Por Olívia Coutinho
Estamos no início do mês de outubro, mês, em que a Igreja nos convida a refletir, sobre a importância de nos tornarmos missionários do Senhor, isto é: propagadores da Boa Nova do Reino de Deus!
O espírito missionário, surge a partir da nossa experiência com Jesus, quem faz esta experiência, tem anseio de partilhá-la com o outro, no desejo de que ele possa também, fazer a mesma experiência. Nossa caminhada missionária, não se limita somente em levar algo para o outro, o verdadeiro missionário, leva e traz algo do outro para sua vida!
O exercício da missão, nos possibilita a criar novos laços, novas relações, a ter um jeito novo de olhar a vida e de ser igreja!
Fazer com que Jesus seja mais conhecido, é compromisso de toda a comunidade que vive e que quer transmitir a sua fé no Cristo ressuscitado. Uma comunidade cristã, só é fiel à sua vocação, se ela for missionária.
O Evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, fala sobre o início da caminhada de Jesus, rumo a Jerusalém. À caminho da morte, Jesus ensina aos discípulos, o caminho da vida! “Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém…” A caminhada de Jesus, para Jerusalém, serviu como uma verdadeira aula prática para os discípulos. Durante este percurso, Ele ia aproveitando todas as situações embaraçosas que encontrava, como oportunidade, de passar-lhes importantes ensinamentos.
Ao longo desta caminhada, muitas pessoas, aproximavam de Jesus, se encantavam com suas palavras, davam alguns passos com Ele, mas recuavam, por acharem duras demais, as exigências do seguimento a Ele.
Antes de tomarem o caminho para Jerusalém, o seguimento à Jesus, era traduzido pelos os discípulos, como grandeza, status, afinal, quem não queria estar junto daquele homem que arrastava multidões, que não temia os poderosos? Jesus era visto por eles como um Rei, um Rei de grandes poderes, que iria enfrentar os inimigos com severidade, como faziam todos os reis. Na mente dos discípulos, os inimigos seriam facilmente vencidos, mas Jesus lhes mostra o inverso, ao repreendê-los quando Tiago e João, quiseram responder com violência, a uma “ofensa” por parte dos samaritanos, que não quiseram acolher Jesus, no território deles. Como sabemos, Judeus e samaritanos eram inimigos confessos, e negar hospedagem a alguém, na cultura judaica, era considerado como uma ofensa grave. Porém, a reação dos discípulos, não fora motivada, somente por isto, foi também, por intolerância, a quem pensava diferente deles, como os samaritanos. Os discípulos, na pessoa de Tiago e João, quiseram sobrepor a Deus ao quererem mandar descer fogo do céu para destruir os que negaram hospedagem a Jesus. Esta atitude contrasta com a de Jesus, que simplesmente, convida-os a prosseguir o caminho, indo para outro povoado. Os discípulos ficaram surpresos, com a forma de Jesus lidar com as ofensas, diferente deles, que eram acostumados com o revide.
Com este episódio, Jesus deixou claro para os discípulos, e hoje para nós, que na dinâmica do Reino, não cabe vingança e nem intolerância, a quem pensa diferente. A partir de então, eles começaram a entender as exigências do seguimento a Jesus, entendimento este, que ia acontecendo através de um processo lento, que só se consolidou, após ressurreição de Jesus. Os discípulos, exceto João, não foram com Jesus até a cruz, mas depois da sua ressurreição, eles abraçaram a sua causa, dando a vida pelo o evangelho.
Como naquele Tempo, muitos, ainda hoje, começam a seguir Jesus, empolgam no início, mas abandonam este seguimento no meio do caminho, por acharem duras as exigências deste seguimento.
Estar disposto a enfrentar as consequências do seguimento a Jesus, indo com Ele, até a nova Jerusalém, é optar pela a vida, desistir no meio do caminho, é se posicionar contrário a vida… Pensemos nisso…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho