Um novo estudo conduzido com 8.896 idosos no Japão apontou que idosos que vivem isolados socialmente e interagem raramente com amigos e familiares têm maior perda do volume cerebral e sintomas de depressão, enfermidade que, a longo prazo, aumenta as chances e o risco de doenças neurodegenerativas, a exemplo da demência. O estudo foi publicado pela revista Neurology e pela Academia Americana de Neurologia, com apoio da Agência Japonesa para Pesquisa Médica e Desenvolvimento na última quarta-feira (12). Os cientistas concluíram o estudo após analisarem exames de ressonância magnética neurológica de aproximadamente 10 mil idosos que participaram da pesquisa, que avalia os fatores de risco para a doença neurodegenerativa avançada. Os pesquisadores analisaram idosos com idade média de 73 anos que não sofriam de demência. Os voluntários fizeram exames cerebrais de ressonância magnética e responderam perguntas do tipo “ com que frequência você está em contato com parentes ou amigos que não moram com você”, dentre outras. Os idosos que relataram ter menor quantidade de contato com familiares e amigos, tinham um volume cerebral significativamente menor do que aquelas com mais conexões. Os que apresentaram menos contato social, registraram ainda um menor volume no hipocampo e amígdala, que praticam uma importante função na memória e são afetados pela demência. No conjunto de idosos com menor contato, a soma das substâncias que formam a massa encefálica, em relação ao volume intracraniano total (que inclui cérebro, meninges e líquido cefalorraquidiano) foi de 67,3%. Já na junção de pessoas com maior contato, o valor chegou a 67,8%. Apesar de menor, a variação foi considerada significativa pelos cientistas.(BN)
Isolamento e solidão podem ocasionar perda de volume cerebral de idosos, aponta estudo
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