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MUNDO: Astronautas dos EUA e Rússia retornam do espaço após um ano e pousam no Cazaquistão

por Ornan Serapião
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Astronauta da NASA e dois cosmonautas russos retornaram à Terra depois de ficarem presos no espaço por pouco mais de um ano

Um astronauta da Nasa e dois cosmonautas russos aterrissaram nesta quarta-feira, 27, no Cazaquistão, depois de uma missão de mais de um ano na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência russa Roscosmos. “Hoje, às 14h17, horário de Moscou (8h17 em Brasília), a espaçonave Soyuz MS-23, com os cosmonautas Serguei Prokopiev e Dmitri Petelin, e o astronauta da Nasa Francisco Rubio, que passaram um ano na ISS, aterrissou na região da cidade de Zhezkazgan, no Cazaquistão”, disse a Roscosmos em um comunicado. “Serguei Prokopiev e Dmitri Petelin passaram 370 dias, 21 horas e 22 minutos no espaço, o voo mais longo no âmbito do programa da ISS”, detalhou a agência espacial russa.

O diretor da Nasa, Bill Nelson, disse que a missão representou um “momento histórico na exploração espacial”. “Frank Rubio conclui sua jornada de 371 dias no espaço, estabelecendo um novo recorde do voo espacial mais longo de um astronauta americano. Bem-vindo ao lar, Frank!”, escreveu ele no X (antigo Twitter). O último recorde de um americano foi alcançado em 2022 com o astronauta Mark Vande Hei, com 355 dias consecutivos. O recorde absoluto de maior permanência no espaço é do cosmonauta russo Valeri Poliakov, com 437 dias.

Rubio, que decolou em setembro de 2022 a bordo de um foguete russo junto com dois cosmonautas desse país, achava que sua missão duraria seis meses. A estada acabou sendo prolongada, devido a danos na nave de retorno, a Soyuz MS-22. Em dezembro, ela sofreu um vazamento significativo quando estava atracada à ISS, provavelmente devido ao impacto de um micrometeorito. A Roscosmos decidiu, então, trocar a nave por precaução e enviou outra para a ISS sem tripulação a bordo. O setor espacial é um dos poucos em que existe cooperação entre Rússia e Estados Unidos, em um contexto muito tenso, devido ao conflito na Ucrânia.

Com informações da AFP e JP

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