Vice-presidente dos EUA viajou para Seul para fortalecer a aliança entre os sul-coreanos e Washington e denunciou a ‘ditadura brutal’ de Kim Jong-un
A visita de Harris à zona desmilitarizada irrita Pyongyang, que denunciou a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, como a “pior destruidora da paz internacional” quando ela visitou o local em agosto. A vice-presidente dos EUA viajou para Seul depois de acompanhar o funeral de Estado do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe em Tóquio. Na chegada, ela se encontrou com o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, com quem discutiu questões de segurança, mas também uma nova lei assinada por Biden que retira subsídios para veículos elétricos construídos no exterior e que afeta marcas sul-coreanas como Hyundai e Kia. Desde que o presidente Yoon chegou ao poder em maio, os dois países promoveram seus exercícios militares conjuntos. Embora defendam que são meramente defensivos, Pyongyang os vê como ensaios para uma invasão. Durante sua viagem, Harris também levantou a questão de a Coreia do Sul e o Japão trabalharem de forma mais estreita em questões de segurança, apesar da controversa história passada entre esses dois principais aliados de Washington na Ásia.
A visita aconteceu após a Coreia do Norte realizar dois testes de mísseis, e mais um nesta quinta, o que ocasionou o terceiro lançamento de Pyongyang em menos de uma semana. “A Coreia do Norte disparou um míssil balístico no Mar do Leste”, disse o Estado-Maior Conjunto de Seul em comunicado, referindo-se ao mar mais conhecido como Mar do Japão. Desde 2006, o regime comunista já realizou seis testes de armas nucleares, último em 2017. No início deste mês, modificou sua doutrina para declarar seu status de potência nuclear “irreversível”. “A crescente ameaça de mísseis nucleares da Coreia do Norte levanta preocupações em Seul sobre a confiabilidade dos compromissos de defesa de Washington”, disse Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, em Seul.
*jp com informações da AFP