Início » OPINIÃO: A vingança contra o mentiroso contumaz: “Foi de lavar a alma ver Jair Bolsonaro jogando na cara de Lula tudo o que ele é…”

OPINIÃO: A vingança contra o mentiroso contumaz: “Foi de lavar a alma ver Jair Bolsonaro jogando na cara de Lula tudo o que ele é…”

por Ornan Serapião
10 minutos para ler
Imagem em destaque

Acabei de assistir ao debate de ontem, da Rede Globo, depois de encontrar o link na internet, considerando que não pude ver ao vivo, no horário em que passava. Resumidamente, de forma objetiva, tendo que falar sobre nomes que não gostaria, mas é que não podemos negar nossa realidade, que infelizmente é essa, no que se refere a pessoas que almejam chegar ao cargo de Presidente da República, passarei abaixo minhas impressões.

Separarei item por item, para melhor sistematizar e deixar claro o tópico abordado:

– Formato um pouco menos engessado do que o das outras emissoras, com os candidatos podendo falar livremente no centro da “arena”, por 3 minutos, o que melhorou um pouco a comunicação. Até William Bonner estava mais comedido, no seu papel de mediador, sem as “caras e bocas” que fazia nas entrevistas feitas no Jornal Nacional, o que fez com que as falas dos candidatos fluíssem melhor, mais livremente.

– Lula é um mentiroso contumaz, que todos sabemos que ele é. Mas além de mentiroso, ele subestima a população, ao tomá-la por ignorante, e incapaz de avaliar a realidade ao seu redor, não tendo a lembrança sobre o que ele (e o PT) fizeram.

Ao “vender” o país de nível suíço que ele disse que existia, e que foi (segundo ele) desmantelado, faz um papel ridículo, que é, aliás, exatamente aquele à sua altura mesmo. Até o bordão “nunca antes na história desse país” ele teve a petulância de usar, para dizer o que era o Brasil na sua época.

Acho que ontem nem mesmo para a sua própria militância Lula conseguiu falar. Terá um fim triste – para ele, mas feliz para nós, que finalmente nos livraremos, nas urnas, da pessoa mais maléfica que já ousou entrar na política no Brasil, em todos os tempos.

– Ciro Gomes age como o biruta de aeroporto, que vai para onde o vento o leva. Mas às vezes até que o vento o faz causar danos na candidatura de Lula, quando ele jogou na cara do ex-condenado os tais “conselhos” que deu em ações governamentais que não foram seguidas, e a corrupção desenfreada que o PT instaurou.

Se tivesse que avaliar o que significou isso tudo, no final, diria que Ciro conseguiu roubar votos de Lula, dividindo a esquerda.

– Simone Tebet: quem é essa? Mas serei justo. No final, teve sim uma função. Agiu como “sparring” para Jair Bolsonaro trazer à tona a questão do assassinato de Celso Daniel.

– Soraia finalmente foi desmascarada na sua hipocrisia, e mostrada ao eleitor como quem realmente é. Uma usurpadora na direita, eleita Senadora, em 2018, na base do estelionato para com a figura do próprio Jair Bolsonaro. Até a palavra “manterrupting” a dita-cuja usou, para dizer que estava sendo interrompida em certo momento do debate.

Uma esquerdista de mão cheia, que gosta de Estado grande, distribuindo cargos e recursos a todo vapor.

Infelizmente o Senador tem mandato de 8 anos, e ela ficará no Senado até 2026, senão eu poderia dizer que ela desapareceria, igual a Joice Hasselman.

– Sobre o candidato do Partido Novo, do jeito que ele ficou pedindo para votar nos candidatos do seu partido, e falando do governador Zema, candidato à reeleição em MG, vai acabar é tirando votos desse último. Isso porque o candidato do Partido Novo é um sujeito totalmente fora da realidade, e denota um desconhecimento grande sobre como funciona a política.

Mas no final agiu com honestidade intelectual, ao reconhecer os avanços do Governo Bolsonaro.

Se eu tiver que cravar algo, diria que ele fará menos do que o percentual pífio de Amoedo, em 2018.

– Padre Kelmon, do PTB, atuou com coragem, não se intimidando na hora das falas. O seu desconhecimento sobre como se portar em um debate é evidente, mas isso demonstrou uma autenticidade que no final foi o elemento mais importante para tudo o que foi dito pelo padre.

Abordou os males que a esquerda faz, a perseguição aos cristãos, e vários outros temas caros a todos nós, de direita. Sem precisar falar explicitamente, deixou claro no final que defendia, sim, o governo Bolsonaro.

Na verdade, tenho para mim que até esse padre no domingo votará 22, porque ele sabe que, como cristão, é a coisa certa a fazer.

– Jair Bolsonaro: o grande vencedor do debate. Equilibrado, abordando todos os temas que tinham que ser abordados, sendo atendido nos pedidos de resposta, e firme e incisivo especialmente com Lula e – por incrível que pareça – com a Senadora Soraia, ali candidata à presidência.

A política tem disso, existem coisas que nós, do lado de fora, não sabemos. Para Jair Bolsonaro esperar até agora, nos 45 min do segundo tempo, para desmascarar essa mulher, é porque a sua paciência com ela se esgotou. Ela poderia ter preservado um pouco da dignidade que lhe restaria e jogar o jogo político de estar ali por causa do fundo eleitoral, mas preferiu insistir nos ataques a Jair Bolsonaro, dizendo ser uma “onça”, para não ser “cutucada com vara curta”, como feito nos debates anteriores. E daí teve que assistir calada o Presidente da República enumerar os cargos que ela pediu, e que foram negados, ouvindo da boca dele que corrupção teria no governo se os pedidos dela tivessem sido atendidos.

Voltando ao tema Lula, foi de lavar a alma ver Jair Bolsonaro jogando na cara de Lula tudo o que ele é, mesmo que em apenas 1 minuto de direito de resposta, e usando, obviamente, as palavras comedidas na limitação que tem que ser usada em um debate televisivo.

Ademais, ver o presidente pedindo votos ao vivo, para pessoas que apoia, além de ter sido de uma generosidade ímpar, fez entrar em cena o Bolsonaro das lives da internet, aproximando mais ainda o eleitor de si mesmo.

Certamente, Bolsonaro fez bem em comparecer ao debate e mostrar que o eleitor não só pode como deve votar nele no domingo, se quiser que o país continue no rumo para onde foi em 2018, e que não volte para o formato que sempre existiu no mínimo desde a redemocratização.

Não poderei votar no domingo, pois estou fora do país, e apenas residentes no exterior, cadastrados até o dia 8 de maio, podem fazê-lo. Penitencio-me aqui, publicamente, perante todos os brasileiros de bem pela falta do meu voto na nossa luta democrática.

Trabalhamos muito – eu, particularmente, com meus 2 livros (um deles em 3 volumes) sobre a política brasileira dos “anos Bolsonaro”, com centenas de horas de lives na internet, e com as várias manifestações políticas e ativismos que fiz nas ruas – para chegarmos aqui. Mas agora, repito, infelizmente não poderei votar, por estar no exterior.

Quero o bem do Brasil, e sei que para isso precisamos reeleger o Presidente e dar a ele uma bancada política. Minha forma de ajudar, sem poder depositar meu voto na urna no domingo, é pedindo a cada um aqui que vote em Jair Bolsonaro e em pessoas que o apoiam verdadeiramente, e que possibilitarão que ele crie uma base política no Congresso e nos Estados.

Guillermo Federico Piacesi Ramos, Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

Postagens Relacionadas