Durante todo o seu governo, nosso Presidente falou com a nação quase que diariamente.
Nas chegadas e saídas, nas concorridas “lives” das quintas-feiras, nas centenas de entrevistas que deu, nos “podcast’s”, nas motociatas, nas cerquinhas do Palácio.
Enfim, estamos acostumados com um líder que sempre foi franco, claro e objetivo.
Agora, passadas duas semanas das eleições, o Presidente guarda um silêncio absoluto.
Falou uma única vez e ainda não disse claramente ter aceitado o resultado das urnas.
Em contrapartida milhões de brasileiros seguem pacífica, ordeira e democraticamente nas ruas, exigindo: transparência na apuração dos votos com a entrega pelo TCE dos códigos fontes dos sistemas de contagem dos votos; o fim da censura, do cerceamento da liberdade de expressão; o fim das prisões políticas e do ativismo judiciário do STF e do TSE.
Lula, por sua vez, ainda sem ter sido sequer diplomado, se porta como se já fosse o presidente da República e é recebido festivamente pelo STF.
Tudo muito estranho.
Os Chefes militares das Forças Armadas emitem uma nota lida por um General, dizendo que é direito da Nação protestar e fazer manifestações pacíficas e ordeiras, e que qualquer ato que impeça esse exercício de cidadania é ilegal.
Independentemente da fala do Presidente o povo seguirá nas ruas, praças e avenidas e organiza uma das maiores manifestações populares da nossa história republicana, programada para o feriado da Proclamação da República, no próximo dia 15.
Ante a vergonhosa tentativa do consórcio da mídia esquerdista brasileira de esconder os fatos, o mundo já sabe o que está ocorrendo no Brasil.
Então é de se indagar: não seria hora do Presidente vir à publico e falar para seus 60 milhões de eleitores que constituem sua base política, sólida, atenta e participativa?
Nem que seja para dar uma palavra de solidariedade aos seus, afastando o medo e a insegurança de quem o apoia!
Talvez Bolsonaro tenha alguma estratégia ou siga alguma tática.
Mas o líder que escolhemos deve exercer o dever e o direito de liderar!
E se pode fazê-lo pela própria voz, que o faça!
Sem intermediários, a voz de nenhum porta voz é a voz do Presidente!
Ainda que seja – no que jamais vou acreditar – para dizer aos seus que aceitou o resultado das urnas nas condições como ocorreram.
Ou para dizer que não aceita, expondo os muitos motivos que têm para não aceitar os resultados enquanto a liberdade e a censura não forem extintas no país; e enquanto a Nação não tiver segurança e confiança que a eleição foi limpa!
Ou para dizer que nunca seremos submetidos sob qualquer condição a um regime de força ou de exceção de quem quer que seja!
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Por Luiz Carlos Nemetz
Editorialista do Jornal da Cidade Online. Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz