Prefeitura de Itabuna embarga obra comunitária no Nova Califórnia

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No bairro Nova Califórnia, em Itabuna, uma situação de tensão se desenrolou na tarde deste domingo (13). O prefeito Augusto Castro ordenou o embargo de uma praça pública que estava sendo construída pelos moradores da localidade. Essa decisão inesperada gerou grande indignação e revolta entre os envolvidos no projeto comunitário, que buscavam melhorar a infraestrutura do bairro. A construção da praça no bairro Nova Califórnia era uma reivindicação antiga dos moradores. Com a falta de iniciativas por parte da prefeitura em relação ao local, os próprios moradores decidiram tomar a iniciativa de construir um espaço de lazer e convívio para a comunidade. O projeto teve início como uma resposta à negligência do poder público em atender às necessidades da comunidade. A praça, além de suprir uma lacuna deixada pela prefeitura, visava oferecer um ambiente agradável para os moradores se reunirem, brincarem e se divertirem. Com a mão de obra voluntária dos próprios moradores, o local estava sendo transformado de forma colaborativa, utilizando recursos financeiros obtidos através de investimentos individuais. No entanto, a construção da praça foi interrompida de forma repentina na manhã do último domingo, Dia dos Pais. Os moradores foram pegos de surpresa com a ação de embargo ordenada pelo prefeito Augusto Castro. O projeto, que contava com a participação ativa da comunidade, foi paralisado sem nenhum aviso prévio. A decisão do prefeito gerou intensa controvérsia e revolta entre os moradores envolvidos no projeto. Muitos deles expressaram sua frustração diante do aparente desinteresse da prefeitura em atender às necessidades da comunidade. A obra representava um esforço genuíno dos moradores para melhorar o próprio entorno, suprindo uma lacuna negligenciada pelo poder público. Contudo, um fato inusitado chamou atenção dos moradores da localidade. O embargo da obra foi realizado pelo engenheiro Joaquim Rodrigues Filho, chefe do Departamento de Controle do Solo de Uso Urbano (DCOUS), velho conhecido da política regional. Em 2013, Joaquim foi indiciado por estelionato e formação de quadrilha, onde segundo o Inquérito da Polícia Civil, houve indícios de que foi montado um esquema na Prefeitura de Ibirataia, durante a gestão Jorge Fair, para efetuar pagamentos a funcionários fantasmas e beneficiar os membros da quadrilha. Em Julho de 2019, A Juíza federal Karine Costa Carlos Rhem da Silva, titular da Subseção Judiciária de Jequié, julgou parcialmente procedente a denúncia para punição do Ex-Secretário Municipal de Ibirataia, por entender ter havido irregularidades em 11 contratos de licitação à época. O ex-secretário foi condenado há mais de 07 anos de reclusão e 05 anos de detenção, além de inabilitação pelo prazo de 05 anos para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação. Mesmo com esta condenação, Joaquim assumiu o cargo de chefe do Departamento de Controle do Solo de Uso Urbano (DCOUS) em 2021, início da gestão do então prefeito Augusto Castro. Nesse sentido, ficou o questionamento: Como um funcionário condenado pela justiça por crimes praticados em outro município estaria exercendo um cargo por nomeação na cidade de Itabuna, visto que o mesmo esteja condenado e proibido de assumir tal função? (Giro na Bahia)

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