Por Olívia Coutinho
Hoje, a Igreja celebra o martírio de João Batista, o único santo, cujo os dois nascimentos são celebrados: o nascimento para a vida terrena (24/06) e o nascimento para a vida eterna (29/08).
O evangelho anunciado nesta celebração, narra o martírio de João Batista, uma cena dura de se imaginar, mas que nos traz grandes exemplos de quem vai até as últimas consequência em nome da verdade. O texto, chama a nossa atenção sobre a importância de vivermos uma fé alicerçada na verdade, de nos mantermos fieis a Jesus, mesmo quando formos confrontados pelos opositores ao projeto de Deus… João Batista, morreu porque disse a verdade a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.” Esta advertência de João, causou um grande incômodo a Herodes, principalmente à sua mulher com quem ele vivia ilegalmente. Transtornada pelo o ódio, Herodíades, procurava uma forma de se vingar de João Batista e para alcançar o seu intento, ela não teve escrúpulos de usar a própria filha, como cúmplice daquele bárbaro assassinato. Herodes, cedeu aos caprichos de Herodíades, permitindo que o mal se apossasse dele e assim, mandou degolar o profeta. O problema de Herodes, não era com a pessoa de João Batista, o que o incomodava, era a verdade que ele pregava. Como sabemos, a verdade incomoda os que querem permanecer na mentira e como não se tem meios de eliminar a verdade, o incomodado, acredita, que eliminando o denunciante, ele irá calar a sua voz, o que é um grande engano, pois nem a morte faz calar a voz do profeta! O profeta morre, mas suas palavras permanecem no mundo. Os que detêm o poder, assim como Herodes, continuam não suportando a verdade, porque vivem mergulhados na mentira e nós, como seguidores de Jesus, não podemos compactuar com tantas mentiras, com tantas trapaças por medo das perseguições. Tenhamos coragem de denunciar, não podemos calar diante as injustiças e se formos perseguidos, por denunciar essas injustiças, não nos entristeçamos, sintamos confortados com esta bem-aventurança: “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10).
Ter consciência da importância do seguimento à Jesus, a maioria de nós temos, mas a dificuldade em viver a radicalidade deste seguimento, nos impede de avançar… Às vezes, até damos alguns passos neste seguimento, mas recuamos, mediante as críticas que vamos recebendo devido ao nosso modo diferente de viver, um jeito não compatível com os padrões estabelecidos pela a sociedade. A sociedade ridiculariza quem fundamenta sua vida nos valores do evangelho, nos impõe modelos de vida, que foge a esta verdade. Os que resistem a esta imposição do mundo, são descartados e muitas vezes perseguidos. Essas perseguições dos dias de hoje, são as mesmas do tempo de Jesus, tanto João Batista quanto o próprio Jesus, sofreram terríveis perseguições por abraçar o projeto de Deus, mas preferiram ir até as últimas consequências, a se acovardarem diante as forças contrárias ao evangelho.
Se queremos de fato, entrar na vida eterna, precisamos pautar a nossa vida, no exemplo de Jesus e de João Batista, não cedermos aos mecanismos usados pelo o mundo atual que não prioriza a vida.
Na nossa caminhada missionária, tomemos o exemplo de João Batista: Como profeta, ele teve encontros e desencontros, nos encontros, João anunciava, nos desencontros ele denunciava…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho