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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um pronunciamento emocionado, nesta última sexta-feira (30) do ano.
O chefe do Executivo Nacional divulgou o saldo positivo de sua gestão à frente do país, criticou os novos ministros de Lula, disse que o Brasil enfrentaria grandes desafios pela frente e encorajou a população a ser oposição no governo de Lula (PT).
“Nós vencemos esses quatro anos com saldo bastante positivo, mesmo com os problemas que tivemos. […] Levamos a paz ao campo. Nosso decreto de armas, que estão dizendo que vai ser revogado, foi uma das ações responsáveis por passar de 60 mil mortes por ano para 40 mil”, informou.
O presidente detonou a imprensa e lembrou as medidas arbitrárias do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quando levei facada por um militante do Psol, a imprensa não levou para o lado político. Hoje em dia, se alguém faz alguma coisa fora da lei, é bolsonarista (…) Nada justifica essa tentativa de um ato terrorista aqui na região do aeroporto”, destacou.
“Eu passei quatro anos mostrando a importância da liberdade para a democracia”, declarou.
“Infelizmente, alguns não entendem a importância da liberdade de expressão. Alguns outros aplaudem quando alguém perde a sua liberdade. Eu vejo hoje uma nação que está com medo de mandar um zap”, acrescentou.
Em relação às manifestações que pediam intervenção federal ou das Forças Armadas para impedir Lula de assumir o cargo, Bolsonaro sugeriu que não houve adesão de todas as autoridades competentes.
“Vocês também sofreram. Sofrem agora. Alguns podem estar me criticando. Mas, eu não posso fazer algo que não seja bem feito e os efeitos colaterais sejam danosos demais. Tudo não é questão de um país. Tudo que um país faz tem reflexo no mundo todo. Jamais esperava chegar aqui. Se cheguei, tem um propósito. No mínimo, atrasar quatro anos o nosso país de entrar nessa ideologia nefasta da esquerda”, salientou.
Por fim, o atual presidente deixou uma mensagem de conforto aos apoiadores.
“O Brasil não irá acabar dia 1º. O Brasil não sucumbirá. Acreditem em vocês. Perde-se a batalha, mas não perderemos a guerra. O quadro que está na frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que nós vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar, deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento”, encorajou.
Bolsonaro não fazia comentários em público desde o fim das eleições presidenciais em 31 de outubro. Ele viaja para os Estados Unidos nas próximas horas, onde passará 30 dias descansando. O líder da direita no Brasil decidiu não passar a faixa presidencial para o ex-condenado da Lava-Jato.
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