Negociações do tipo geralmente levam meses, mas as autoridades suíças arquitetaram o acordo e pressionaram o grupo UBS para evitar que a crise de confiança no Credit Suisse gerasse ainda mais instabilidade no mercado financeiro
Na tentativa de acalmar os ânimos do mercado global, o grupo suíço UBS fechou acordo neste domingo, 19, para o resgate do Credit Suisse, seu concorrente. De acordo com o Financial Times, o valor a ser pago será de US$ 3,25 bilhões. O banco central suíço vai fornecer liquidez substancial à instituição que resultar da fusão entre os bancos, segundo a agência Reuters, que também afirma que o grupo UBS concordou em assumir até US$ 5,4 bilhões em perdas durante a aquisição da instituição rival. Negociações do tipo geralmente levam meses, mas as autoridades suíças arquitetaram o acordo e pressionaram o grupo UBS para evitar que a crise de confiança no Credit Suisse gerasse ainda mais instabilidade no sistema financeiro. A Reuters ainda diz que a expectativa é de que o acordo seja concluído até o final deste ano. O Credit Suisse está entre os 30 maiores bancos do mundo, e a forte queda das ações na última semana assustou o mercado, já fragilizado pelas crises em grandes instituições dos Estados Unidos. A princípio, o Financial Times havia anunciado que o grupo UBS compraria o Credit Suisse por US$ 1 bilhão, mas depois foi divulgado que a oferta foi elevada para mais de US$ 2 bilhões. De acordo com o Financial Times e o Blick, os clientes do banco sacaram 10 bilhões de francos suíços em depósitos em um único dia no final da semana passada, mostrando a desconfiança em relação ao Credit Suisse.