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MENSAGEM DO DIA: “NÃO É O QUE ENTRA PELA BOCA QUE TORNA O HOMEM IMPURO..”

por Ornan Serapião
6 minutos para ler

Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho

Estamos no mês vocacional, sendo chamados a vivermos bem a nossa vocação, estando no lugar onde Deus nos plantou para produzir frutos!

Deixamos de viver bem, a nossa vocação, quando nos ocupamos com os pormenores, coisas insignificantes que não acrescentam nada na nossa vida.

Temos a tendência de observar o outro e esta nossa observância, quase sempre, é no sentido depreciativo. Enquanto nos ocupamos, em buscar defeito no outro, deixamos de cuidar do nosso interior. E assim, vamos perdendo a capacidade de ver além das aparências, de enxergar as pessoas na sua essência, de conhecer o que há de bom nelas.

A palavra de Deus, que nos é apresentada no evangelho de hoje, vem nos alertar, sobre o perigo que corremos, de desprezarmos o principal, de deixarmos de lado os verdadeiros valores, para nos submeter às normas, rituais vazios, que nada significam, pois não nos levam a Deus…

O texto nos fala de mais um confronto dos fariseus e alguns doutores da lei com Jesus. Fariseus e doutores da lei, haviam vindo de Jerusalém com um único objetivo: investigar Jesus, descobrir que tipo de ensinamento Ele estava passando para os seus discípulos e se Ele estava incitando o povo à não-observância das Leis, o que seria um motivo para incriminá-lo. Para essas “autoridades” os ensinamentos de Jesus, não enquadravam com os padrões religiosos já estabelecidos por eles. Criticar os discípulos de Jesus, por eles não lavarem as mãos antes das refeições, era apenas um pretexto para incriminar Jesus, alegando que Ele estava infringindo as leis.

Para os fariseus e mestres da lei, religião era cumprir preceitos, normas, rituais, que aos olhos de Deus não acrescentam nada. Eles colocavam pesados fardos nos ombros das pessoas, mas eles mesmos, não cumpriam a lei principal, que é a lei do amor, eles não agiam com misericórdia. Atrás de uma falsa pureza, fariseus e mestres da lei, escondiam a dureza de seus corações. Fechados numa mentalidade egoística, eles eram incapazes de cultivar o amor, a misericórdia em seus corações.

Podemos perceber, que todo aquele que aproximava de Jesus com o intuito de desmascará-lo, acabava sendo desmascarado por Ele: “Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro”. É o mal que sai do coração, que provoca desordem que prejudica a vida do homem.

Ao meditar este texto, nos vem um questionamento a respeito da nossa fé e da nossa vivencia religiosa: existe coerência entre o que falamos e o que vivemos?

Muitas vezes, condenamos as atitudes dos fariseus e mestres da lei que tanto perseguiram Jesus, mas será que não estamos tendo atitudes semelhantes as deles? Será que ao invés de estarmos nos ocupando em cumprir preceitos, rituais, em observar a falha do outro, não deveríamos estar nos ocupando no cuidado com a vida? É importante termos em mente: Deus não nos olha externamente, para Ele, não importa a nossa cor, a nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que somos interiormente, o que cultivamos de bom no nosso coração!

De nada adianta nossos atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente. Aos olhos de Deus, a prática exterior só tem sentido, se ela for uma expressão do que realmente cremos e vivemos, do contrário, elas não passam de práticas vazias que nada significam, são apenas fachada…

A lei maior, é a lei do amor, vivendo-a, revelamos o Deus que habita em nós…

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

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