Em 1º de setembro, a vice-presidente sofreu um atentado a arma em frente da sua casa
A Justiça da Argentina indiciou nesta sexta-feira, 30, os jovens Nicolás Carrizo e Agustina Díaz como “participantes secundários” do “plano comum” para matar a vice-presidente Cristina Kirchner há um mês com os outros dois detidos pelo ataque, segundo a decisão à qual a Agência Efe teve acesso. A juíza federal María Eugenia Capuchetti ordenou sua prisão preventiva assim como fez com os outros indiciados: Fernando Sabag Montiel – o homem de nacionalidade brasileira acusado de ter tentado atirar na vice-presidente – e sua namorada, Brenda Uliarte. Os detidos são acusados de “planejar a tentativa premeditada de matar” Cristina em uma caso que está sendo tratado como tentativa de homicídio qualificado. Cristina Kirchner, que foi presidente entre 2007 e 2015, escapou ilesa em 1º de setembro de um ataque ocorrido em frente à porta do prédio de Buenos Aires onde mora, durante uma manifestação de simpatizantes que lhe expressavam apoio depois que um procurador pediu que fosse condenada a 12 anos de prisão por suposta corrupção. Sabag Montiel, de 35 anos, e Brenda, 23, são acusados de “coautoria” do ataque. Já Agustina Díaz, de 21 anos e amiga de Uliarte, é acusada de ter participado “prestando seu acordo e cooperação” no planejamento do ataque. Nicolás Carrizo, 27, conhecido como o chefe do “bando dos copitos”, como é chamado o grupo de vendedores de algodão doce, ao qual o brasileiro e sua namorada também pertenciam, é acusado de intervir “ativamente” no planejamento do ataque, fornecendo uma arma de fogo que acabou não sendo usada. Para a Justiça argentina, Agustina Díaz e Nicolás Carrizo devem responder como participantes secundários, depois de comprovado que não estiveram presentes no ataque, mas “confiaram sua execução” aos outros dois réus. “A análise global das conversas mantidas entre eles permitiu estabelecer que todos os acusados convergiram para o propósito de causar a morte da vice-presidente da nação, trocando opiniões sobre a forma como o ato deveria ser realizado”, detalha a acusação. (JP)