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MUNDO: Brasil pede às autoridades da Guatemala que respeitem resultados das eleições

por Ornan Serapião
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Acadêmico Bernardo Arévalo de León, de 64 anos, do partido progressista Semilla, foi eleito o novo presidente da Guatemala

O governo brasileiro pediu nesta sexta-feira, 1º, às autoridades da Guatemala que respeitem os resultados das eleições vencidas por Bernardo Arévalo de León e que garantam uma transição pacífica. Em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil expressou preocupação com a situação política na Guatemala, após o anúncio da suspensão provisória da personalidade jurídica do Movimento Semilla, partido de Arévalo de León. “O governo brasileiro entende que a segurança jurídica e a previsibilidade do processo de transição, bem como o respeito às prerrogativas e imunidades das autoridades eleitorais, dos partidos políticos e dos candidatos eleitos são elementos indispensáveis para o efetivo exercício da soberania popular por meio do voto”, diz o comunicado.

O Itamaraty também parabenizou a declaração aprovada hoje pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que dá ao secretário-geral da organização, Luis Almagro, maior autoridade para supervisionar o processo de transição na Guatemala. Arévalo de León venceu as eleições para a presidência do país centro-americano para o mandato de 2024-2028 no segundo turno disputado em 20 de agosto, com 2,5 milhões de votos. Ele superou a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova, da Unidade Nacional de Esperança (UNE), por 21 pontos percentuais. Porém, na última segunda-feira, 28m o Registro de Cidadãos do Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu provisoriamente o partido de Arevalo de León.

Essa decisão sem precedentes criou incertezas e causou sérias preocupações em vários países. Na quarta-feira, 30, o Congresso guatemalteco concordou em não reconhecer a bancada do Movimiento Semilla por ordem do juiz Fredy Orellana, que foi acusado de minar a justiça e de corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA. Já nesta sexta-feira, Arévalo de León garantiu que o país está sofrendo um “golpe de Estado” orquestrado com o objetivo de impedir sua posse e a de membros de seu partido político, marcada para 14 de janeiro de 2024.Playvolume

Com informações da agência EFE e JP

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