O “Cacao swollen shoot virus” (CSSV) é uma praga que causa sérios danos econômicos na cultura de cacau na África Ocidental. Possui numerosos variantes, sintomatologicamente distintos, e um número restrito de hospedeiros, sendo transmitido por 14 espécies de cochonilhas que retêm o vírus por algumas horas. Com a doença, as folhas apresentam manchas amareladas entre as partes sadias da planta, lembrando o formato de um mosaico. Além disso, ficam retorcidas, enrugadas e com tamanho reduzido. Os frutos apresentam sintomas semelhantes, ou seja, com deformações, manchas amareladas, tamanho reduzido e presença de verrugas.
Uma cepa do vírus “mosaico do cacau” foi identificada em amostras de plantas de cacau na região sul da Bahia, tendo a confirmaçao da Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), depois de testes realizados fora do Brasil. Segundo a Ceplac, a praga causou sérios danos econômicos na cultura de cacau de outros países, o que deixa produtores da região sul baiana preocupados.
O produtor de cacau, Guilherme Galvão, e o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Cacau e Chocolate, Henrique Almeida, informaram que visitaram algumas áreas de jardins clonais no CEPEC- Centro de Pesquisas do cacau, hoje Centro Profissional de Educação Continuada, na Ceplac, e se depararam com o que parecia ser uma doença viral nas plantas. Questionados por ambos, pesquisadores daquele Centro, confirmaram se tratar de uma praga transmitida por um vírus, popularmente conhecido como “mosaico do cacau”. Clique no link abaixo e veja o que dizem o produtor de cacau, Guilherme Galvão, e o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Cacau e Chocolate, Henrique Almeida, em entrevista concedida ao Bahia Hoje:
https://globoplay.globo.com/v/11894464/
A Ceplac disse que teve contato com um estudo, feito por uma multinacional, que identificou o vírus em propriedades do extremo sul em 2018. O resultado da pesquisa foi publicado em 2021. No entanto, nenhum alerta foi dado aos órgãos de defesa sanitária. Vejam a que ponto chegamos: detectou-se o virus em 2018 e somente 3 anos após– 2021 o resultado foi publicado. E mais: SÓ AGORA A CEPLAC SE PRONUNCIOU acerca do assunto.
O que deixa produtores preocupados, é a mameira de conduzir essa questão, que põe em risco toda a produção de cacau e, consequentemente, o grande impacto que uma ocorrência dessa magnitude, causaria à economia das regiões produtoras da Bahia e Espírito Santo. O que se espera do Órgão de representção da cacauicultura, são ações rápidas e muita agilidade no trato dessa doença danosa
globoplay.globo.com/v/11894464/: O PERIGO RONDA A PRODUÇÃO DE CACAU BRASILEIRA
2 comentários
Esse órgão chamado CEPLAC, já passou de ser extinta. Só tem preguiçosos e oportunistas.
Não tiveram competência pra combater a vassoura de bruxa, imagine essa!!
Chegou-se a isso pelo desprezo e sucateamento que os governos federais deram a CEPLAC e a Cacauicultura, preferindo assistir as culturas de soja, milho, algodão,…e a pecuária de corte. O governo recém findo, chegou ao ponto de retirar da CEPLAC a ATER do cacau e transferindo 700 funcionários, inclusive pesquisadores de mais de 30 anos de experiência, para outros orgãos.
É bom que se diga que a última admissão de funcionário permitida pelo MAPA foi no ano de 1987 e que seu orçamento era reduzido ano a ano.
Existe o PL4107/19 aprovado no Senado que encontra-se “dormindo” na Comissão de Agricultura da Câmara Federal a fim de ser aprovado tal qual recebeu do senado, que pode sooerguer a combalida CEPLAC