Por Olívia Coutinho
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, começa dizendo, que Jesus entrou de novo na sinagoga em dia de sábado, chamado pelos os judeus, de: “o dia do Senhor,” dia, em que segundo a lei judaica, ninguém podia fazer nada. Estava, ali, na sinagoga, um homem que tinha a mão seca e alguns adversários de Jesus. Estes, não estavam ali, para ouvir Jesus e sim, para investiga-lo, observar se Ele iria curar aquele homem em dia de sábado, o que para eles, seria visto como uma infração gravíssima, motivo mais do que suficiente para acusá-Lo. Ignorando uma lei judaica, Jesus, na sua sensibilidade, chama o homem da mão seca para o meio e, direcionando o seu olhar para aqueles que o observava, começa à questiona-los: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixa-la morrer? Mas eles nada disseram. Jesus então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem:” “Estende a mão.” Ele a estendeu e a mão ficou curada.” A cura deste homem, que tinha a mão atrofiada, num dia de sábado, serviu de pretexto para que os adversários de Jesus, que procuravam sem sessar um motivo para acusa-Lo, se unissem aos partidários de Herodes para tramar a sua morte. Fariseus e o partido de Herodes eram grupos rivais, eram as lideranças do povoado da Galileia. Ao se sentirem ameaçados de perderem o poder para Jesus, esses homens abriram mão de suas diferenças, para se unirem ao partido de Herodes com um só objetivo: eliminar Jesus, tirá-lo do caminho deles. Descumprindo uma lei judaica, que proibia qualquer atividade em dia de sábado, Jesus contraria aquela sociedade legalista, que colocava as leis acima da vida, ao contrário da sua proposta libertadora que colocava a vida acima de tudo. Neste Episódio, Jesus reafirma, que o sábado, só poderia ser considerado o “dia do Senhor” se as pessoas, neste dia, se comprometessem com a defesa da vida… Com essa sua ação libertadora, Jesus continua insistindo em mudar as estruturas de morte, ou seja, as estruturas opressoras regidas por leis inoperantes que só gerava e continua gerando excluídos. Chamando um homem excluído, ou seja, o homem que tinha a mão seca, para o meio, Jesus coloca diante do povo, um problema que até então, estava oculto, evidenciando o seu projeto de vida, que tem como prioridade a recuperação e a dignidade dos marginalizados, tirando-os das margens e os colocando no meio, ou seja, inserindo-o no convívio social… Como continuadores da presença de Jesus aqui na terra, temos que ter o cuidado de não deixarmos contaminar pela mentalidade farisaica, de não nos envolvermos com uma religião que endureça o nosso coração a ponto de sermos como os fariseus, apenas cumpridores de leis… Uma religião que não favorece a vida, não liga Deus…`
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho