Por Olívia Coutinho
Sem uma intimidade profunda com Deus, não vivemos as alegrias da fé! E são muitos os que não vivem esta intimidade por terem medo de Deus, pessoas que se submetem ao radicalismo religioso imposto pelos os seus líderes que ao contrário do líder Maior que é Jesus, colocam o cumprimento de normas, rituais acima da própria vida. Estes, ao invés de conduzir o povo, para uma proximidade maior com Deus, criam barreiras, dificultando o convívio dos filhos com o Pai. São muitas, as religiões cheias de proibições, do isso não pode, aquilo também não, religiões com muitas regras, rituais, moralismos, cujo os líderes intimidam as pessoas, passando para elas, a imagem de um Deus vingativo um Deus que está sempre a espreita, pronto para pegá-las em algum deslize. Os súditos destes exploradores da fé, vivem como que cegos, alienados, não se dão conta, de que Deus só quer nos amar e nunca nos castigar. O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje fala de um dos muitos conflitos dos fariseus com Jesus a respeito da observância do sábado. Embora conhecedores das Escrituras, esses fariseus, na prática, estavam bem distantes do amor propagado por Jesus: um amor gratuito, desinteressado, um amor que gera vida! Não muito diferente dos tempos de hoje, as autoridades religiosas do tempo de Jesus, não tinham compromisso com a vida, eles colocavam fardos pesados nos ombros das pessoas, leis, rituais que deveriam ser cumpridas rigorosamente, como o Jejum, ritos de purificação, observância do sábado e tantos outros preceitos que eles mesmos criavam e que tinham como pano de fundo, desviar a atenção do povo… Vemos no texto, que os fariseus queriam pegar Jesus num casuísmo legal, mas como os discípulos estavam apanhando espigas de trigo para saciar a fome, eles não puderam atribuir o fato como roubo. Determinados a escandalizar Jesus, esses fariseus, procuraram outra forma de incriminá-lo, alegando que os seus discípulos estavam infligindo às leis que proibiam o trabalho em dia de sábado, desconsiderando assim, a necessidade da sobrevivência deles. Ao ser criticado pelos os Fariseus em nome da Sagrada escritura, Jesus responde essas críticas, baseando-se na própria escritura: “Por acaso nunca lestes nas escrituras o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome?…”Mc 2,25-26 Ainda hoje, presenciamos situações semelhantes as estas, que foram vividas por Jesus, na realidade, o legalismo é um instrumento de alienação e opressão, que tem como objetivo desviar a atenção do povo. Enquanto o povo fica se ocupando com os pormenores, na observância exagerada de muitas normas, rituais, seus líderes sentem-se livres para fazer o que lhes convém. Para Deus, as leis de organização social e religiosas, só tem sentido, se elas forem em favor da vida e Jesus veio para libertar e fazer desabrochar a vida! Em todos os seus ensinamentos, Jesus sempre deixou claro, que a vida deve estar em primeiro lugar, acima de tudo, portanto, a necessidade de sobrevivência está acima de toda e qualquer lei. Foi apanhando espigas de trigo em dia de sábado, para matar a fome, que os discípulos, apoiados por Jesus, começaram a abrir caminho para uma nova mentalidade, uma mentalidade que coloca o amor acima da lei… A única “lei” que nunca deve ser descumprida, é a “lei” do amor…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho