Parceria prevê uso do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários em hospitais da rede estadual e municipal
O Ministério da Educação, o Ministério da Saúde e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) formalizam nesta quinta-feira (13/7) um acordo de cooperação para o uso do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários em hospitais da rede estadual, municipal e também aqueles ligados a universidades públicas.
Feita com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a parceria é considerada um passo importante para expansão dos prontuários eletrônicos na rede hospitalar. A demanda é antiga e apontada como essencial para reduzir o desperdício, melhorar a resolutividade e a qualidade do atendimento dos pacientes.
Atualmente, prontuários estão disponíveis em cerca de 80% dos serviços de atenção primária. Mas para que haja efetividade do recurso é essencial que a rede toda esteja conectada — e isso inclui hospitais.
Diretor de tecnologia da EBSERH, Giliate Coelho, explicou ao JOTA como a colaboração irá se dar. A partir do acordo, uma comunidade será criada para que o aplicativo de gestão hospitalar e prontuário eletrônico desenvolvido pela EBSERH passe a ser usado pelas secretarias municipais e estaduais de saúde.
“O sistema será desenvolvido pela EBSERH, de forma colaborativa com secretarias. O Ministério da Saúde assumirá o suporte à implantação do sistema”, afirmou Coelho.
As negociações andaram de forma rápida nos últimos meses e o avanço foi antecipado aos assinantes do JOTA em abril. De acordo com o diretor da EBSERH, 77 hospitais já estão na fila para iniciar o uso do sistema. Para o uso do aplicativo, os hospitais não vão precisar fazer modificações. “A distribuição será feita aos poucos, na medida em que o suporte do Ministério da Saúde se ampliar”, completou.
Como o JOTA mostrou, aplicativo da EBSERH é usado desde a criação da estatal. Ele foi desenvolvido no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, internalizado pela EBSERH e adotado pelos 41 hospitais que integram a rede.
Ao todo, são 25 milhões de pacientes cadastrados. Os dados são usados por 50 mil servidores, com 3 milhões de acessos por mês. “Uma das grandes vantagens é a de que a instalação é local. Com isso, se houver um problema (uma invasão, por exemplo), ele não atinge toda a rede”, disse Coelho. (jota.info)