa identidade, o que nos distingue como seguidores de Jesus é a nossa vivencia no amor…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho