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OPINIÃO: Felipão e Neymar dão às costas para a Globo e despedida de Galvão começa a ficar “dramática”

por Ornan Serapião
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Foto Reprodução/Internet
Foto Reprodução/Internet

Galvão Bueno nunca escondeu ser egocêntrico.

Mesmo assim, o narrador esperava reconciliações emocionantes e gravadas por várias câmeras, lógico, na sua despedida da Globo.

Irredutível, Felipão disse não. E Neymar, ainda magoado, também caminha para recusar.

Com a aposentadoria de Galvão – e virtual recusa de estrelas do futebol a participar da sua despedida – fecha-se um ciclo. O da ‘Globo toda poderosa’ que alçava à fama ou destruía uma reputação a seu bel prazer. E sem consequências. Bastava uma matéria maquiavelicamente editada no Jornal Nacional para se decidir uma eleição presidencial.

Ou, quando o inimigo se mostrava resiliente, um Globo Repórter para implodir a carreira de alguém ou a imagem de uma empresa. Esse tempo passou e com ele o tempo de Galvão.

A longa carreira de Galvão começou em 1981 na emissora carioca. Aos 72 anos, “em comum acordo”, deixará de narrar jogos pela emissora. Foram 41 anos intensos, nos quais foi a voz da emissora no esporte, principalmente no futebol. Narrou conquistas, derrotas. Fez amigos e inimigos, muitos inimigos.

A Globo decidiu fazer uma série de despedida de Galvão Bueno, que narrará seus últimos jogos na Copa do Mundo do Catar. Em episódios, mostrará a sua trajetória. E para dar um “molho especial”, se tornar mais chamativa, despertar atenção, nasceu a ideia de reconciliações no ar.

Pelo jeito, a tática deu completamente errada…

“Haja coração!”

Por Eduardo Negrão, Consultor político e autor de “Terrorismo Global” e “México pecado ao sul do Rio Grande” ambos pela Scortecci Editora.

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