A OceanGate suspendeu todas as expedições ao Titanic por um prazo indeterminado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 6, duas semanas após o Titan, submersível da empresa que levava os turistas para ver os restos do navio mais famoso do mundo, implodir e matar as cinco pessoas que estavam dentro, entre outros, o diretor-executivo da empresa, Stockton Rush. A OceanGate Expeditions cobrava US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão, na cotação da época do acidente) por um assento em seu submersível, mas preocupações antigas sobre suas políticas de segurança vieram à tona após a implosão. Autoridades das guardas-costeiras dos Estados Unidos e do Canadá abriram investigações para averiguar as causas da tragédia, que ocorreu depois que o Titan perdeu contato com a superfície cerca de uma hora e 45 minutos após submergir. Na semana passada, especialistas recuperaram supostos restos humanos dos destroços do submersível, que foi encontrado no fundo do mar e levado para o porto de St. John’s, em Newfoundland, leste do Canadá. A bordo da embarcação que desapareceu no dia 18 de junho, também estava a bordo o explorador britânico Hamish Harding, o submarinista francês Paul-Henri Nargeolet, e o magnata britânico de origem paquistanesa Shahzada Dawood, acompanhado de seu filho, Suleman. Supõe-se que os cinco tenham morrido instantaneamente quando o Titan, com tamanho aproximado a um veículo utilitário, implodiu ao não suportar a pressão durante a imersão no Atlântico Norte a aproximadamente quatro quilômetros de profundidade. Um campo de destroços foi encontrado no leito marinho, a 500 metros da proa do Titanic, que se encontra a cerca de 650 km da costa de Newfoundland. Em sua época considerado um transatlântico indestrutível, o Titanic naufragou após atingir um iceberg em abril 1912, em sua viagem inaugural da Inglaterra para Nova York, com 2.224 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Mais de 1.500 pessoas morreram na tragédia. Seus destroços foram encontrados em 1985 e a carcaça se tornou um atrativo para especialistas náuticos e turistas subaquáticos.
Com informações da AFP e JP