As dezenas de voluntários que ajudam na limpeza das praias devem usar luvas, botas, máscara e calças compridas
Enquanto as manchas de óleo avançam pelas praias do Nordeste, grupos de voluntários se organizam para ajudar na remoção do poluente, que fica impregnado na areia e nos corais. Mas especialistas alertam sobre a necessidade de se proteger adequadamente para evitar que o contato com o petróleo traga prejuízos à saúde. Isso porque o material pode desencadear doenças de pele e a inalação dos gases liberados com a vaporização do petróleo pode levar a doenças respiratórias, como bronquite e asma.
Além disso, em caso de exposição prolongado pode haver problemas mais graves. “Petróleos que possuem mais benzeno em sua composição podem, em casos mais graves, provocar alterações neurológicas e até leucemia”, diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica da Universidade de São Paulo (USP).
Por esse motivo, recomenda-se que os banhistas se mantenham longe do mar e, em caso de contato, lavem-se imediatamente com água e sabão.
Alerta aos voluntários
Para quem participa dos mutirões, que tem conseguido recolher grandes porções do óleo, é necessário se proteger com luvas e botas e evitar ao máximo entrar em contato com o poluente. Em Pernambuco, os grupos sido orientados pela organização Xô Plástico para usar material de proteção.
Órgãos públicos salientam que além de luvas e botas, as pessoas devem utilizar máscara e calça comprida. No entanto, ainda há muitos voluntários trabalhando sem a segurança necessária. “Tem gente que se melou toda de óleo”, conta a estudante de Educação Física Louise Foster, que faz limpeza voluntária na Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti, afirma que o tamanho do desastre dificulta a distribuição de kits de proteção a todos. “A gente conseguiu material de doação de empresas e a Defesa Civil fez distribuição”, disse. (Veja)