Um forte terremoto atingiu o Marrocos na noite desta sexta-feira, 8. O número de mortes confirmadas subiu para 1.037, anunciou o Ministério do Interior marroquino por volta das 10h (14h no horário local) deste sábado, 9. Ao menos 1.204 pessoas ficaram feridas, das quais 721 estão em estado crítico, informou o comunicado. O número de vítimas vem subindo a cada nova manifestação das autoridades e pode ser bem maior, já que centenas de prédios desabaram e ruas estão tomadas por escombros. O terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter teve epicentro registrado a 60 quilômetros a sudoeste de Marrakech. Até as 2h (horário local; 22h de sexta em Brasília), foram registradas mortes nas províncias e cidades de Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. O governo indicou ainda que a maior parte das mortes ocorreu em Al Hauz, província epicentro do terremoto, e em Tarundant, mais ao sul. Nas redes sociais, os marroquinos compartilharam várias fotos e vídeos mostrando prédios danificados e desabados, alguns com pessoas feridas ou aparentemente mortas sob os escombros. Vários edifícios na Medina (cidade antiga de Marrakech) foram danificados pelo terremoto.
De acordo com um alerta emitido pelo Instituto Nacional de Geofísica do Marrocos, o terremoto atingiu a região de Marrakesh, no norte do país, às 23h11 (horário local; 19h11 de sexta no horário de Brasília). O epicentro foi registrado na cidade de Ighil, 63 quilômetros a sudoeste de Marrakech. Testemunhas relataram que o tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 km do epicentro, bem como em Casablanca e na capital, Rabat, a 300 km e 370 km de distância, respectivamente, onde os moradores foram às ruas para evitar os efeitos de possíveis réplicas. Hospedada na cidade de Fez, a Seleção olímpica brasileira sentiu os tremores no hotel. De acordo com a CBF, todos os jogadores saíram do prédio e foram para a piscina, e somente retornaram aos quartos uma hora após o sismo.