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TELEVISÃO: Quase 20 anos depois, Globo perde importante repórter e o motivo impressiona

por Ornan Serapião
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Foto Reprodução/Internet
Foto Reprodução/Internet

No último ano assistimos uma sucessão de demissões (voluntárias ou não), perdas de direitos esportivos e queda na audiência da Globo.

A empresa apostou todas as fichas na derrocada do presidente Jair Bolsonaro. E perdeu.

A Rede Globo fez uma operação gigantesca de “cross-midia”. Durante três anos e meio, usando suas emissoras de rádio, jornais, sites, novelas, programas de calouros e até o famigerado Big Brother para desgastar a pessoa do presidente e seu governo. Nada funcionou.

Bolsonaro, com a popularidade em alta, caminha para reeleição em outubro, mesmo mês que a Globo terá que renovar sua concessão. Imagine a tensão dentro da empresa.

Nesse clima, quem pode está zarpando para outras praias.

A bola da vez foi a repórter Lizandra Trindade que pediu demissão há cerca de dois meses. Ela anunciou a saída na sequência da partida de Fátima Bernandes do Encontro. 

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“Não estava bom.”, declarou Lizandra, que foi apresentadora no SporTV.

Ao comunicar nas redes sociais a decisão de sua saída, Lizandra afirmou que trabalhava “sem alegria” e esse foi o principal motivo de sua decisão.

Leia a seguir a íntegra do comunicado da jornalista:

“Eu saí da Globo. Porque eu quis. Há, sim, um quê de loucura na minha decisão. Li outro dia, aqui mesmo, no Linkedin, numa pesquisa da Cia de Talentos, que a Globo está em terceiro lugar no ranking das empresas mais desejadas para se trabalhar. Li isso dias depois de assinar a minha demissão. E ninguém precisa me explicar o resultado da pes… pesquisa. Estive dezenove anos lá dentro, cresci lá dentro. A Globo me formou como profissional.

Eu trabalhei quase duas décadas na maior empresa de comunicação  do país, com os melhores recursos técnicos e os profissionais mais qualificados que o mercado poderia me oferecer.  Fiz amigos para a vida toda, entrevistei gente relevante, fui a Copa e Olimpíada, apresentei jornais de rede. Tive sucesso no sonho da menina de 8 anos que queria ser jornalista quando crescesse. E tive dificuldade na hora de sair, porque essa menina segue em mim e não é acostumada a desistir. 

Acontece que, no final, a minha experiência já não era sonho. Ninguém abre mão de uma relação tão longa quando ela é mais boa que ruim. Minha história na Globo tem um saldo ultra-mega-hiper positivo. Mas os últimos anos, não. Chegar para trabalhar sem a alegria de sempre era desrespeitoso comigo. Precisei de tempo para aceitar a ruptura, entender que renovação não é desistência. Pelo contrário: abrir mão do que não estava bom era não desistir de mim mesma. o centro da minha vida profissional havia uma empresa. 

Hoje, eu estou ali. Com toda a minha capacidade produtiva e um prioritário senso de autocuidado. Venci o medo. E garanto: tem coragem na fórmula … fórmula da felicidade. A única pessoa no mundo corporativo que tem como prioridade fazer você feliz é você mesmo. Você está preparado para essa missão?” 

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