MENSAGEM DO DIA: MINHA MÃE APARECIDA!

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Por Olívia Coutinho

Nossa senhora de Fátima, de Lurdes, da Boa Viagem, são tantos os seus títulos, mas eu a conheci, como minha Mãe Aparecida! Lembro-me bem, era ainda bem pequenina quando via mamãe rezar, em frente a uma imagenzinha de cor negra! Eu não entendia nada de fé, mas que eu tinha duas mães, isto eu sabia, uma na terra, outra no céu!

Todos os dias, as quinze horas, mamãe reunia a criançada lá na sala, para rezarmos juntos, a consagração a Nossa Senhora Aparecida! Em frente a um rádio grande e a uma imagenzinha da Mãe Aparecida, todos nós, de mãozinhas postas, rezávamos juntos com o padre lá de Aparecida! Eu não entendia bem as palavras, mas sabia que era preciso rezar, rezar muito, mamãe sempre nos dizia isto! Depois da consagração, mamãe repartia conosco, a água benta, ela dizia, que bebendo daquela água, a gente ia crescer bem forte! Por volta dos meus seis anos, eu comecei a compreender a importância da Mãe Aparecida na vida da gente. Ao debruçar no parapeito da escada lá da minha casa, eu cai, numa altura de mais de três metros e o pior, sobre um monte de pedras pontiagudas. Minha mãe só teve tempo de dizer: Nossa Senhora Aparecida! E eu, não tenho dúvida, que a minha Mãe Aparecida, me segurou em seus braços, pois após a queda, eu levantei sozinha sem nenhum arranhão.

Passado algum tempo, meus pais me levaram lá em Aparecida e a mamãe, agradecida por esta tão grande graça alcançada, não conseguiu conter as suas lágrimas, diante à imagem milagrosa da nossa Mãe Aparecida.

Meus pais tinham o costume de nos levar, vez por outra, lá no Santuário da Mãe Aparecida! É verdade, que o que eu gostava mais, era de ganhar as bonecas que o papai me mandava escolher lá na feira, mas eu percebia, que era importante rezar diante aquela imagem, até mesmo para agradecer, por o meu pai, ter o dinheiro pra comprar as minhas bonecas…

Tive uma infância num ambiente de muita oração, lá em casa, a gente respirava a rádio Aparecida, decorávamos até as propagandas, praticamente, o dia inteiro, ouvíamos falar de Deus e da nossa Mãe Aparecida! Todas as noites, a família reunia lá na sala pra rezar o terço e aos domingos, a longa caminhada até a Igrejinha do Rosário, onde participávamos da festa mais bonita dos cristãos: A Eucaristia!

Quando eu tinha quinze anos, veio a dor, minha mãezinha, com apenas 35 anos, partiu deste mundo, deixando seus dez filhinhos, ainda bem novinhos, aos cuidados da mãezinha do céu! O rádio grande, de onde eu escutava falar da Mãe Aparecida, estragou e eu perdi o contato com tudo que falava dela!

Pelas longas as estradas da vida, eu nunca esqueci de Nossa Senhora, mas sob o título de minha Mãe Aparecida, andei um pouco distante. Porém, o amor nunca morre, ele apenas adormece, é como brasa no meio das cinzas, basta um sopro, e a chama reacende! Foi o que aconteceu, um dia, num desses “acasos” da vida, conheci um missionário muito especial, alguém que falava da Mãe Aparecida com um carinho muito grande, com uma intimidade de filho muito amado por ela, seu nome era: Pe. Queiroz! Foi o sopro que faltava, para reacender em mim, o meu grande amor à Minha Mãe Aparecida, um amor, que começou a brotar em mim, quando eu ainda era bem pequenina e ainda não entendia a importância da fé na vida da gente.

Por minha mãe da terra, fui entregue aos cuidados da minha mãe do céu, em cada passo que eu dava, era nas mãos dela que eu segurara…

Hoje, vou seguindo o meu caminho, com sorrisos ou com lágrimas, vou feliz, pois me sinto protegida sob o manto da minha Mãe querida: A MINHA MÃE APARECIDA!

Texto de Olivia Coutinho