Efeitos da pandemia, guerras e secas derrubaram a produção com aumentos expressivos nos custos e, consequentemente, a expansão da fome no mundo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que 48 países, com a maioria na África, dependem de saídas emergenciais para garantir a subexistencia de parcela significativa de suas populações. O FMI aprovou empréstimos voltados a choques alimentares e avalia discutir com credores, explica economista do Banco Mundial, Otaviano Canuto. “O FMI e o Banco Mundial tentam criar fundos para financiar em ações de emergência para financiar importações de alimentos para esses países. E também, eventualmente, para ajudar a financiar programas domésticos em suporte à população em pior situação”, disse. O economista ressaltou que muitos países e credores podem prorrogar as dívidas, sem perdão dos valores envolvidos. O cenário de escassez de alimentos foi favorável ao agronegócio brasileiro. “Não estamos preocupados com balanço e pagamento dos brasileiros, até porque a conta corrente foi bem, o saldo comercial foi melhor que o esperado por conta dos preços. Para quem os alimentos constituem uma parte importante do orçamento familiar, esses sofreram bastante e só não foi maior por conta de mecanismos como o Bolsa Família e o Auxílio Brasil”, opinou.
JP com informações do repórter Marcelo Mattos