MENSAGEM DO DIA: “JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE.”

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Por Olívia Coutinho

O evangelho, que a liturgia de hoje coloca diante de nós, mostra-nos, mais uma vez, a sensibilidade de Jesus diante aos que sofrem. A narrativa nos fala de um encontro entre dois cortejos: o cortejo da dor e o cortejo da alegria! São dois cortejos, caminhando em sentidos contrários, de um lado, o cortejo da vida, tendo à frente: Jesus! Do outro lado, o cortejo da morte, tendo à frente: um morto, o filho único de uma viúva. O interessante, é que o cortejo da vida, não foi indiferente ao cortejo da morte, houve uma aproximação e esta aproximação, partiu de Jesus, que se comoveu diante ao sofrimento de uma viúva que levava seu único filho para ser sepultado. Tomada pelo o sofrimento, aquela mãe, nem percebe a presença de Jesus, mas o Senhor da vida, a enxerga e se compadece dela. Jesus sabia, que além da dor da perda do seu único filho, aquela viúva, teria sérias dificuldades pela frente quanto a sua sobrevivência. É que naquela época, quando uma mulher ficava viúva, ela não herdava os bens deixados pelo o marido, quem ficava responsável por estes bens, era o filho mais velho, era este filho, quem ficava encarregado de prover o sustento da mãe. E quando a viúva não tinha, ou perdia o filho, ela era condenada a viver na miséria, pois os bens deixados pelo o marido, eram confiscados pelas autoridades. E sem nada, a viúva ficava à mercê da caridade alheia, o que iria acontecer com aquela viúva, se não fosse a interversão de Jesus, que trouxe o seu filho de volta à vida. A partir de então, os dois cortejos que caminhavam em sentido contrário, passam a caminharem no mesmo sentido, isto é: no sentido da vida! Ao levantar aquele jovem, Jesus levantou também, aquela viúva que seria condenada a marginalização.

Este episódio, nos mostra o coração de Jesus, destaca também, a importância da fé na sua obra milagrosa. A viúva, permitiu que Jesus interviesse e a multidão acreditou no seu poder…

Essa passagem nos encoraja a nunca perder a fé.

É importante lembrarmos: mesmo nas circunstâncias mais sombrias de nossas vidas, a presença de Jesus pode trazer renovação e restauração, trazendo vida, onde parece não haver mais esperança…

Em toda sua trajetória terrena, Jesus sempre teve um cuidado especial para com os sofredores, especialmente para com os órfãos e as viúvas. Estes, tinham e ainda continuam tendo, muitas dificuldades em reorganizar suas vidas depois de perderem seus provedores. O texto, nos alerta também, sobre a importância de sermos solidários uns para com os outros, principalmente para com os que sofrem. Como filhos do mesmo Pai, irmãos em Cristo, somos corresponsáveis pela a vida do outro, temos o dever de ser apoio para ele nos momentos difíceis, como nas perdas de seus entes queridos. Tão importante quanto providenciar o sepultamento de alguém, é cuidar daqueles que ficam, principalmente quando se trata de órfão e de viúva.

O ponto principal deste episódio, não é o milagre em si, e sim, o que moveu Jesus a realizar aquele milagre, que foi a sua sensibilidade diante aquele que sofre, ou seja, a sua compaixão…

Devolvendo a vida, ao filho da viúva de Naim, Jesus devolve a ela, a sua dignidade, o seu sustento, poupando-a de ser mais uma vítima dos fariseus, acostumados a explorar as viúvas, apoderando de tudo, que por direito, lhe pertencia.

Assim, como Jesus compadeceu da viúva de Naim, ele compadece de todos os que sofrem, os que são injustiçados, os aflitos, os marginalizados… É confortante saber, que Jesus compartilha da nossa dor, que Ele nos ajuda a carregar a nossa cruz de cada dia…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

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