Na época, ex-GSI já era investigado por omissão nos atos golpistas
O filho do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, investigado por omissão no 8 de janeiro, Gabriel Lopes Gonçalves Dias, foi nomeado para cargo de chefia no Ministério dos Portos e Aeroportos do governo Lula um mês após os ataques antidemocráticos, em Brasília. A remuneração mensal para exercer a função é de R$ 11,3 mil.
De acordo com a coluna Paulo Cappelli, do Metrópoles, a nomeação de Gabriel Lopes foi assinada em 8 de fevereiro pelo ministro Márcio França. Na pasta, ele comanda a Assessoria de Assuntos Parlamentares e Federativos. Antes de assumir o cargo no ministério, o filho de GDias havia atuado como assessor técnico na presidência da Câmara dos Deputados e no gabinete do ex-deputado federal Danilo Cabral.
Gabriel Lopes foi nomeado quando o pai ainda era ministro do GSI, e já era acusado pela oposição de ter permitido a entrada de invasores no Palácio do Planalto. Em diálogos encontrados no celular no general, Gabriel aparece como articulador para melhorar a situação do pai na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Em uma das mensagens, Gabriel disse que tentaria abordar o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, durante uma visita do parlamentar ao Ministério dos Portos e Aeroportos.
Gonçalves Dias foi exonerado em abril após a divulgação de imagens do circuito interno de segurança. (bahia.ba)