No sábado, 6, acontecerá a coroação de Charles III, a primeira no Reino Unido em 70 anos. Para participar deste momento, uma série de lideranças mundiais foram chamadas. Ao todo, haverá cerca de 2.000 convidados, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já confirmou presença e deve embarcar nos próximos dias. Apesar de alto número na lista de entrada, a quantidade é menor do que a registrada na coroação de Elizbeth II, mãe do atual monarca, quando 8.000 pessoas lotaram a Abadia de Westminster, em 1953. O príncipe Harry, filho mais novo do rei, que se distanciou da maioria dos membros de sua família após renunciar ao cargo e criticar publicamente a monarquia, confirmou que comparecerá após meses de negociações com o Palácio de Buckingham. Ele não estará acompanhado de sua esposa Meghan, que ficará na Califórnia com seus filhos. Também confirmaram presença Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, os chefes de Estado da França, Emmanuel Macron, da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Polônia, Andrzej Duda, e das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr, além do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak e sua esposa, Akshata Murthy.
Foram chamados membros de outras monarquias como os reis Felipe VI e Letizia, da Espanha, príncipes Federico e Maria, da Dinamarca, príncipes Fumihito e Kiko, do Japão, príncipes Albert II e Charlene, de Mônaco, rei Abdullah II e rainha Rania, da Jordânia. Representantes da sociedade civil britânica homenageados pela monarquia também vão estar presentes. Entre eles está o estudante inglês Max Woosey, que dormiu em uma barraca em seu jardim durante três anos para arrecadar dinheiro para caridade, e Richard Thomas, que entregou milhares de medicamentos a doentes durante os confinamentos da Covid-19, além de 400 jovens de organizações apoiadas pela família real, cerca de 80 membros das câmaras baixa e alta do Parlamento britânico, e Tom Parker Bowles e Laura Lopes, filhos do primeiro casamento da rainha Camilla.
Não vai comparecer ou não foi convidado
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, será representado por sua esposa, a primeira-dama Jill Biden. De acordo com autoridades britânicas e americanas, isso está de acordo com o precedente, já que nenhum presidente dos EUA jamais compareceu à coroação de um soberano britânico. A Casa Branca insistiu que a ausência de Biden, conhecido por suas raízes irlandesas, “não é uma desconsideração”. Disse que o presidente e o rei têm um “bom relacionamento”, e Biden aceitou o convite de Charles para fazer uma visita de Estado ao Reino Unido. A maioria dos duques britânicos costumava comparecer vestida com trajes de coroação, mas foi afetada pelo desejo de Charles III de que a lista de convidados fosse “meritocrática, não aristocrática”.
O duque de Rutland expressou sua decepção ao jornal Daily Mail. “Foram famílias como a minha que sustentaram a família real por mais de 1.000 anos”, disse. As esposas dos parlamentares britânicos também não foram convidadas. Sarah Ferguson, ex-mulher do príncipe Andrew, irmão do rei, com quem ainda mora na propriedade da família real em Windsor — e que repetidamente envergonhou a monarquia —, também não recebeu convite. Lady Pamela Mountbatten, filha do tio-avô e mentor de Charles III, o conde Mountbatten de Mianmar, que foi dama de honra no casamento de Elizabeth II com Philip em 1947, também não comparecerá. Com Jovem Pan.