Simone Tebet fez seu último discurso como senadora nesta quinta-feira (15), o cargo que ocupou nos últimos 8 anos, em mandato único. A cena, em plenário, foi deprimente, falando praticamente sozinha, sem a atenção de seus colegas, muitos reeleitos ou na metade do mandato, mais preocupados com o início do recesso, marcado para 23 de dezembro. Após uma participação vexatória na malfadada CPI da Pandemia, em maio de 2022, a política do Mato Grosso do Sul resolveu se lançar para a disputa presidencial. Seguindo o que havia feito no colegiado que ‘investigou’ os atos do governo federal durante o período do “fique em casa e a economia a gente vê depois”, ela optou por manter a linha de ataques e falsas narrativas contra o presidente Jair Bolsonaro. Derrotada, fez o que nem mesmo o seu reduzido eleitorado, de ampla maioria conservadora, poderia imaginar, e optou por apoiar o ex-presidiário Lula. O mesmo que ela havia “detonado” em seus oito anos no senado, apontando os crimes e desvios… atos de corrupção sem fim, com condenações e prisões. Era uma aposta alta, na certeza de que prosseguiria no cenário nacional em caso de vitória do petista, levando como prêmio um expressivo cargo no alto escalão do poder executivo. Sonha com a pasta de Desenvolvimento Social, de grande status, por comandar o Bolsa Família e um orçamento ‘inchado e estratégico’. Porém, encontrou uma forte resistência, praticamente intransponível: Janja. Talvez por ser considerada uma ‘conservadora’ em ambiente progressista – uma penetra – onde o que é dito, na maioria das vezes, faz doer os ouvidos de quem não está acostumado.
“Não sei para onde a vida me levará” disse Tebet, em determinado momento de seu discurso.
Um futuro incerto, talvez o fim da carreira política, reflexo de suas escolhas erradas e de suas “traições”…
Em seu estado, “não se elege mais nem para síndica”, dizem alguns.
Mario Abrahão. Jornalista.
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